Movimento organizado pelo Hospital Regional de Taguatinga contemplou 50 mulheres com reconstrução mamária e outras 17 com micropigmentação de aréolas
Neste ano, 50 mulheres foram atendidas com reconstrução mamária – das quais 40 passaram pelo procedimento no HRT, entre os dias 14 e 19 deste mês, e outras dez fizeram a cirurgia no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), do dia 21 ao 25. Além disso, 17 mulheres tiveram acesso gratuito à micropigmentação de aréolas no HRT. As intervenções mobilizaram mais de 70 médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além de tatuadores, que participaram da ação de forma voluntária.
“A reconstrução mamária é parte importante do tratamento das mulheres que precisaram ser mastectomizadas“, enfatiza a vice-governadora, Celina Leão. “Vai além da saúde física, impacta positivamente na autoestima e na autoconfiança dessas mulheres, sendo parte integral do tratamento contra o câncer de mama. Quem enfrenta a doença e seus tratamentos deve contar com empatia e acolhimento em todos os aspectos, especialmente, do poder público, que deve dar todas as condições para a cura e para que as mulheres retomem plenamente suas vidas.”
As mulheres atendidas foram selecionadas com base na lista de prioridade da rede pública de saúde e, antes da realização do procedimento de reconstrução, passaram por uma série de exames. “A gente considera que a força-tarefa foi um sucesso, todas as pacientes operadas estão bem e realmente alcançamos o objetivo de resgatar a autoestima delas”, ressalta a supervisora do Centro Cirúrgico do HRT, Mônica Dias, que participa da força-tarefa desde a criação.
“O Outubro Rosa é um momento de conscientização sobre a importância da prevenção contra o câncer de mama. E é muito bonito ver o tanto de pessoas que querem ajudar. Reunimos mais de 70 profissionais que vieram felizes, vestindo a camisa mesmo para abraçar essas mulheres e entregar o que realmente elas merecem”, completa a médica. Em comemoração ao mês, o HRT ganhou decorações temáticas, com cartazes que lembram a beleza de cada mulher e frases que incitam a esperança e a solidariedade.
Diagnóstico precoce
Dados do Instituto Nacional de Câncer revelam que mais de 73 mil casos novos de câncer de mama serão registrados no Brasil neste ano, sendo considerada a neoplasia que mais acomete mulheres no país. Os principais indícios da doença, conforme o Ministério da Saúde, são “retrações de pele e do mamilo que deixam a mama com aspecto de casca de laranja; saída de secreção aquosa ou sanguinolenta pelo mamilo, chegando até a sujar o sutiã; vermelhidão da pele da mama; pequenos nódulos palpáveis nas axilas e/ou pescoço; inversão do mamilo; inchaço da mama e dor local”.
As unidades básicas de saúde (UBSs) são a porta de entrada para acompanhamento e tratamento da doença. A paciente passa por avaliação e, havendo a indicação, é encaminhada para a realização de mamografia na rede, por meio do sistema de regulação. Depois, com o resultado do exame em mãos, ela deve retornar à UBS para ser atendida pela equipe de saúde. Caso haja alguma alteração, a paciente é direcionada para atendimento com mastologista, que pode solicitar outros exames, como a ultrassonografia mamária ou a biópsia.
Em 2023, o governador Ibaneis Rocha sancionou a Lei nº 7.237/2023, que estabelece uma lista de prioridades para a realização de mamografias na rede pública. A legislação determina que mulheres a partir de 40 anos que possuem histórico familiar de câncer de mama ou nódulos devem ser atendidas com prioridade. A celeridade vale também para quem necessita de avaliações periódicas, faz tratamento contra o câncer ou precisa de urgência conforme determinação médica.
Tribuna Livre, com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)