04/11/2025

Paciente tentou ser atendida em desacordo com protocolo, diz maternidade após confusão

Além de um TCO, PM lavrou uma prisão em flagrante

Hospital esclareceu, em nota, que segue um rigoroso protocolo de Classificação de Risco, prestando assistência às pacientes de acordo com a urgência que cada caso exige

Uma nota da Maternidade Célia Câmara, em Goiânia, após a confusão registrada na sexta-feira (12), informou que a “paciente citada [como uma das responsáveis pelo conflito] tentou ser atendida em desacordo com o protocolo, exigindo passar à frente de outras mulheres, situação que não foi permitida pela equipe”.

A confusão ocorreu entre equipe de saúde e policiais militares (PMs), e teria sido provocada por uma falsa denúncia de “negligência médica”. Esta, segundo os servidores, foi feita depois que o marido de uma gestante se revoltou com o fato de a mulher não receber atendimento prioritário. Desse modo, ele acionou o escritório de um vereador, cujo assessor compareceu e chamou a corporação. Um maqueiro e uma enfermeira foram presos.

O Hospital esclareceu, em nota, que segue um rigoroso protocolo de Classificação de Risco, prestando assistência às pacientes de acordo com a urgência que cada caso exige. Sobre a atuação da Polícia Militar, disse que lamenta a ofensiva “com os profissionais que seguiam as diretrizes da assistência eficaz, respeitosa e segura, e informa que a Fundahc/UFG, gestora da unidade, acionou uma advogada criminalista para conduzir a situação”.

Confusão

Um vídeo do circuito de segurança do hospital mostra uma enfermeira sendo puxada pelo braço e empurrada por um policial militar. Na sequência, a discussão fica mais acalorada, com aglomeração de outras pessoas.

Os profissionais detidos foram levados para a delegacia no carro do diretor do hospital, com a presença da coordenadora, e permaneceram no Instituto Médico Legal (IML) até a madrugada para realizar os exames de corpo de delito. De acordo com a servidora, os colegas apresentavam diversas marcas resultantes das agressões.

Confusão na Maternidade Célia Câmara

A Polícia Militar informou que foi chamada para atender uma ocorrência “relacionada a um possível caso de omissão de socorro a uma mulher grávida que passava mal”. Entretanto, a corporação relata que durante a abordagem “dois servidores do hospital foram detidos por desobediência e resistência, sendo conduzidos à Central Geral de Flagrantes, onde a autoridade competente, diante de todo bojo probatório apresentado, lavrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e uma prisão em flagrante”.

A partir da ocorrência policial, “a gestante, após o ocorrido, foi encaminhada para a sala de cirurgia, onde foi realizado o parto por outro médico da unidade, resultando no nascimento de uma criança do sexo feminino”. O SindiSaúde e a Maternidade Célia Câmara se manifestaram em apoio aos servidores e lamentaram o ocorrido. Ambos lembraram que, apesar dos salários e benefícios estarem atrasados, os servidores continuam prestando atendimento à população.

Nota do hospital

O Hospital da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) esclarece que segue rigoroso protocolo de Classificação de Risco, prestando assistência às pacientes de acordo com a urgência que cada caso exige.

A paciente citada tentou ser atendida em desacordo com o protocolo, exigindo passar à frente de outras mulheres, situação que não foi permitida pela equipe.

O HMMCC lamenta a conduta ofensiva da Polícia Militar com os profissionais que seguiam as diretrizes da assistência eficaz, respeitosa e segura, e informa que a Fundahc/UFG, gestora da unidade, acionou uma advogada criminalista para conduzir a situação.

Mesmo com a triste circustância, o hospital mantém o atendimento às pacientes que procuram a Emergência da unidade. O cuidado com a saúde da população não pode parar.”

Tribuna Livre, com informações da Maternidade Célia Câmara

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