O sindicato reafirma a continuidade da paralisação “em conformidade com as determinações legais”.
A Desembargadora do Trabalho, Kathia Maria Bomtempo de Albuquerque, ordenou a “manutenção de, no mínimo, 50% dos serviços médicos” no Hospital Estadual de São Luís dos Montes Belos. Os médicos terceirizados dessa unidade estão em greve desde as 7h desta quarta-feira (1º), data em que a decisão foi proferida.
Os profissionais estão demandando o pagamento dos honorários atrasados e melhores condições de trabalho. Conforme o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), a greve foi decidida durante uma Assembleia Geral Extraordinária Permanente no último dia 25, após os responsáveis não atenderem integralmente às demandas apresentadas pelos médicos.
O Instituto Gennesis divulgou uma nota declarando que “propôs a quitação das parcelas pendentes para os médicos da unidade em 6 parcelas iguais e consecutivas, com início imediato, aguardando a deliberação dos profissionais para validar e encerrar a greve”. O Simego ainda não emitiu uma nova posição.
Na decisão, a desembargadora também estipulou uma multa diária de R$ 10 mil ao sindicato em caso de descumprimento. Ela afirmou: “Por ora, nego o pedido imediato de apoio policial para cumprir a intimação, pois não há indícios de resistência a essa determinação. Contudo, se necessário, esse pedido poderá ser reconsiderado”.
Ela também enfatizou que “os serviços médicos são essenciais para a população, que não pode ficar totalmente desamparada. Embora haja a notícia de que o sindicato se comprometeu a manter os serviços de urgência e emergência, é crucial estabelecer um percentual mínimo de funcionamento para garantir um atendimento satisfatório à comunidade”.
O portal entrou em contato com o Simego para obter uma nova posição. O sindicato informou: “A greve continua respeitando as decisões judiciais”.
A paralisação dos médicos não impactará os serviços de urgência e emergência em São Luís. “Os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos. A retomada dos demais atendimentos ocorrerá somente após a resolução integral das reivindicações dos médicos que atuam na unidade”, conforme comunicado do Simego.
Além disso, nossa reportagem buscou um posicionamento da Secretaria de Estado da Saúde. A pasta respondeu: “Os repasses de custeio, de acordo com o Contrato de Gestão com o Instituto Gennesis, responsável pela administração do Hospital Estadual de São Luís de Montes Belos Dr. Geraldo Landó, estão em dia. A análise técnica está em andamento em relação à alegação de investimentos pendentes pela organização social. A SES-GO está acompanhando as negociações entre a organização social, seus contratados e fornecedores.
De modo algum, os atendimentos médicos de urgência e emergência serão afetados e devem ser mantidos na unidade de saúde para toda a população da região. Os procedimentos eletivos podem ser remarcados até a resolução da situação.”
Tribuna Livre, com informações do Simego