Polícia Federal indicia empresário do ramo de joias e outras 17 pessoas por suspeita de envolvimento com facções criminosas. Entre os indiciados, figura o empresário TH Joias, conhecido por sua proximidade com figuras políticas.
A investigação, que durou meses, revelou um esquema complexo de lavagem de dinheiro e outros crimes, supostamente orquestrados com a participação de indivíduos de diferentes áreas. Além do empresário, foram indiciados um policial federal, três policiais militares da ativa, um ex-policial militar, um ex-servidor do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), um ex-militar do Exército e assessores da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj).
A suspeita é que o grupo facilitava a atuação das facções criminosas, fornecendo apoio logístico, informações privilegiadas e auxiliando na movimentação de recursos ilícitos. As apurações indicam que o esquema envolvia a compra e venda de joias, além de outros bens de alto valor, como forma de ocultar a origem do dinheiro proveniente de atividades ilegais.
Ainda segundo as investigações, alguns dos indiciados usavam seus cargos públicos para obter vantagens e proteger os interesses das organizações criminosas. O policial federal, por exemplo, é suspeito de repassar informações sigilosas sobre operações policiais em andamento. Já os policiais militares são acusados de facilitar a entrada e saída de criminosos em áreas controladas pelas facções, além de acobertar crimes cometidos por membros do grupo.
A participação de assessores da Alerj no esquema levanta suspeitas sobre o possível envolvimento de agentes políticos na trama. A polícia investiga se os assessores usavam suas posições para influenciar decisões e direcionar recursos públicos em benefício das facções criminosas.
Os indiciados responderão por diversos crimes, incluindo associação criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, e outros delitos relacionados ao crime organizado. As investigações continuam, com o objetivo de identificar outros possíveis envolvidos e desmantelar completamente o esquema. A expectativa é que, com a conclusão do inquérito, o Ministério Público ofereça denúncia à Justiça, dando início à fase processual.
Fonte: revistaforum.com.br











