Adriana Villela, condenada a 61 anos por planejar a morte dos pais, é alvo de pedido de execução imediata da pena. Ela recorre em liberdade
A subprocuradora-geral da República Andrea Szilard se manifestou a favor do pedido de prisão imediata de Adriana Villela. O posicionamento foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde tramita o processo. A acusada foi condenada a 61 anos e 3 meses de prisão pela morte dos pais e de uma funcionária da família, no caso que ficou conhecido como Crime da 113 Sul.
Na manifestação, recebida nesta terça-feira (3/12) pelo STJ, a subprocuradora argumentou que deve ser observada a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de validar a execução imediata da pena em julgamentos no Tribunal do Júri – ou júri popular – que determinam a prisão do réu. O acórdão da Suprema Corte fundamentou a decisão de Andrea Szilard.
STF valida prisão imediata após condenação no Tribunal do Júri
“Diante do exposto, o Ministério Público Federal manifesta-se pelo indeferimento da medida cautelar inominada, mantendo-se o presente recurso especial com efeito meramente devolutivo, e pelo deferimento do pedido da assistência à acusação para a execução imediata da pena imposta à ora recorrente [Adriana Villela], tendo por base o julgado exarado pelo STF […]”, escreveu a subprocuradora.
Na manifestação, Andrea ainda se posicionou contra o pedido da defesa de Adriana, para que a ré fique em liberdade até o julgamento definitivo do caso pelo STF. Agora, cabe ao STJ decidir se a arquiteta continuará livre ou não.
Para o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, responsável pela defesa de Adriana, a manifestação da PGR ocorreu como esperado.
Relembre o crime
Adriana era filha do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela e da advogada Maria Carvalho Villela, encontrados mortos em 28 de agosto de 2009 dentro do apartamento da família, na 113 Sul, assim como Francisca Nascimento da Silva, funcionária que trabalhava para o casal.
À época, brasilienses acompanharam atentos a história, que expôs graves falhas nas investigações conduzidas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e resultou na prisão de Adriana, apontada como mandante dos assassinatos.
Condenada pelo júri, mas livre. Entenda o caso Adriana Villela
Pelo fato de a porta do apartamento dos Villela não ter sido arrombada, a polícia incluiu Adriana entre os suspeitos de cometer o crime. Para os investigadores, ela teria ajudado a dupla de assassinos a entrar no apartamento da família. Em 2019, ela foi condenada pelo Tribunal do Júri de Brasília.
Tribuna Livre, com informações da subprocuradoria-geral da República