09/05/2025

Plenário do Senado aprova Galípolo como presidente do Banco Central

Mais cedo, Galípolo passou por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), que aprovou seu nome com unanimidade - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

Foram 66 votos a favor e cinco contrários, sem nenhuma abstenção. O economista assumirá o cargo em 1º de janeiro do próximo ano, sucedendo o atual presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto

O plenário do Senado aprovou, no fim da tarde desta terça-feira (8/10), o nome de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC) a partir de 2025. Foram 66 votos a favor e cinco contrários, sem nenhuma abstenção.

Ele assumirá o cargo em 1º de janeiro do próximo ano, sucedendo o atual presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra em 31 de dezembro de 2024. A gestão de Galípolo vai até o fim de 2028.

Mais cedo, ele passou por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), que aprovou seu nome com unanimidade. Foram 26 votos favoráveis e nenhum contrário, a sessão de perguntas durou 4 horas e 30 minutos e o economista foi amplamente elogiado pelos parlamentares.

Galípolo passou em seu primeiro teste político. Os senadores o questionaram sobre a autonomia da autoridade monetária e possíveis interferências do governo. O novo presidente do BC, que foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reforçou sua sua independência e negou sofrer pressão por parte do petista.  Desde que teve sua indicação confirmada, o sucessor de Campos Neto fez um extenso “beija-mão” com ao menos 50 senadores alinhados ao governo e à oposição, em busca de apoio para a sabatina, que teve clima tranquilo.

Ele também respondeu questões sobre a condução da política monetária, o regime de metas da inflação, além de desafios à frente da autarquia. Trata-se da primeira troca de comando da autoridade monetária na era da autonomia operacional, decretada em 2021.

Perfil

Gabriel Muricca Galípolo, 42 anos, é formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e mestre em Economia Política na mesma instituição. Chegou a atuar como professor em cursos de graduação no período de 2006 a 2012 na mesma universidade. Também deu aulas no curso MBA de PPPs (Parcerias Público-Privadas) e Concessões da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESP-SP).

Sua carreira na área pública começou em 2007, quando ocupou a Assessoria Econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos, na gestão do então prefeito José Serra. Em 2008 foi diretor da Unidade de Estruturação de Projetos da Secretaria de Economia e Planejamento do estado de São Paulo.

Entre 2017 a 2021 voltou à iniciativa privada para assumir a presidência do Banco Fator, focado em parcerias público-privadas e programas de privatização. Foi ainda pesquisador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) em 2022 e atuou também como conselheiro na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) entre 2022 e 2023.

Desde junho de 2023, exerce o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central. Antes disso, ocupava o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda, no início da gestão do ministro Fernando Haddad.

Tribuna Livre, com informações da Agência Senado

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