Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que um homem desce de um carro preto, dispara contra a vítima e foge
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu Diogo da Silva Marques, conhecido como Diogo Marley, suspeito de tentar matar uma mulher de 36 anos com 13 disparos, na última quarta-feira (20/8), em Sulacap, Zona Oeste do Rio.
De acordo com a 33ª DP (Realengo), o crime teria sido motivado por uma dívida contraída pela vítima. Mesmo após parte do pagamento, o agiota manteve as ameaças e decidiu atacá-la na frente da família.
O marido da vítima mostrou à polícia as mensagens que ela recebeu do agiota. Nas mensagens, ele faz a cobrança de juros, impõe prazos e ameaça enviar cobradores.
Veja trechos:
• “Olha só, melhor você me pagar. Eu quero um bom dinheiro até segunda [14 de julho].”
• “Não vou mais ficar ouvindo história. Acabou essa p*rra! Não vou mais ficar mandando mensagens não!”
• “Já falou um monte te coisa e não cumpriu. Não vem de marra não, filhona! Você pegou sabendo que tinha que pagar os juros.”
• “Minha filha, dá teu jeito. Tá achando que isso é caridade? Que vamos te emprestar dinheiro pra você pagar 6 meses depois?”
Ataque registrado por câmeras
Imagens de segurança mostram o momento em que a vítima, o marido e as duas filhas saíam de casa para ir à escola. Ela entrou no banco do carona, quando Diogo desceu de um veículo sedã, armado e usando touca ninja, óculos e luvas, e atirou diversas vezes.
Segundo o delegado Flavio Rodrigues, o criminoso chegou a abrir a porta do carro para disparar de forma mais direta contra a vítima.
Onde ele foi preso?
Contra Diogo havia um mandado de prisão temporária expedido pela 2ª Vara Criminal da Capital. Ele foi capturado na noite de sexta-feira (22/8), enquanto trabalhava como fotógrafo assistente nos Estúdios Globo. A emissora informou que, diante da gravidade do caso, desligou o funcionário.
Vítima
A mulher foi socorrida em estado gravíssimo e permanece internada. O marido e o irmão confirmaram à polícia que ela tinha uma dívida com o agiota.
A investigação agora busca identificar possíveis comparsas e verificar se outras pessoas também sofreram ameaças ou extorsões por parte de Diogo Marley.
Correio de Santa Maria, com informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro