O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, publicou um texto nas redes sociais hoje em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi alvo de uma operação da Polícia Federal na última sexta-feira.
O que aconteceu
Orbán criticou processo contra Bolsonaro e o que chamou de “ordens de silêncio”. “Julgamentos com motivação política são ferramentas de medo, não de justiça”, escreveu o primeiro-ministro em seu perfil no X (ex-Twitter) três dias após o ministro do STF Alexandre de Moraes determinar medidas cautelares como o uso de tornozeleira e o veto ao uso das redes sociais.
O primeiro-ministro hospedou Bolsonaro na embaixada húngara em Brasília após a PF apreender seu passaporte em 2024. O ex-presidente foi para o local quatro dias depois de uma operação da PF. Ele passou dois dias na Embaixada da Hungria —imagens reveladas pelo jornal norte-americano The New York Times e confirmadas pelo UOL mostraram a chegada e saída do ex-presidente.
“Você pode colocar uma tornozeleira em um homem, mas não no desejo de uma nação”, escreveu Orbán. O primeiro-ministro pediu ainda para que o ex-presidente “continue lutando”. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) agradeceu a publicação na sequência. “Nada melhor do que você que sabe quem são essas pessoas que nos perseguem”, escreveu o parlamentar.
Orbán é um líder da extrema direita e já foi chamado de “irmão” por Bolsonaro. O primeiro-ministro também é conhecido pela defesa das pautas conservadoras, por defender a promoção de leis anti-LGBTQIA+ e pelo forte posicionamento anti-imigração. Em 2024, o governo esteve ameaçado por escândalos de corrupção e a população da capital do país, Budapeste, foi às ruas pedir a sua renúncia —ele tem um dos mandatos mais duradouros da União Europeia.
Tribuna Livre, com informações do UOL