10/11/2025

Prisão de líder do PCC foi uma vitória para o governo, diz Lewandowski

Segundo o secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza (à direita), o suspeito já estava sendo acompanhado pela polícia internacional desde 2020 - (crédito: Iago Mac Cord/CB/DA.Press)

Ação conjunta dos governos brasileiro e boliviano, com apoio da Interpol, possibilitou captura de Tuta, considerado o sucessor de Marcola dentro da hierarquia do Primeiro Comando da Capital

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, descreveu a prisão de Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, como “uma vitória muito importante” do governo brasileiro na luta contra o crime organizado. A fala foi dada durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (19/5) em Brasília. Foragido há cinco anos, Tuta foi capturado na sexta-feira (16) na Bolívia.

Segundo Lewandowski, a operação que resultou na prisão de Tuta, considerado o sucessor de Marcola dentro da hierarquia do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi “extremamente complexa”. Por se tratar de um preso em outro país, seria preciso a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apontou.  “E o presidente determinou que, a partir do Ministério das Relações Exteriores, se iniciasse a comunicação e envolvimento na negociação para trazer este criminoso para o Brasil”, afirmou.

“Conversei, então, com o ministro Mauro Vieira, que prontamente iniciou as negociações com a chancelaria boliviana”, emendou Lewandowski.

O secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza, afirmou que o suspeito já estava sendo acompanhado pela polícia internacional desde 2020, por meio da “difusão vermelha” — mecanismo internacional para o compartilhamento de informações sobre foragidos internacionais.

Urquiza apontou que a Interpol atuou no apoio à Polícia Federal do Brasil e à polícia boliviana no intercâmbio de dados biométricos, “que foram fundamentais para a correta identificação desse indivíduo”.

Três eixos de investigação

Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal (PF), explicou, por sua vez, que a investigação se dividiu em “três eixos fundamentais”. O primeiro teria sido a cooperação internacional, com atuação de agentes da PF situados em Santa Cruz de la Sierra — cidade onde Tuta foi preso —, permitindo uma rápida interação com as autoridades bolivianas.

O segundo eixo, segundo Rodrigues, foi a identificação biométrica. Ele afirmou que, de maneira praticamente instantânea, foi possível identificar, na base de dados da instituição, quem era aquela pessoa se apresentando à unidade policial da Bolívia.

Por fim, o delegado da PF frisou a integração interna. Andrei exaltou a articulação da PF junto às autoridades locais, como as polícias Penal Federal, Civil do Distrito Federal e Militar do DF, concluindo a transferência “com segurança” para o sistema penitenciário federal.

“E aqui destaco que, além desse fato, temos buscado, sob o seu comando, uma integração muito forte com as 27 unidades da Federação. Neste ano, já realizamos mais de 40 operações com as Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado”, informou.

Relembre o caso

Tuta foi preso na última sexta-feira (16) após apresentar um documento falso, sob o nome de Maicon da Silva, às autoridades migratórias bolivianas. A fraude foi identificada pelos agentes, que acionaram a Interpol e a Polícia Federal do Brasil.

O criminoso é um dos líderes do PCC, responsável por um esquema internacional de lavagem de dinheiro da facção. Foragido desde 2020, ele foi condenado pela Justiça brasileira a 12 anos de prisão por crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.

Tribuna Livre, com informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública

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