Entre as quatro grandes categorias, apenas os bens intermediários registraram aumento no mês, com leve recuo de 0,1% ante abril. Retração foi impulsionada por queda na produção de veículos
A produção industrial registrou nova queda no mês de maio. Na comparação com o mês anterior, o recuo foi de 0,5% na média geral de todas as categorias, de acordo com dados publicados nesta quarta-feira (2/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, quase todas quatro grandes categorias analisadas registraram queda, à exceção dos bens intermediários, que ficaram próximos à estabilidade, com leve aumento de 0,1%.
A maior queda em relação a abril foi registrada entre os bens de consumo duráveis, como eletrodomésticos, geladeiras e automóveis, que recuaram, na média, 2,9% ante o mês anterior. Também houve resultado negativo entre os bens de capital (-2,1%) e os bens de consumo semi ou não duráveis (-1%).
Na avaliação do gerente da pesquisa, André Macedo, o avanço na produção de bens intermediários se deve, principalmente, ao aumento da extração do minério de ferro, dentro do setor extrativo. Em contrapartida, os bens de consumo duráveis tiveram uma frande retração em maio, sobretudo por conta da queda na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuaram 3,9%.
“O setor produtor de bens de consumo duráveis assinalou a maior magnitude de perda e eliminou parte da expansão de 4,1% acumulada nos meses de abril e março de 2025. Nesse mês, foi pressionado pela menor produção de automóveis, eletrodomésticos de ‘linha marrom’ e motocicletas”, destaca o especialista.
Apesar da queda na comparação com o mês anterior, a produção industrial registrou avanço de 23,3% em relação a maio de 2024, com destaque para o crescimento da indústria extrativa (8,7%), além de veículos automotores, reboques e carrocerias (12,2%), máquinas e equipamentos (12,6%) e produtos químicos (6,8%). Em 2025, a produção geral já acumula alta de 1,8%, acima dos cinco primeiros meses do ano anterior, quando o avanço foi de 1,4%.
Tribuna Livre, com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).