10/10/2025

Putin assume que defesa russa derrubou avião da Embraer no Cazaquistão

A declaração foi feita durante encontro com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, em Dushanbe, no Tadjiquistão - (crédito: AFP)

Presidente reconheceu, em conversa com Ilham Aliyev, que destroços dos mísseis russos atingiram a aeronave que caiu no Cazaquistão em dezembro de 2024, deixando 38 pessoas mortas

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (9/10) que a defesa antiaérea russa foi responsável pela queda de um avião da Azerbaijan Airlines, em dezembro de 2024, no Cazaquistão. O acidente deixou 38 mortos.

A declaração foi feita durante encontro com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, em Dushanbe, no Tadjiquistão. Putin explicou que os sistemas de defesa estavam ativos devido à presença de drones ucranianos em Grozny, no Cáucaso russo, e que dois mísseis lançados não atingiram diretamente a aeronave Embraer 190, mas explodiram a cerca de 10 metros de distância. Segundo ele, os destroços resultantes da explosão provocaram a destruição parcial do avião.

“Os dois mísseis lançados não atingiram o avião diretamente. Se isso tivesse acontecido, ele teria caído no local. Mas eles explodiram, talvez como medida de autodestruição, a poucos metros de distância, cerca de 10 metros. E, assim, o dano foi causado, não pelas ogivas, mas provavelmente pelos destroços dos próprios mísseis”, afirmou.

O presidente russo também prometeu indenizações às famílias das vítimas e pediu desculpas. “É claro que tudo o que for necessário em casos tão trágicos será feito pelo lado russo em termos de indenização e uma avaliação legal de todas as questões oficiais será feita. É nosso dever, repito mais uma vez… fazer uma avaliação objetiva de tudo o que aconteceu e identificar as verdadeiras causas.”

O avião fazia a rota entre Baku, capital do Azerbaijão, e Grozny, na Chechênia. Após relatar problemas em voo, a tripulação tentou realizar um pouso de emergência na cidade de Aktau, no Cazaquistão, mas a aeronave caiu às margens do mar Cáspio. Ao todo, 38 das 67 pessoas a bordo morreram.

Aliyev, que inicialmente acusara Moscou de tentar encobrir as causas da tragédia, agradeceu a Putin por acompanhar pessoalmente o caso e disse ver “um desenvolvimento positivo” nas relações entre os dois países.

Tribuna Livre, com informações da Agence France Presse

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