No início de outubro, Putin mencionou a possibilidade de a Rússia revogar sua ratificação do tratado, citando a falta de ratificação pelos Estados Unidos como motivo.
Nesta quinta-feira (2/11), o presidente russo, Vladimir Putin, assinou a lei que revoga a ratificação do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT), em meio ao contexto do conflito na Ucrânia e às tensões com o Ocidente.
O tratado, firmado em 1996, proíbe todos os testes envolvendo armas nucleares, porém nunca entrou em vigor devido à falta de ratificação por parte de países-chave, incluindo Estados Unidos e China.
Em outubro, Putin mencionou a possibilidade de revogar a ratificação do CTBT, citando a não ratificação por parte dos Estados Unidos. Ele declarou que não estava pronto para decidir se retomaria os testes, embora tenha elogiado o desenvolvimento de novos mísseis capazes de transportar ogivas nucleares.
Desde o início do conflito na Ucrânia em fevereiro de 2022, autoridades russas têm ameaçado utilizar armas nucleares em diversas ocasiões, embora Putin tenha demonstrado cautela em certos momentos. Recentemente, o presidente russo supervisionou exercícios com mísseis balísticos para preparar as tropas russas para uma possível “retaliação com ataque nuclear maciço”.
O projeto de lei para revogar o tratado foi aprovado pelo Parlamento russo no mês anterior. Apesar de nunca ter entrado em vigor, o CTBT foi ratificado por 178 países, incluindo as potências nucleares França e Reino Unido, possuindo um valor simbólico.
Defensores do tratado destacam sua importância na criação de uma norma internacional contra os testes com armas nucleares. No entanto, críticos argumentam que o potencial do acordo permanece não realizado sem as ratificações das principais potências nucleares.
Tribuna Livre, com informações da Agencia France Presse.