Desde o início da força-tarefa, foram instaurados 70 procedimentos para apurar a autoria dos crimes
Operações de combate a incêndios florestais em Goiás resultaram na prisão em flagrante de 15 pessoas, segundo balanço do Corpo de Bombeiros. As ações ocorrem em um ano em que o fogo já consumiu aproximadamente 870 mil hectares no estado, superando os 700 mil hectares registrados durante todo o ano de 2024.
Desde o início da força-tarefa, em 6 de outubro, foram instaurados 70 procedimentos policiais para apurar a autoria dos crimes. De acordo com Daniel Vilaverde, agente da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), o número de prisões pode aumentar. “Na Chapada, identificamos dois casos, para procedimentos policiais. Outros casos, maiores, estão sob investigação ainda”, disse Vilaverde.
A região da Chapada dos Veadeiros concentra a maior área atingida. Com base em imagens de satélite, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) identificou 30 propriedades rurais onde os proprietários estão sendo notificados para responder pelos incêndios. Apenas uma das multas pode atingir o valor de R$ 50 milhões. A legislação vigente estipula uma multa de R$ 10 mil por hectare destruído.
O gerente de Emergências Ambientais da Semad, Sayro Reis, informou que mais de 80 processos administrativos serão abertos e lembrou que o uso de fogo controlado está suspenso no estado. O Corpo de Bombeiros estima que 90% das queimadas têm origem humana.
A operação é uma ação integrada que envolve equipes da Semad, Corpo de Bombeiros e polícias Militar e Civil. Apesar da severidade do período de estiagem, que durou mais de 60 dias, o monitoramento resultou em uma redução de até 70% da área queimada no interior de unidades de conservação. Os nomes das pessoas presas não foram divulgados pelas autoridades.
Tribuna Livre, com informações do Corpo de Bombeiros
