Relator da MP, general Pazuello (PL-RJ), disse que o reajuste aos militares é “irrisório”
Uma comissão mista aprovou nesta terça-feira (8) a medida provisória que reajusta o soldo das Forças Armadas. O relatório do deputado General Pazuello (PL-RJ) foi favorável e mantém o reajuste de 9% proposto pelo governo, sendo 4,5% em abril deste ano (retroativo) e os outros 4,5% em janeiro de 2026.
Pazuello, no entanto, criticou o reajuste quando leu o relatório. “O aumento trazido pela medida provisória em pauta é absolutamente irrisório diante das vicissitudes da natureza econômico-financeira por que passam os militares ao longo desses anos. Reforço: o valor é absolutamente irrisório”, afirmou o general.
“O aumento proposto pela medida provisória em duas parcelas lineares nem de longe reflete o reajuste que deveria ser feito de modo a compensar as perdas que os militares vêm tendo ano após ano”, continuou Pazuello.
O soldo se soma aos benefícios e gratificações que os militares também recebem e varia de acordo com o cargo. Antes da edição da MP pelo governo, o soldo começava em R$ 1.926 e poderá chegar a R$ 2.103 em 2026 com a mudança. No caso dos generais, sobe de R$ 13.471 para R$ 14.711 em janeiro.
Já o senador Hamilton Mourão (PL-RS), que presidiu a comissão mista, falou em “penúria” ao comentar o reajuste proposto pelo governo.
“Cumprimento o deputado Pazuello pelo relatório extremamente objetivo demonstrando quais eram as responsabilidades da comissão, mas não deixando de abordar a situação de penúria em que vive a família militar e comparando o reajuste que foi oferecido pelo governo federal ao segmento militar com outros segmentos do mesmo serviço público”, disse o senador Hamilton Mourão.
Tribuna Livre, com informações da Agência Senado