Deputado disse que operação contra Jair Bolsonaro (PL) se trata de uma ‘caça às bruxas’ e afirmou que se ações do STF continuarem, não haverá eleições em 2026
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) afirmou que não terá eleições em 2026 caso as ações do Supremo Tribunal Federal (STF) não sejam revistas. Em entrevista à Jovem Pan, ele associou a ação da Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizada na sexta-feira (18/7), à uma caça às bruxas.
“Tudo está na mão do STF resolver. Vão recuar, vão fazer julgamentos imparciais, vão fazer a devida Justiça, ou vão continuar com essa lei assim? O que o Trump diz é uma perseguição, uma caça às bruxas à oposição, porque o que me parece que vai acontecer é o seguinte: se a gente não tomar uma decisão agora de frear a tirania, nós não teremos eleição”, disse.
Segundo o parlamentar, a preocupação não ocorre apenas em relação às próximas eleições, mas, principalmente, com a situação atual do país e das atitudes do ministro do STF Alexandre de Moraes. Na sexta, durante a deflagração da operação contra Bolsonaro, o político comparou, nas redes sociais, as medidas determinadas pelo STF a práticas autoritárias de regimes como o da Venezuela.
“Busca e apreensão, tornozeleira, proibição de falar com embaixadores, diplomatas e até com o próprio filho Eduardo. Isso tudo um dia após Bolsonaro receber uma carta de apoio de Trump. Venezuela está com inveja”, escreveu no X.
A menção ao país vizinho tem caráter crítico e sugere, de acordo com o deputado, um suposto abuso de autoridade por parte do Judiciário brasileiro. A Venezuela, sob o comando de Nicolás Maduro, é frequentemente citada por lideranças da oposição brasileira como símbolo de repressão a adversários políticos e cerceamento de liberdades civis.
A declaração de Nikolas ocorreu em em decorrência da imposição de uma série de medidas cautelares ao ex-presidente. Entre elas, estão o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de acesso às redes sociais, de contato com diplomatas estrangeiros e de aproximação com outros investigados. Também foi determinado o recolhimento domiciliar noturno, das 19h às 7h.
Tribuna Livre, com informações do Correio de Minas