O governo de Israel emitiu um prazo de 24 horas para que os habitantes do norte da Cidade de Gaza evacuem suas residências em direção ao sul.
Essa declaração do diplomata foi feita nesta sexta-feira, 13, em Nova York, que é a sede da organização internacional.
“Eles cometeram essa grande atrocidade porque contam com… e peço desculpas pelo que estou prestes a dizer, mas contam com a ONU, assim como fizeram no passado, para vir em seu socorro”, argumentou Erdan. As críticas à organização internacional foram feitas no mesmo dia em que o Brasil, na condição de presidente do Conselho de Segurança da ONU, convocou uma reunião para debater a escalada do conflito entre Israel e o Hamas no Oriente Médio.
“Eles acreditam que a comunidade internacional vai agora impedir Israel de desmantelar a infraestrutura terrorista do Hamas. O Hamas deseja que o mundo negue o direito de autodefesa de Israel, para que possam manter seus recursos e cometer outra atrocidade desse tipo no futuro”, acrescentou o embaixador israelense.
Na noite de quinta-feira, 12, o Exército de Israel ordenou a evacuação de um milhão de civis do norte da Cidade de Gaza em 24 horas, como parte dos preparativos para uma ofensiva terrestre para conter o grupo Hamas. As famílias devem deixar suas casas e se dirigirem ao sul, com o prazo expirando às 18h desta sexta-feira, pelo horário de Brasília.
Stephane Dujarric, porta-voz da ONU, solicitou que qualquer ordem de ataque por parte de Israel seja revogada, “evitando que o que já é uma tragédia se torne uma situação calamitosa”. Ele enfatizou que é impossível que tal movimento ocorra sem consequências humanitárias devastadoras, visto que o ultimato não oferece tempo suficiente para a retirada de todos os civis da região.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também destacou que retirar pessoas em estado grave dos hospitais de Gaza é uma “sentença de morte”.
O conflito entre Israel e o Hamas se intensificou no último sábado, quando membros do grupo islâmico atacaram o território israelense. Até o momento, foram confirmados cerca de 2,8 mil mortos, sendo 1.537 palestinos e 1,3 mil israelenses.
Tribuna Livre, com informações da AFP