A Câmara acionou o modo ‘cautela corporativista’ para lidar com a situação de deputados investigados por emendas parlamentares
A Câmara acionou o modo ‘cautela corporativista’ para lidar com a situação de deputados investigados por emendas parlamentares. Mesmo que a PEC da Blindagem não avance no Congresso, nenhuma medida contrária deve ser tomada no Conselho de Ética no sentido de expor os parlamentares que estão na mira da PF e do STF. Na prática, o silêncio e a proteção de deputados oposicionistas aos investigados já funcionam como uma blindagem velada.
Na sexta-feira passada, mais um deputado passou a ser investigado pelo STF após Gilmar Mendes determinar que uma apuração sobre emenda indicada por Júnior Mano (PSB-CE) tramite na Corte. Além dele, estão na mira Afonso Motta (PDT-RS), que hoje exonerou seu assessor investigado, e Elmar Nascimento (União-BA). A PEC da Blindagem em discussão dificultaria a aplicação de punições e prisões aos investigados.
Nas próximas semanas, os líderes vão indicar os integrantes das comissões permanentes, que devem ser instaladas após o Carnaval. Somente depois disso Hugo Motta vai deliberar sobre a eleição do novo presidente do Conselho de Ética da Câmara. Leur Lomanto (União-BA), atual presidente, que tem um perfil mais conciliador, dará lugar a outro colega da mesma linhagem.
Tribuna Livre, com informações da Agência Câmara.