11/12/2024

STF decide manter Domingos Brazão preso preventivamente

Domingos Brazão chorou no depoimento. Ele está detido no presídio de segurança máxima de Porto Velho - (crédito: Reprodução/STF)

Defesa alegou que prisão seria desnecessária e pediu aplicação de medidas cautelares. Ele é suspeito de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes 

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta segunda-feira (18/11), manter a prisão preventiva do conselheiro do Tribunal de Contas do Rio (TCE-RJ) Domingos Brazão, apontado como um dos mandantes do assassinado da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A decisão da Corte foi unânime. 

O julgamento está disponível no plenário virtual do STF — sistema em que os magistrados inserem os votos sem necessidade de discussão presencial sobre o tema. O recurso foi apresentado pela defesa de Brazão que pedia que ele fosse liberado com a aplicação de medidas cautelares.

Os defensores argumentaram que, com o andamento do processo, a prisão seria desnecessária. No entanto, prevaleceu o voto do relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, favorável a manter Brazão na cadeia.

O STF encerrou a fase da instrução da ação penal, com o depoimento das testemunhas de acusação e de defesa e dos cinco réus. Com isso, a expectativa é que o caso seja julgado no primeiro semestre de 2025.

Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, assassinos confessos de Marielle e Anderson, foram condenados pela Justiça do Rio de Janeiro a 78 anos e 9 meses e 59 anos e 8 meses de prisão, respectivamente, em regime fechado, por duplo homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e receptação. Eles apontaram o deputado federal Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ) e o conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão como os mandantes dos assassinatos. 

https://40d3c041164a185f335d46546a5fead3.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-40/html/container.html https://40d3c041164a185f335d46546a5fead3.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-40/html/container.html A execução teria sido motivada para proteger interesses econômicos de milícias. O delegado Rivaldo Barbosa, o então chefe da Polícia Civil do RJ na época dos assassinatos, também é réu. Ele é acusado de ter atrapalhado as investigações. Ronald Paulo de Alves Pereira, conhecido como major Ronald, foi denunciado pelo homicídio. Segundo a acusação, ele monitorou a rotina da vereadora antes do crime.

Robson Calixto Fonseca, o Peixe, foi denunciado por organização criminosa. Ex-assessor de Domingos Brazão no TCE, ele é suspeito de ter fornecido a arma usada no crime. O crime segue sob a jurisdição do STF devido ao envolvimento de figuras públicas com foro privilegiado. Todos negam a participação nas mortes. 

Tribuna Livre, com informações do STF

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