Enfermeira serial killer é condenada pela morte de sete bebês em caso que chocou Reino Unido

Ela matou os bebês entre junho de 2015 e junho de 2016, aplicando neles injeções letais de ar, quando trabalhava no Hospital Condessa de Chester, na cidade de Chester, noroeste da Inglaterra. SWNSLucy Letby foi considerada culpada pelo assassinato de sete recém-nascidos e pela tentativa de assassinato de outros seis A enfermeira Lucy Letby foi considerada culpada nesta sexta-feira (18/8) pelo assassinato de sete recém-nascidos, tornando-se a maior assassina de bebês do Reino Unido em tempos modernos. Ela matou os bebês entre junho de 2015 e junho de 2016, aplicando neles injeções letais de ar, quando trabalhava no Hospital Condessa de Chester, na cidade de Chester, noroeste da Inglaterra. Letby também foi considerada culpada da tentativa de assassinato de outros seis bebês na unidade neonatal do hospital, e o júri ficou indeciso com relação a outros quatro casos de tentativa de assassinato. O júri ouviu evidências durante nove meses, período no qual foram apresentadas alegações de que Letby deliberadamente injetou ar em bebês, alimentou outros à força com leite e envenenou alguns com insulina. Durante o julgamento, Letby insistiu que não machucou nenhum dos bebês e apontou problemas de falta de higiene e pessoal no hospital. O promotor disse que Letby estava de plantão no momento em que cada bebê perdeu os sentidos. Restrições legais impedem a divulgação dos nomes dos bebês ou de quaisquer detalhes que possam identificá-los. O que se sabe é que, dos sete mortos, cinco eram meninos e duas eram meninas. Dois dos meninos eram irmãos de um grupo de trigêmeos. O julgamento durou mais de dez meses e acredita-se que seja o mais longo julgamento de assassinato da história do Reino Unido. Detetives da Polícia de Cheshire acreditam que Lucy Letby pode ser responsável por outros ataques a bebês. A polícia está revisando todas as 4 mil admissões de bebês nas unidades neonatais dos dois hospitais onde Letby trabalhou entre 2012 e 2016 – o Condessa de Chester e o Hospital para Mulheres de Liverpool. ‘Ela fazia mal a bebês, num ambiente que deveria ser seguro’ “Em suas mãos, substâncias inócuas como ar, leite, fluidos – ou medicamentos como a insulina – se tornariam letais. Ela perverteu seu aprendizado e transformou sua arte em uma arma para infligir dano, sofrimento e morte”, disse nesta sexta-feira a promotora sênior Pascale Jones. “Repetidamente, ela fazia mal a bebês, em um ambiente que deveria ser seguro para eles e suas famílias”. A enfermeira “foi encarregada de proteger alguns dos bebês mais vulneráveis… mal sabiam aqueles que trabalhavam ao lado dela que havia um assassino entre eles”, disse Jones. O ex-diretor do Hospital Condessa de Chester, que estava no comando na época dos assassinatos dos bebês, divulgou um comunicado após a decisão judicial pedindo desculpas pelo ocorrido. “Todos os meus pensamentos estão com as crianças no centro deste caso e suas famílias e entes queridos neste momento incrivelmente difícil”, disse Tony Chambers, o ex-diretor executivo. “Sinto muito pelo que todas as famílias passaram.” Responsáveis pelo hospital teriam ignorado avisos O principal consultor da unidade, Stephen Brearey, levantou preocupações sobre Letby pela primeira vez em outubro de 2015. Brearey disse à BBC que os chefes do hospital não investigaram as acusações contra a enfermeira e tentaram silenciar os médicos. O hospital também demorou a chamar a polícia, apesar de meses de avisos de que a enfermeira poderia estar matando bebês. Ian Harvey, ex-diretor médico do Countess of Chester Hospital, disse em uma declaração ser necessária uma investigação completa sobre os fatos. “Acredito que deve haver um inquérito que analise todos os eventos que levaram a este julgamento e vou ajudá-lo da maneira que puder”, disse o ex-diretor médico. O governo ordenou uma investigação independente após os veredictos contra Lucy Letby. Serão analisadas pelo governo as “circunstâncias por trás dos assassinatos e tentativas de assassinato de bebês no Hospital Condessa de Chester para ajudar a garantir que as famílias obtenham as respostas de que precisam”. Quem é Lucy Letby? Lucy Letby nasceu em 4 de janeiro de 1990 e cresceu em Hereford, no centro-oeste da Inglaterra, com sua mãe e seu pai, John e Susan, que assistiram a grande parte do julgamento da filha da galeria pública. Letby disse aos jurados que sempre quis trabalhar com crianças. Ela foi a primeira pessoa de sua família a ir para a universidade e estudou enfermagem por três anos na Universidade de Chester. Durante seus estudos, ela completou vários estágios, a maioria no Hospital Condessa de Chester, onde viria a cometer os crimes pelos quais foi condenada nesta sexta-feira. Ela se qualificou como enfermeira em setembro de 2011 e começou a trabalhar em tempo integral no hospital a partir de janeiro de 2012 antes de se qualificar para trabalhar com bebês em terapia intensiva na primavera de 2015. Lucy Letby foi considerada culpada pelo assassinato de sete recém-nascidos e pela tentativa de assassinato de outros seis BBC Geral (crédito: SWNS)
Veja onde pode chover neste final de semana em Goiás

Chuva pode ser provocada por “embate” entre calor e frente fria O intenso calor em Goiás pode dar uma trégua neste final de semana (19 e 20), mais especificamente na Região Centro Sul do estado, conforme a previsão do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). Isso porque, de acordo com o órgão, o calor e uma frente fria devem entrar em “combate”, fazendo com que ocorra chuvas isoladas. São 25 cidades que compõem a região (veja lista abaixo). As chances de chuva se concentram em 25%. As nuvens de chuva devem ser formadas por uma faixa de umidade trazida da Amazônia, que pode entrar em contato com o calor. Caso a previsão se concretize e a chuva caia no estado, não será a primeira vez que a “crença” de que “no mês de agosto não chove” será abalada. No ano passado, entre os dias 9 e 10 do mesmo mês, o estado foi agraciado pela água mesmo durante o período de estiagem. Na época, foram registrados de cinco a seis mm de chuva. Em anos anteriores também foram catalogadas pancadas isoladas em algumas regiões de Goiás. O Cimehgo, porém, alerta que algumas cidades podem não ter chuvas, mas sim, ventos fortes. Ou seja, a população deve estar preparada para a poeira. Veja lista de cidades que compõem a Região Centro Sul, onde pode chover entre sábado e domingo: • Aparecida de Goiânia; • Aragoiânia; • Bela Vista de Goiás; • Bonfinópolis; • Caldazinha; • Cezarina; • Cristianópolis; • Cromínia; • Edealina; • Edéia; • Hidrolândia; • Indiara; • Jandaia; • Leopoldo de Bulhões; • Mairipotaba; • Orizona; • Piracanjuba; • Pontalina; • Professor Jamil; • São Miguel do Passa Quatro; • Senador Canedo; • Silvânia; • Varjão; • Vianópolis; • Vicentinópolis. Mapa mostra frente fria se aproximando do país. (Foto: Divulgação)
Uma pitada de amor: receitas de merendeiras do DF serão premiadas

Concurso Sabor de Escola oferece até R$ 9 mil para os melhores pratos da rede pública de ensino; Dona Jô, vencedora do ano passado, ganhou bolsa integral para cursar gastronomia No Centro de Ensino Fundamental (CEF) 209 de Santa Maria, a responsável por preparar a comida dos alunos é Josilene dos Santos, 53 anos. Ela trabalha no local há cinco anos e, em 2022, foi reconhecida pelas receitas especiais que elabora para os mais de 870 alunos da unidade escolar. De acordo com sua definição, o segredo está nos ingredientes: uma pitada de amor e carinho não pode faltar durante a preparação das refeições que faz. Dona Jô, como é conhecida por funcionários e alunos, foi a vencedora da primeira edição do concurso Sabor de Escola: Melhor Receita da Alimentação Escolar do DF. A receita preparada por ela foi arroz carreteiro com purê de abóbora. Para que fosse escolhida, a receita de Jô passou por uma rigorosa avaliação dos jurados. “A ideia do concurso, além de dar visibilidade e reconhecimento às merendeiras, é estimular o preparo de receitas criativas com os ingredientes e produtos presentes no Programa de Alimentação Escolar do DF”, afirma a diretora de Alimentação Escolar, Juliene Moura Santos. “Para chegar ao vencedor, são várias etapas: tem a fase regional, a final e, aí sim, os jurados votam em quem deve ficar com o prêmio.” Com a premiação, Dona Jô faturou R$ 8,5 mil e uma bolsa integral de estudos para cursar gastronomia na Universidade Católica de Brasília (UCB). De acordo com ela, o dinheiro do prêmio será utilizado para pagar a formatura da graduação. “Meu dinheiro está guardado para pagar a festa de formatura com minha família lá no meu estado, o Piauí”, revelou. Quem realmente sai ganhando nessa competição são os próprios estudantes, que se deliciam com refeições cada vez mais balanceadas, criativas e temperadas. Vítor Calixto, 14 anos, é aluno do ensino integral do CEF 209 de Santa Maria. “Gosto muito da comida daqui, eles ofertam umas refeições diferentes. Eu me sinto privilegiado. Essa escola, na minha opinião, é uma das melhores, não só de ensino, mas de comida também”, pontuou. Já Nataly Maria de Aquino, 14, também aluna do ensino integral, destacou que os dias prediletos são aqueles que têm estrogonofe no cardápio da escola. “A comida é bem legal, o tempero é muito bom. Também me sinto privilegiada de estudar onde a merendeira foi premiada. Minha comida predileta é arroz com estrogonofe”, disse. Inscrições abertas Atualmente, a rede de ensino conta com 2.523 merendeiras distribuídas pelas unidades. Essas profissionais podem se inscrever, até sábado (19), na segunda edição do concurso Sabor de Escola: Melhor Receita da Alimentação Escolar do DF. As receitas devem contar com os ingredientes e produtos presentes no Programa de Alimentação Escolar do Distrito Federal (PAE-DF), em atendimento à Resolução CD/FNDE nº 6/2020, além de utilizar alimentos considerados frutos do Cerrado, com o intuito de apresentar aos estudantes alimentos nativos cultivados na região. A melhor receita da alimentação escolar do DF será escolhida em 25 de novembro, conforme cronograma abaixo: → Inscrição dos participantes e das receitas – até o dia 19/8 → Realização da etapa regional – 28/8 a 23/9 → Divulgação do resultado da etapa regional no site da SEE – 26/9 → Realização da etapa Lote – 3, 4, 5 e 6/10 → Divulgação do resultado da etapa Lote no site da SEE – 10/10 → Etapa final e divulgação do resultado – 25/11. Premiação Todos os inscritos receberão certificados de participação. Para os oito participantes classificados para a etapa final, serão distribuídas as premiações da seguinte forma: ⇒ 1º colocado: prêmio no valor de R$ 9 mil; ⇒ 2º colocado: prêmio no valor de R$ 5.300; ⇒ 3º colocado: prêmio no valor de R$ 4.200; ⇒ 4º ao 8º lugar: prêmio no valor de R$ 2.700. A receita de Jô, que venceu a primeira edição do concurso, passou por uma rigorosa avaliação dos jurados | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Planaltina recebe a 10ª edição do GDF Mais Perto do Cidadão

Programa da Secretaria de Justiça e Cidadania oferece à população, de quinta (17) a sábado (19), atendimento gratuito de vários órgãos públicos O GDF Mais Perto do Cidadão está chegando em Planaltina. Serão três dias dedicados a atender a comunidade com diversos serviços dos órgãos públicos do Distrito Federal. Nesta quinta (17) e na sexta (18), o atendimento está programado para o período das 9h às 16h; e, no sábado (19), das 9h às 12h. A estrutura montada para receber a população está localizada ao lado da administração regional da cidade, no Setor Recreativo, no estacionamento do Ginásio de Múltiplas Funções. A decisão de retornar à Planaltina é pelo motivo do aniversário da cidade, em 19 de agosto, quando completa 164 anos. O objetivo do programa é desenvolver ações itinerantes nas diversas regiões administrativas do DF, voltadas à promoção do bem-estar e da qualidade de vida. A secretária de Justiça e Cidadania do Distrito Federal, Marcela Passamani, destaca o sucesso da iniciativa: “O programa já teve mais de 37 mil atendimentos. A Sejus tem o compromisso de cada vez mais levar os melhores serviços do Governo do Distrito Federal (GDF) para os cidadãos dos quatro cantos da capital do país.” Os visitantes terão acesso a atendimentos do Na Hora, Caesb, Codhab, Detran, Neoenergia e INSS, entre outros. Haverá ainda atividades culturais e de lazer para adultos e crianças, atendimento psicológico e assistência social, além de serviços de beleza. Todas as atividades são totalmente gratuitas. GDF Mais Perto do Cidadão Já são 37 mil atendimentos nas nove primeiras edições do programa – Riacho Fundo II, Ceilândia, Planaltina, Sobradinho, Samambaia, Brazlândia, Itapoã, Recanto das Emas e São Sebastião. O decreto que institui o GDF Mais Perto do Cidadão foi publicado, no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), em 8 de fevereiro deste ano. O programa tem como fundamentos a inclusão social, dignidade da pessoa humana, bem-estar social, eficiência dos serviços públicos e acessibilidade. Ação constante A primeira edição do programa GDF Mais Perto do Cidadão ocorreu no Riacho Fundo II. Mais de 3 mil pessoas foram atendidas durante dois dias de evento, 10 e 11 de abril. No caso da segunda edição, em Ceilândia, os serviços foram prestados aos cidadãos nos dias 31 de março e 1ª de abril e contabilizaram cerca de 2,5 mil atendimentos. Já a terceira edição ocorreu em Planaltina, de 27 a 29 de abril. Cerca de 6 mil pessoas foram atendidas pelo programa do governo. A quarta edição aconteceu em Sobradinho, dos dias 11 a 13 de maio, e realizou 4 mil atendimentos. A quinta edição foi em Samambaia, no início de junho, e contou com 3,5 mil pessoas. Já na sexta edição, em Brazlândia, de 15 a 17 de junho, foram 5 mil atendimentos. A 7ª edição, ocorrida nos dias 7 e 8 de julho, no Itapoã, contabilizou 5 mil atendimentos. O Recanto das Emas recebeu o evento nos dias 21 e 22 de julho e somou mais 4 mil atendimentos ao total e, em São Sebastião, foi nos dias 4 e 5 de agosto, com 4 mil atendimentos. *Com informações da Sejus-DF Arte: Sejus/DF
GDF libera trecho do viaduto da Epig nesta quarta-feira (16)

Serão cerca de 370 metros da saída do Sudoeste pela Avenida das Jaqueiras Com o avanço das obras do viaduto da Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig), em fase final, o Governo do Distrito Federal (GDF) libera, a partir das 10h desta quarta-feira (16), trecho de 370 metros, próximo à quadra 105 do Sudoeste, referente ao balão da Avenida das Jaqueiras/Primeira Avenida até a Epig, sentido Estrada Parque Taguatinga (EPTG). Logo após o balão, são três faixas até o Eixo 05, onde o número de faixas é reduzido para duas antes de chegar à Epig. Todo o trecho está sinalizado e conta com calçadas e passagem de pedestres. “É mais uma entrega parcial. O intuito é trazer de volta a normalidade com mais qualidade de vida para a população, principalmente do Sudoeste. As pessoas, aos poucos, vão entendendo como vai funcionar este trecho e se apossando da obra”, explicou o secretário de Obras e Infraestrutura do DF, Luciano Carvalho. A construção do viaduto está em fase final de escavação, terraplanagem e pavimentação. O investimento é de R$ 24,6 milhões. *Com informações da Secretaria de Obras e Infraestrutura Arte: Secretaria de Obras e Infraestrutura
Cirurgias eletivas: segunda fase de força-tarefa chega a 57% em dois meses

Com apoio da rede complementar, foram realizados 482 dos 849 procedimentos previstos nesta etapa. No total, já são mais de 2,9 mil pessoas beneficiadas Trabalhar. É esse o principal desejo da Simone Gomes, de 40 anos. Desde 2019, quando ainda morava em Águas Lindas (GO), lutava contra as dores causadas por pedras na vesícula, um incômodo que tornava quase impossível a rotina de faxineira. “Eu não podia pegar algo pesado que já começava a dor”, conta. Ela é uma das cerca das 2.900 pessoas beneficiadas pela iniciativa da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) de contratar hospitais da rede complementar para reduzir as filas de espera por cirurgias eletivas – boa parte formada durante os períodos mais críticos da pandemia de covid-19. Em outubro de 2022, foram assinados os primeiros contratos que permitiram a realização de 2.384 cirurgias, entre hérnias e remoções de úteros e vesículas. A segunda fase da força-tarefa foi iniciada no fim de maio deste ano para 849 procedimentos, dos quais 57%, ou seja, 482 foram realizados até 9 de agosto. “Isso foi possível porque fizemos um treinamento com as instituições credenciadas e tornamos mais rápido as autorizações para os procedimentos”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. O pedreiro Jaílson Oliveira Silva, de 49 anos, aguardava desde 2019 por uma cirurgia necessária por conta de uma hérnia inguinal. “Quando chegou a pandemia, já sabia que não ia acontecer”, relembra. Morador de Luziânia (GO), ele passou a fazer o acompanhamento em unidades de saúde do DF e, em junho, foi encaminhado para um centro cirúrgico da rede complementar. Com a oferta elevada do número de cirurgias, o tempo de espera reduziu. Funcionário de uma pousada em Brazlândia, Eldinho Marques, de 40 anos, entrou na lista de espera em 11 de maio e foi encaminhado para o procedimento em 1º de julho. “Foi mais rápido do que eu imaginava.” As primeiras consultas e os exames prévios foram realizados no Hospital Regional de Brazlândia (HRBz). Além de diminuir as listas de espera pelas cirurgias, a iniciativa reduz a procura por atendimentos nas emergência. Essa é a percepção de Rita Vanessa Moura, de 43 anos. As pedras na vesícula atrapalhavam o dia a dia de trabalho em uma farmácia e, às vezes, a dor beirava o insuportável. “Quando eu tinha crises muito fortes, não conseguia fazer nada. Já fui ao Hospital de Ceilândia quatro vezes com dores”, afirma. Com a cirurgia, ela espera parar de tomar medicações e voltar a comer com mais tranquilidade. A porta de entrada para o acesso ao serviço permanece sendo as unidades básicas de saúde (UBSs), como fez a professora Lívia de Andrade, de 42 anos. Ela procurou a UBS 2 de Taguatinga, na Praça do Bicalho, por causa de fortes cólicas. “Eu nunca pensei que poderia ser uma hérnia”, diz. Diagnosticada, ela foi encaminhada ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT), onde passou por exames preparatórios para a cirurgia corretiva. Nos contratos estão previstas consultas antes e após as cirurgias, atendimento pré-anestésico, disponibilização de equipamentos, insumos e curativos pós-operatórios e biópsias, além de internação pós-operatória por 48 horas. As empresas passam ainda por avaliação técnica, administrativa e jurídica. Expansão A SES-DF prepara agora novos editais de credenciamento para a realização de 7 mil cirurgias, com prazo de 12 meses, a fim de beneficiar pacientes de oftalmologia, otorrinolaringologia, urologia, varizes, coloproctologia e cirurgia de cabeça e pescoço. Nestes casos, a redução na fila de espera é estimada em 90%. O investimento total será de R$ 25,3 milhões, com recursos do Governo do Distrito Federal (GDF), de emendas parlamentares e do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, do governo federal. A expectativa é realizar até 25 mil cirurgias eletivas por meio de editais de credenciamento. RecadastraSUS-DF A melhora na dinâmica de realização das cirurgias também é resultado das iniciativas de recadastramento dos usuários. Pelo telefone 160 ou pessoalmente em uma UBS é possível atualizar os dados de contato para facilitar o chamamento. É preciso ter em mãos o comprovante de residência ou, caso não tenha, poderá apresentar uma declaração escrita à mão informando o endereço de moradia; CPF ou cartão do Sistema Único de Saúde (SUS); e documento de identidade (RG) ou certidão de nascimento. Também são coletadas informações sobre os dados pessoais e sociodemográficos, assim como sobre a situação de moradia e de saúde. *Com informações da SES-DF Iniciativa da Secretaria de Saúde em contratar hospitais da rede complementar para reduzir as filas de espera por cirurgias eletivas já beneficiou cerca das 2.900 pessoas | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF
Reunião alinha próximos passos da eleição dos conselheiros tutelares

Representantes da Sejus e TRE se encontraram para organizar a continuidade do processo eleitoral Os próximos passos para o processo seletivo de escolha dos membros do Conselho Tutelar do Distrito Federal para o quadriênio 2024/2027 foram discutidos em reunião entre a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) e o Tribunal Regional Eleitoral do DF, nesta terça-feira (15), na sede do TRE-DF. A eleição ocorrerá com urnas eletrônicas cedidas pelo tribunal, que também está participando do planejamento da infraestrutura do processo em conjunto com o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente (CDCA), órgão vinculado à Sejus. No início de setembro, será divulgado um edital com todas as informações de como poderá ser feito o processo de campanha dos candidatos ao cargo de conselheiros tutelares. Também constarão os dados de como fazer a consulta dos locais de votação dos eleitores, a lista de candidatos de cada região, entre outros detalhes. A eleição vai escolher 220 conselheiros e 440 suplentes. Em cada uma das 44 unidades de atendimento serão definidos cinco titulares e 10 suplentes. “Essa reunião é importante para alinharmos os próximos passos, sempre com celeridade e transparência em todos os processos”, destaca Marcela Passamani, secretária da Sejus-DF. O Governo do Distrito Federal (GDF), a Sejus e o TRE-DF assinaram um acordo de cooperação técnica para eleição dos novos conselheiros tutelares no início de maio. “Estamos nesse empenho conjunto para divulgar para a população sobre o pleito dos conselheiros e da relevância da participação popular com o comparecimento no dia da votação”, afirma o presidente do TRE-DF, desembargador Roberval Belinati. Raio-X das eleições Para que as eleições corram de maneira organizada, transparente e eficiente há uma logística envolvida nesse processo, que terá 146 locais de votação espalhados pelo DF e 1.169 urnas eletrônicas. Serão 4,4 mil servidores do GDF trabalhando voluntariamente como mesários no dia da eleição. Também haverá 100 técnicos de urna, 40 técnicos de totalização, 292 agentes de informação, 20 multiplicadores e 34 motoristas. Nesse processo de organização da infraestrutura para as eleições, foi divulgado o Extrato nº 20/2023, nesta terça-feira (15), no Diário Oficial do DF (DODF), para prestação de serviços de apoio especializado à realização da coleta de votos para o processo de escolha dos membros dos conselhos tutelares do DF. Fases das eleições O processo eleitoral para escolha dos conselheiros é dividido em quatro etapas. A primeira fase do processo seletivo ocorreu dia 18 de junho, com a aplicação da prova objetiva para os candidatos. A segunda foi a análise documental, com resultado divulgado no dia 28 de julho. Os candidatos classificados na segunda fase do processo seletivo também foram convocados para sessões de fotos, realizadas pela Sejus. Essas imagens vão aparecer nas urnas eletrônicas no dia da votação. A terceira fase é a eleição dos candidatos no dia 1º de outubro, por meio de voto popular e secreto em urna eletrônica. A quarta e última etapa será o curso de formação inicial dos eleitos, com data a ser divulgada posteriormente. *Com informações da Sejus-DF Representantes da Sejus e do TRE se reuniram com o desembargador Roberval Belinati para discutir os próximos passos do processo seletivo dos conselheiros tutelares | Foto: Divulgação/Sejus-DF
Arthur Maia: CPMI do 8/1 não irá investigar caso de joias de Bolsonaro

O presidente do colegiado afirmou, ainda, que não tem a intenção de prolongar os trabalhos da comissão O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos golpistas do dia 8 de janeiro, Arthur Maia (União-BA), abriu a reunião desta terça-feira (15/8) reafirmando que o colegiado não irá se debruçar sobre o caso das joias da Presidência negociadas por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O deputado Duarte Jr. (PSB-MA) pedia pela quebra dos sigilos bancário, fiscal, telemático e telefônico do ex-presidente Jair Bolsonaro, da ex-primeira-dama Michelle, de Osmar Crivelatti, do advogado Frederick Wassef, além de solicitar a convocação de Bolsonaro e Michelle. “Nós sabemos que esses fatos têm conexão com o dia 8 de janeiro por, pelo menos, duas razões, senhor presidente. Primeiro, para a tentativa de golpe, para tentar fazer com que os seus crimes fossem anistiados, os seus crimes restassem impunes e também, com a venda dessas joias, não descartamos que foi utilizado recurso para financiar esses atos antidemocráticos”, declarou Duarte Jr. Maia respondeu afirmando que a “maneira mais fácil e mais demagógica de nós desmoralizarmos esse trabalho que estamos fazendo é querer apurar tudo, para, ao fim e ao cabo, não apurarmos absolutamente nada”. “Ouvi dizer, pela imprensa, que há uma lista de deputados, com um número considerável de assinaturas de parlamentares, querendo abrir uma CPI para tratar da questão das joias que eventualmente teriam sido dadas ao casal Bolsonaro. Se a CPMI for criada com esse propósito, ela vai cuidar dessa questão das joias. Eu não consigo enxergar nenhum nexo de causalidade nem de relação com o que aconteceu no dia 8 de janeiro e com um presente que eventualmente – não estou dizendo que isso aconteceu – o presidente teria recebido e que, ao invés de declarar, tomou como pessoal”, comentou o presidente do colegiado. “Eu não vou entrar nisso, porque isso não tem nada a ver com o 8 de janeiro. Não contem comigo para esse tipo de coisa. Eu sou uma pessoa muito ponderada. Eu não estou aqui pra defender o presidente Bolsonaro, não estou aqui pra defender o governo. Eu estou aqui pra cumprir um papel de esclarecer para o povo brasileiro e comandar esse trabalho, para que, juntos, possamos esclarecer ao povo brasileiro o que aconteceu no dia 8 de janeiro”, disse. O parlamentar confirmou, ainda, que não pretende prorrogar os trabalhos da CPMI. “Se deputados e senadores conseguirem o número suficiente de assinaturas na Câmara dos Deputados e no Senado para prorrogar a CPMI, cumpre a mim, como presidente, aceitar essa determinação do Congresso Nacional e continuar os nossos trabalhos até a data que for determinada.” “Agora, eu repito: cumprirei o nosso trabalho dentro dos limites da lei. Não me venham com provocação pra chegar aqui no meu ouvido, como chegou agora o Senador Magno Malta, pra dizer que o ministro da Justiça está desmoralizando a presidência da Comissão. Desculpe-me, Senador. Eu não me deixo levar por esse tipo de argumentação”, alertou Maia. Arthur Maia (PP-AL) disse não ver relação entre os atos antidemocráticos e a venda de joias por assessores do ex-presidente da República – (crédito: Lula Marques/ Agência Brasil)
Dino diz que “ainda não vê razão” para prisão preventiva de Bolsonaro

Flávio Dino afirmou, ainda, que há prova excessiva, mas que a investigação ainda não contempla as exigências dos artigos que regulam a prisão preventiva O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que ainda não vê razões suficientes para a prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL) no caso das joias sauditas. A questão, para o ministro, é técnica e legal: de acordo com Dino, em entrevista ao UOL News nesta terça-feira (15/8), as investigações atendem a apenas dois dos requisitos previstos nos artigos do Código Penal que regulam a prisão preventiva. Ele diz que a investigação já tem prova de “materialidade de um crime” e “indícios de autoria” e que, se outros requisitos forem cumpridos, o Judiciário “pode decidir” pela prisão preventiva de Bolsonaro. “A prisão preventiva tem requisitos específicos, dentre os quais materialidade de um crime, nesse caso já existe. Em segundo lugar, indícios de autoria, como já mencionei, há indícios de autoria. Porém há outros requisitos que estão nos artigos 311 e 312 do Código de Processo Penal. Nesse momento, veja, neste dia em que nós estamos conversando, não vejo ainda razões para essa medida extrema”, esclareceu Dino. Apesar de não ser o momento para pedir a prisão preventiva de Bolsonaro, o ministro deixou claro que essa não é uma possibilidade totalmente descartada, tendo em vista que as investigações da Polícia Federal (PF) estão avançando no sentido de elucidar todos os detalhes que envolvem o esquema de vendas das joias recebidas pelo ex-presidente e por Michelle Bolsonaro como presente de autoridades estrangeiras. “Há uma evolução nas apurações e, em algum momento, o poder Judiciário pode decidir por essa medida. Mas, neste momento, as apurações ainda estão evoluindo. O que é importante para a sociedade é a garantia de que a verdade está sendo progressivamente trazida ao processo, aos autos, ao inquérito e demonstrada à sociedade. Meu papel é garantir que as investigações sejam independentes e técnicas e isso está acontecendo”, ressaltou o ministro. Há uma quantidade expressiva de provas De acordo com Flávio Dino, mesmo as investigações ainda em andamento, já existem uma quantidade expressiva de provas que atestam o envolvimento de Bolsonaro e aliados na venda ilegal das joias. “É evidente que a responsabilidade se acha, nesse momento, diretamente relacionada com o ex-presidente. Não é crível que houvesse esse movimento de comércio inusitado de bens, com circulação de valores, e não houvesse algum tipo de ciência”, argumentou o ministro. Na avaliação de Dino, a responsabilidade vai “além dos assessores” que estavam diretamente ligados à venda das joias. “Há um delineamento progressivo de responsabilidade que está além dos assessores, por alguns motivos lógicos: primeiro, quem era o destinatário das joias?; segundo, quem detinha a guarda sobre as joias; terceiro, quem era o beneficiário dos atos de comércio, pelo menos em parte”, detalhou. A PF investiga o envolvimento de, pelo menos, nove militares no caso das joias. Entre eles estão o general do Exército Mauro César Lourena Cid, o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid, o coronel da reserva e assessor especial do gabinete pessoal do ex-presidente Marcelo Costa Câmara, o almirante de esquadra da Marinha e ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque e o tenente Osmar Crivelatti. Além deles, também são alvos da investigação o advogado da família Frederick Wassef e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. “Nesse momento, tecnicamente, há um conjunto probatório bastante expressivo em relação a essa atuação do ex-presidente da República”, concluiu Dino. Dino diz que as investigações ainda não têm material que cumpre a todos os requisitos da prisão preventiva previstos no Código Penal – (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
A gastrite que deixou Marcola com ‘erosões elevadas’ no estômago

Líder do PCC pode ter usado incorretamente medicamentos, como corticoides Marcos Willians Herbas Camacho o Marcola, está com gastrite enantematosa — um tipo de inflamação que afeta a mucosa que recobre o estômago. Na semana passada, o líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) foi levado ao Hospital Regional do Gama, a 37 quilômetros do Presídio Federal de Brasília, para realizar exames de sangue e endoscopia. A gastrite que afeta Marcola pode se provocada pelo uso prolongado ou incorreto de medicamentos, como corticoides. Megaoperação para levar o criminoso ao hospital Marcola está preso na unidade de segurança máxima desde janeiro, vindo da Penitenciária Federal de Porto Velho (RO). Na época, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, alegara que a transferência do preso ocorreu por suspeita de um plano de resgate do líder do PCC. A ação para levar o bandido até a unidade de saúde teve a participação de 90 policiais, entre federais, militares e civis. Também participaram da megaoperação agentes de grupamentos do Batalhão de Operações Policiais Especiais; do Patrulhamento Tático Móvel; do Batalhão de Policiamento de Choque; e da Divisão de Operações Aéreas. Marcola voltou à Penitenciária Federal em Brasília em 25 de janeiro deste ano. A transferência ocorreu por autorização do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que disse se tratar de medida para prevenção contra “um suposto plano de fuga ou resgate”. Muita cadeia pela frente Desde que foi preso, em 19 de julho de 1999, Marcola já cumpriu 24 anos de prisão em regime fechado. De lá para cá, outras condenações se juntaram à primeira, fazendo com que o tempo de permanência dele no sistema prisional ainda seja de 338 anos. A maior condenação de Marcola ocorreu em 2013. Foram mais 160 anos de prisão quando foi considerado culpado pela chacina de oito pessoas na Casa de Detenção no Carandiru, em São Paulo. Marcola já cumpriu 24 anos em regime fechado/ Foto Reprodução/redes sociais
Primeira pista profissional de skate park do DF é inaugurada na Octogonal

Com investimento de cerca de R$ 900 mil, o parque esportivo será palco de competições de alto nível; mais de duas mil pessoas são beneficiadas O Distrito Federal está pronto para receber competições nacionais e internacionais de skate park. A primeira pista profissional da modalidade foi entregue neste sábado (12) pelo governador Ibaneis Rocha, que declarou: “É uma pista profissional que vai ajudar atletas a competirem e se prepararem. Queremos cada vez mais incentivar o esporte”. Localizada na Área Especial 3/8 da Octogonal, a construção ocupou o lugar de uma antiga pista da região e foi executada pela Companhia Imobiliária de Brasília (Novacap). Com investimento de cerca de R$ 900 mil, o projeto atende todas as exigências da federação do esporte, colocando Brasília no circuito de provas importantes. “Depois das Olimpíadas, em que o skate virou um esporte olímpico, as praças de skate passaram por uma reformulação, e esse projeto da Octogonal é o primeiro do DF dentro desse padrão, um projeto novo que atende a todas as competições oficiais”, ressaltou o presidente da Novacap, Fernando Leite. Foram necessários dez meses de obra para reconstruir por completo o antigo ponto de encontro de skatistas na Octogonal, popularmente conhecido como Sukata. Antes com 1,2 mil m², o novo espaço passa a ter extensão total de 1.648 m², com duas pistas que somam 1.498 m². A menor, com 198 m² e 90 cm de profundidade, poderá ser usada por crianças e iniciantes no esporte. A maior terá 584 m², com profundidade que varia de 1,30 a 2,5 m. Piso diferenciado “É uma obra diferenciada, completamente artesanal, e os skatistas da região participaram de forma ativa, dando sugestões e acompanhando tudo de perto”Juan Carlos Del Carpio, arquiteto da Novacap O modelo escolhido para a construção é o mais indicado para a prática do skate park, modalidade que pede uma pista oca com várias curvas sinuosas, algumas delas lembrando pratos e tigelas (chamadas de bowls). Essa espécie de “piscinão” também traz outros elementos, como obstáculos e rampas. O calçamento que cerca toda a estrutura também é apropriado para as manobras de skate park. Tudo foi feito em concreto polido. “Várias etapas da construção precisaram ser feitas manualmente – a aplicação do concreto, o polimento, o cuidado para fazer a curvatura com raio correto”, explicou o arquiteto da Novacap Juan Carlos Del Carpio. “É uma obra diferenciada, completamente artesanal, e os skatistas da região participaram de forma ativa, dando sugestões e acompanhando tudo de perto.” Autor do projeto, o arquiteto e skatista Márcio Comas conta que se baseou em diversas pistas espalhadas pelo mundo como referência para o trabalho. “Foi uma responsabilidade enorme criar uma estrutura para substituir a Sukata, a mais antiga pista de skate do Plano Piloto”, observa. “Essa nova pista representa um marco para o esporte no DF. É um local que não só vai receber competições, como também servirá para preparar os atletas”. O parque esportivo vai beneficiar cerca de 2 mil pessoas. O administrador do Sudoeste/Octogonal, Reginaldo Sardinha, lembra que a nova pista não deverá ser frequentada apenas por moradores da região administrativa. “É uma obra para ser usada por atletas de todo o DF, uma construção de pujança olímpica”, afirmou. Esporte em alta Para o secretário de Esporte e Lazer, Julio Cesar Ribeiro, a inauguração impulsiona o surgimento de novos atletas e a vinda de campeonatos nacionais e internacionais para o DF. “O skate está em alta no nosso país, e Brasília precisava de uma pista de skate profissional que pudesse dar condições para os nossos atletas treinarem, praticarem essa atividade e representarem a nossa capital federal”, avaliou. Conhecido como Didi, o skatista Adriano Vieira, 25, reforça que o novo local será essencial na profissionalização dos esportistas: “Antes, não tínhamos uma pista de alto nível para treinar. Agora, temos uma pista ótima. A galera está gostando muito, e esperamos que venham mais pistas assim para Brasília”. O estudante Renato Pereira, 15, já avisou a família que, sempre que tiver um tempo livre, estará treinando na pista nova. “Treino há dois anos e oito meses”, contou. “Pretendo virar skatista profissional, seguir carreira e competir fora do Brasil, e essa pista me ajudará muito nisso”. Quem anda de skate há mais de quatro décadas também vê a construção como um avanço na modalidade. É o caso do skatista Helvécio Mafra, 62. “Quando comecei, Brasília não tinha nenhuma pista; a gente andava nas ruas mesmo”, relembrou. “Uma pista como essa é um sonho de consumo para qualquer um que pratique o esporte. Acompanhei a obra com muita ansiedade, doido para usar a pista”. Cumprimentado pelo governador Ibaneis Rocha, o estudante Renato Pereira foi um dos primeiros a estrear o espaço recém-concluído e afirmou: “Pretendo virar skatista profissional, seguir carreira e competir fora do Brasil, e essa pista me ajudará muito nisso” | Foto: Renato Alves/Agência Brasília
Itália pode recusar envio de vídeo de agressão a Moraes

O envio das imagens segue o trâmite previsto em um acordo entre Brasil e Itália, em vigor desde 1993. Autoridades brasileiras esperam desde o dia 17 de julho a liberação das imagens gravadas por câmeras de segurança do aeroporto Fiumicino, em Roma, que registraram as supostas agressões de três brasileiros ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O processo está parado desde o fim de julho. A reportagem do Estadão esteve no aeroporto, que é cercado por câmeras. O envio das imagens segue o trâmite previsto em um acordo entre Brasil e Itália, em vigor desde 1993. Pelo tratado, as provas só podem ser enviadas depois de uma análise “técnico-jurídica” por parte do Judiciário local, e o país que detém as informações pode recusar o envio se entender que se trata de “crime político”. “A cooperação será recusada (…) se o fato tipificado no processo for considerado, pela Parte requerida, crime político ou crime exclusivamente militar”, diz um trecho do acordo, que passou a valer no Brasil com a edição do decreto nº 862, de 1993. O acordo não estabelece prazos para o envio das provas. O envio das imagens é considerado essencial para a conclusão do inquérito aberto no Brasil sobre o caso. Há divergências entre o relato feito por Moraes, em depoimento, e a versão apresentada pelos supostos agressores. As informações foram pedidas no dia 17 de julho pela Secretaria Nacional de Justiça (SNJ), do Ministério da Justiça brasileiro. Neste momento, o caso está sendo analisado pela Justiça italiana, que aguarda um parecer do ministério público. Segundo o titular da SNJ, o advogado Augusto de Arruda Botelho, o processo segue parado. Desde outubro de 2022 a Itália é governada por uma primeira-ministra de extrema direita: Giorgia Meloni, do partido Fratelli d’Italia. Apesar disso, é improvável que haja qualquer influência do governo na demora para envio das imagens, diz a advogada brasileira Renata Bueno, que é ex-deputada do Parlamento Italiano. Fonte: Agência estado. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil