Os recados de Pacheco para o governo e para o Judiciário

Presidente do Senado participou de discussão sobre a reforma tributária na Fiesp Em debate sobre a reforma tributária na Fiesp, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, enviou um recado ao governo ao afirmar que não há “condições de retrocessos” em relação à privatização da Eletrobras, autonomia do Banco Central e Marco do Saneamento, alvos de crítica constante tanto do presidente Lula como de ministros. – Quando capitalizamos a Eletrobras, quando demos autonomia do Banco Central, quando nós fizemos o marco do saneamento, quando nós fizemos lei das estatais, tudo isso fizemos de maneira consciente. Não vejo a menor condição nacional atual de haver qualquer retrocesso em relação a isso. Para que ficarmos dialogando a respeito de um tema que já está vencido. A gente tem que pensar para frente né? Você precisa pensar pra frente das novas ideias que surgem. E citou algumas delas: – Vamos regular crédito de carbono, vamos resolver o negócio de hidrogênio verde, vamos resolver o problema do etanol e criar uma política de incentivo nesse sentido – disse ele, sendo aplaudido pelos empresários. No final da sua fala, Pacheco disse que a reforma tributária só terá efetividade se o Judiciário, inclusive o STF, respeitar o que for decidido pelo Congresso. – A reforma tributária só se tornará uma realidade útil para o Brasil se houver respeito àquilo que o Congresso Nacional fizer. Respeito por parte da Receita Federal, respeito por parte da procuradoria da Fazenda Nacional, respeito por parte do poder judiciário, em todas as instâncias, inclusive do Supremo de compreender que no estado democrático de direito, na esfera do Legislativo está o poder dever de disciplinar e definir a lei – disse ele, que continuou: – E esse respeito do Judiciário e do Executivo com o Legislativo é fundamental como lógica de uma reforma tributária que dê certo. Nenhum poder pode invadir o poder do outro. Esse talvez seja o primeiro passo para nós termos uma grande nação, cada poder compreender o seu papel e respeitar o papel do outro. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante sessão — Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado/09-03-2023
Inadimplência recua em julho e atinge 66 milhões, diz CNDL

Queda foi registrada pelo segundo mês consecutivo. Maioria dos inadimplentes têm entre 30 e 39 anos O número de brasileiros com atraso no pagamento de dívidas apresentou uma queda no mês passado, segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). As entidades destacam que inadimplência recuou em julho deste ano e, agora, atinge 66,11 milhões de consumidores. O indicador aponta também que quatro em cada dez brasileiros acima de 18 anos (40,51%) estavam negativados em julho. No mês passado, o volume de pessoas com contas atrasadas cresceu 6,79% na comparação com o mesmo período de 2022. Na passagem de junho para julho, a quantidade de devedores avançou 0,16%. Para o presidente da CNDL, José César da Costa, a queda na estimativa geral do número de inadimplentes em julho, junto com o cenário econômico do país, sugerem que essa será uma tendência nos próximos meses. “Temos hoje uma dinâmica mais favorável no preço dos alimentos e no câmbio, uma inflação mais controlada e taxa de juros em queda, além do Programa Desenrola Brasil. Todos esses fatores favorecem a diminuição da inadimplência e melhoria do consumo”, destaca. Perfil dos inadimplentes O levantamento feito pela CNDL e SPC ainda revelou que a maior parcela de consumidores por tempo de contas em atraso está concentrada entre 1 a 3 anos, com 21,95% da população adulta inadimplente. Por faixa etária, a maior parte dos inadimplentes têm entre 30 e 39 anos (23,73%). Essa porcentagem representa 16,38 milhões das pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa. Isso também revela que quase metade dos brasileiros deste grupo (48,03%) estão com contas no negativo. Na visão do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior, ainda é cedo para medir os efeitos do Programa Desenrola, do governo federal, na base de inadimplentes, por conta que ele passou a valer para os consumidores apenas a partir da segunda quinzena de julho. “De qualquer forma, é esperado um número maior de pessoas deixando o cadastro de inadimplentes nos próximos meses”, avalia. Quatro em cada dez brasileiros acima de 18 anos estavam negativados em julho – (crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Eleitores do Equador votam contra projeto petrolífero em área da Amazônia

Com mais de 90% dos votos apurados no início desta segunda-feira (21/8), cerca de 60% dos equatorianos rejeitaram a exploração de petróleo em uma área protegida da Amazônia Eleitores tiveram a oportunidade devotar contra o projeto petrolífero em área da Amazônia – (crédito: Reprodução/Camila BUENDIA / AFP) Em uma decisão histórica, os equatorianos votaram neste domingo (20) contra a exploração de petróleo em uma área protegida da Amazônia, na qual vivem duas tribos não contatadas e há uma rica biodiversidade. Com mais de 90% dos votos apurados no início da segunda-feira, 21, cerca de 60% dos equatorianos rejeitaram a exploração de petróleo no bloco 44, situado dentro do Parque Nacional Yasuní, uma das maiores biodiversidades globais. A área é habitada pelos Tagaeri e os Taromenani, que vivem isolados. Em 1989, Yasuní foi designada uma reserva global da biosfera pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A reserva abarca uma área de mais de 1 milhão de hectares, com ao menos três espécies endêmicas. PUBLICIDADE O resultado da consulta popular é um revés significativo para o presidente do país, Guillermo Lasso, que defendia a exploração de petróleo no local, afirmando que a receita era crucial para a economia equatoriana. Com o resultado, a estatal Petroecuador terá de acabar com suas operações no local nos próximos meses. Eleição presidencial A consulta popular ocorreu junto com o primeiro turno da eleição presidencial. A disputa será decidida entre a candidata esquerdista Luisa González e Daniel Noboa, de direita. O país vive um período de turbulência política, após a morte de um dos candidatos à presidência, Fernando Villavicencio. Fonte: Associated Press. Agência Estado
Moraes segura acesso da CPMI a documento no qual é criticado pela PGR

Em ofício à CPMI, Moraes pede a “relação de conexão e pertinência” para liberar petição no qual PGR o critica por operação contra Mauro Cid Nesta segunda-feira (21/8), Moraes enviou um ofício à presidência do colegiado, comandado pelo deputado Arthur Maia (União-BA), respondendo o pedido de acesso ao documento. No ofício, o ministro pede que a comissão indique “a relação de conexão e pertinência” da petição com o “objeto da CPMI” para decidir sobre a liberação. O documento foi revelado pela revista Veja em 30 de junho. Segundo a reportagem, Lindôra diz, no parecer, que a operação que resultou na prisão do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro teria sido uma “pescaria” de Moraes. O pedido para ter acesso à petição foi feito pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O requerimento foi aprovado pelo colegiado no dia 11 de julho. Após aprovado, a CPMI enviou um ofício para ao Ministério Público pedindo para que fosse remetida a petição. Em resposta, o MP avisou que a peça tramitava em sigilo no STF e que somente Alexandre de Moraes poderia liberá-la. Mais documentos sigilosos Além da petição da PGR, o ministro Alexandre de Moraes pediu explicações para a CPMI antes de liberar outras petições e inquéritos sigilosos. Dentre eles, o ministro segurou o inquérito sobre possíveis financiadores dos atos de 8 de janeiro e a investigação sobre o ataque à sede da Polícia Federal em 12 de dezembro de 2022. O ministro do STF Alexandre de Moraes quer mais explicações da CPMI do 8 de Janeiro antes de liberar o acesso a uma petição da PGR na qual a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, fez críticas ao trabalho do próprio Moraes e da Polícia Federal.
Iniciativa dá destino sustentável para uniformes antigos dos garis

Projeto iniciado pelo GDF no ano passado reaproveita material que seria descartado, como lixeirinhas de carro. SLU já produziu cerca de 1.800 “lixitos” Desde o ano passado, os uniformes antigos dos garis do Distrito Federal estão sendo reaproveitados de maneira sustentável pelo governo. Com o tecido das roupas usadas, que precisam ser trocadas a cada seis meses conforme exigência contratual, são produzidos os “lixitos”, depósitos de panos usados como lixeiras nos veículos. Entre 2022 e 2023 já foram feitos 1.800 lixos para distribuição. O item é confeccionado na Fábrica Social, centro de capacitação e qualificação profissional gerenciado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet), e distribuído para a população em ações do Serviço de Limpeza Urbana (SLU). “A ideia de reaproveitar os antigos uniformes ocorreu a partir da necessidade de encontrar um destino sustentável. A reciclagem também visa evitar possíveis abusos e crimes que possam ocorrer caso os uniformes antigos caiam em mãos erradas, aproveitando a credibilidade associada aos garis”, conta o presidente do SLU, Silvio Vieira. Para o presidente, o projeto combina aspectos sociais e ambientais ao reforçar o propósito de sustentabilidade do órgão e evitar o desperdício do material e do descarte inadequado de lixo ao conscientizar a população para que não elimine resíduos nas ruas da cidade. Além disso, a iniciativa beneficia pessoas em situação de vulnerabilidade que são capacitadas na Fábrica Social. A distribuição dos “lixitos” ocorre em ações de educação ambiental do SLU. A mais recente mobilização foi durante o festival Capital Moto Week, na Granja do Torto. Foram 10 dias de evento com público estimado de 800 mil pessoas. Fábrica Social A iniciativa é voltada para qualificação profissional de pessoas em situação de vulnerabilidade social com cursos de corte e costura e serigrafia. Durante as aulas, os alunos confeccionam uniformes para órgãos do GDF. A cada novo ciclo de capacitação lançado são selecionados candidatos a partir de 16 anos residentes do Distrito Federal com cadastro atualizado no Cadastro Único de Programas Sociais do governo federal (CadÚnico), renda familiar per capita de até R$ 200 e que não tenham participado de processos de capacitação e qualificação no programa. Pessoas com deficiência também estão aptas à seleção. A distribuição dos “lixitos” ocorre em ações de educação ambiental do SLU | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília
Milei diz que oferecerá cargo a Macri se vencer na Argentina.

Candidato à Presidência, que venceu as primárias, quer criar posto de “super embaixador” para acolher o ex-presidente O candidato do La Libertad Avanza à Presidência da Argentina, Javier Milei, disse que, caso ele seja eleito, o ex-presidente argentino Maurício Macri deverá ter algum cargo em seu governo. As informações são do jornal argentino Clarín. Em entrevista à Rádio Mitre neste sábado (19.ago.2023), Milei sugeriu o posto de “super embaixador” ao ex-chefe do Executivo, mas não deu detalhes de como isso funcionaria. “Acho que ele teria um papel de destaque como representante da Argentina. Uma figura acima do Ministério das Relações Exteriores e outros, como representante. Não sei como definir, a figura teria que ser criada. Acho que ele é alguém que pode representar o país no mundo e abrir mercados para o país”, afirmou. O candidato declarou que conversa com frequência com Macri. Para Milei, a gestão do ex-presidente “endireitou” a situação econômica do país. “Fiquei muito agradavelmente surpreso que ele não apenas se preocupou em me fazer perguntas sobre economia, mas também mostrou um lado humano que não era esperado por mim, dado o tipo de vínculo que temos”, disse o postulante. QUEM É MILEI Javier Gerardo Milei tem 52 anos, é formado em economia e liderou com 30,4% dos votos a eleição primária de 13 de agosto de 2023 na disputa pela Presidência da Argentina. Ele está à direita no espectro político ideológico, com ideias liberais na economia. Defende fechar o Banco Central do país, acabar com o peso e usar o dólar dos EUA como moeda local. O candidato concorre à Casa Rosada pela coalizão La Libertad Avanza. Milei se autodefine como “anarcocapitalista” e “libertário” –é contra a interferência do Estado na sociedade e a favor do sistema de livre mercado. Diz que seu programa será uma “motosserra” para cortar gastos públicos. Afirma que o aquecimento global é uma mentira, é a favor da venda de órgãos e defende o sistema de educação não obrigatório e privado. Milei afirmou que conversa com frequência com o ex-presidente e fez elogios ao seu mandato/Foto
Cláudio Humberto: Justiça parece querer capturar Bolsonaro a qualquer custo

Colunista falou sobre a possibilidade de prisão do ex-presidente após a provável confissão de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens presidencial O colunista Cláudio Humberto, da Rádio Bandeirantes, comentou durante sua participação no Jornal Gente nesta sexta-feira, 18, sobre os desdobramentos da CPI do 8 de Janeiro e da possível confissão do ex-ajudante de ordens Mauro Cid – que trabalhou para Jair Bolsonaro (PL). Segundo o jornalista, é possível que a longa prisão do tenente-coronel – que se encontra detido desde o início de maio – esteja em curso para facilitar a possibilidade de delação premiada. “Essa prisão prolongada de Cid faz lembrar a acusação de que a Operação Lava Jato prendia e mantinha preso os acusados para ver se ‘quebravam a moral’ do detido e oferecer a possibilidade de delação premiada.” Cláudio também pontuou que o Brasil deve ser o único pais do mundo a manter preso um cidadão por ter falsificado um cartão de vacinação. Entretanto, na última quinta-feira, o advogado de tenente-coronel Mauro Cid, Cezar Bittencourt, confirmou que seu cliente irá confessar que fez parte do esquema para compra e venda de joias dadas de presente à presidência por nações estrangeiras e culpabilizar Jair Bolsonaro como mandante dos crimes. “O objetivo, como tudo explica, parece ser mesmo o de pegar Bolsonaro a qualquer custo.”Versão do ex-presidente Após a revelação de que Cid deve mudar sua estratégia e indicar que o ex-presidente seja o mandante da venda de joias, Jair Bolsonaro conversou com o jornalista Túlio Amâncio, da Band. O ex-mandatário negou envolvimento no caso e considerou que a estratégia de Mauro Cid é camicase.
Com investimento de R$ 7 milhões, nova UBS do Gama ampliará especialidades

Nova unidade beneficiará mais de 20 mil moradores com foco em saúde da família, odontologia, acupuntura, ginecologia, clínica médica e pediatria O Posto de Saúde 8, no Gama, se tornará, em breve, a nova Unidade Básica de Saúde (UBS) 7 e beneficiará mais de 20 mil moradores da região e com investimento de R$ 7,1 milhões do Governo do Distrito Federal (GDF). A obra é executada e fiscalizada pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e realiza intervenção em toda a área construída, equivalente a 1.900 m². A reforma inclui serviços de reestruturação de uma edificação térrea, redistribuição interna de ambientes, a adequação de todos os sanitários conforme as normas vigentes e a renovação das fachadas e cobertura. A equipe contratada foi reforçada para dar celeridade às obras na reta final. Ao todo, 30 funcionários trabalham de segunda a sábado para concluir a pintura interna e externa, e as instalações elétricas e hidráulicas. Além disso, foram adquiridos cerca de 70 novos ares-condicionados que estão em fase de instalação. Os revestimentos de piso cerâmico e dos banheiros também já foram colocados. A próxima etapa é colocar as portas e esquadrias das áreas internas. “A gente solicitou um aumento de pessoal. Esta semana, a gente conta com cinco funcionários a mais, eletricistas e ladrilheiros, para agilizar o que ainda está faltando”, explica a engenheira civil e fiscal da obra, Ana Paula Vidigal. “As estruturas daqui são da década de 1970, havia muita corrosão, rachaduras e infiltração. A gente precisou recuperar tudo para a reforma. Agora estamos perto de finalizar essa obra tão esperada pelos moradores daqui”, afirmou. Quando inaugurada, a população do Gama contará com cinco equipes de saúde da família e atendimentos odontológicos completos, proporcionando cuidado integral com a saúde bucal. Além disso, haverá serviços de acupuntura, ginecologia, clínica médica e pediatria. Conforto Para a aposentada Wanda Lúcia Fonseca, 61 anos, a nova UBS trará mais conforto para quem mora na região. “Quem vive na Quadra 55 do Setor Central era atendido neste posto que ficava aqui. Em todos esses anos, a unidade de saúde fez muita falta. A expectativa é muito grande para que essa UBS saia o mais rápido possível”, ressaltou. Já para o comerciante Jailton Silva, 36 anos, a expectativa é ainda maior para aumentar o movimento e, consequentemente, as vendas. “Essa unidade é referência para os meus pais. Eles pegavam remédio aqui. Quando inaugurar, será ótimo para quem mora aqui. E, para mim, vai ser mais importante ainda porque vai melhorar o movimento”, pontuou. Nova estrutura O local contará com consultórios de clínica médica, ginecologia, nutrição e de pediatria, laboratório, salas de inalação, curativos e de vacinas. Para atender às comunidades mais vulneráveis, a UBS incluirá um Consultório de Rua para levar cuidados e assistência médica às pessoas em situação de rua. Além disso, será disponibilizado um serviço de farmácia, oferecendo maior comodidade e acesso a medicamentos essenciais para todos os usuários. No local será disponibilizado um serviço de farmácia, oferecendo maior comodidade e acesso a medicamentos essenciais para todos os usuários | Foto: Geovana Albuquerque/Agência
Prato sempre cheio: programas garantem segurança alimentar à população

Além dos 15 restaurantes comunitários, com três refeições a R$ 2 por dia, ações de assistência amparam famílias com insegurança alimentar grave na capital Sentado em uma das mesas do Restaurante Comunitário do Recanto das Emas, Francisco Grossi, 79 anos, é frequentador assíduo dos restaurantes comunitários há mais de dez anos, e já visitou diversas unidades em Brasília. Ele é fã da dobradinha e, principalmente, da feijoada.“Eu moro sozinho, não cozinho bem. Eu venho aqui, como uma comida saudável, levo uma quentinha e venho na janta também. E agora que está abrindo no domingo, eu virei também”, afirma. Francisco ressalta a qualidade da comida e a acessibilidade do preço. “O que tem por R$ 1 hoje em dia? Só o Restaurante Comunitário. A comida é muito boa, balanceada, saudável, tem pouco sal, não tem muito óleo, as verduras e a salada são bem cortadas. É tudo esterilizado lá dentro, já visitei algumas vezes. E o atendimento é muito bom. Então, me sinto muito bem”, observa.Atualmente, há 15 restaurantes comunitários no DF, que servem mais de 32 mil refeições por dia. Em cada unidade, há um nutricionista servidor efetivo de carreira para uma refeição balanceada e nutricionalmente adequada. A expectativa para 2023 é servir mais de 10 milhões de refeições.Em gestões passadas, o almoço chegou a custar R$ 3. Atualmente, com R$ 2 ao dia é possível fazer as três refeições: R$ 0,50 no café da manhã e no jantar e R$ 1 no almoço. Pessoas em situação de rua atendidas pelas equipes da Abordagem Social podem fazer as refeições gratuitamente nos restaurantes.A unidade do Recanto das Emas foi a primeira a ter café da manhã, almoço e jantar. De acordo com a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, em breve, todos os restaurantes vão contar com as três refeições e também vão funcionar nos domingos e feriados.No Sol Nascente/Pôr do Sol, o GDF entregou o segundo Restaurante Comunitário da cidade, com a oferta das três refeições. Outras unidades estão em execução e ampliação, como Planaltina, a expansão de Samambaia, mais um Restaurante Comunitário em Arniqueira e outro em Ceilândia.“Vamos contar, em breve, com 20 restaurantes comunitários funcionando todos os dias, inclusive feriados, e com três refeições diárias, para, de fato, garantir a segurança alimentar e nutricional da população do DF”, afirmou a secretária.Segurança alimentarPara a diarista Edilza de Jesus, 56 anos, o Restaurante Comunitário é mais que uma opção saudável. Por um longo tempo, significou sua sobrevivência. Edilza ficou quase três anos desempregada, vendendo geladinho para ter renda. “Minha salvação era o Restaurante Comunitário de Ceilândia”, conta.Uma pesquisa realizada em 2021 pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), em meio à pandemia da covid-19, apontou que, no Distrito Federal, 79% dos domicílios estavam em segurança alimentar.Primeira pesquisa de segurança alimentar e nutricional no Distrito Federal, o estudo foi realizado em 30.888 domicílios, com dados coletados pela Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad). Dos 21% que se encontravam em algum grau de insegurança alimentar, 12,9% tinham um grau leve; 4,2%, moderado e 3,9%, grave.A insegurança alimentar ocorre quando a pessoa tem incerteza quanto ao acesso a alimentos no futuro, passando pela redução quantitativa, ou até mesmo a falta do alimento – nesse último caso, a fome. A pesquisa do IPEDF apresentou um panorama da segurança alimentar no DF, segundo características da população e dos domicílios, utilizando a Escala Brasileira de Segurança Alimentar (Ebia).Programas de assistênciaDurante a pandemia, houve aumento no número de famílias que perderam a renda e passaram a depender de benefícios sociais para sobreviver. De acordo com Ana Paula Marra, o foco da Secretaria de Desenvolvimento Social é nos 3,9% das famílias que estão em situação de insegurança alimentar grave.Entre os programas direcionados à segurança alimentar e nutricional, há os de transferência de renda, como o programa Prato Cheio, que se tornou uma política de Estado permanente. São R$ 250 por mês disponíveis em um cartão para que o beneficiário possa se alimentar indo a qualquer supermercado, restaurante ou padaria.O Prato Cheio foi criado ainda no início da pandemia da covid-19 para substituir a entrega de cestas básicas in natura, que passaram a ser levadas em domicílio apenas em caráter emergencial.“Lembrando que não tiramos a cesta básica emergencial in natura. Se uma família chegar procurando atendimento no Cras [Centro de Referência e Assistência Social], precisando de alimento de forma imediata, ainda há a cesta básica in natura. O Prato Cheio veio para dar essa autonomia, para a pessoa comprar o que de fato precisa em casa”, ressaltou a secretária Ana Paula Marra.Antes do programa, implementado no início da pandemia da covid-19, eram entregues 6 mil cestas básicas no DF ao mês. “De 6 mil cestas básicas para 100 mil famílias, eu tenho certeza que a pesquisa de 2023 vai refletir esse aumento do programa. Não tenho dúvidas que em 2023 teremos um avanço grande na área social do governo”, declarou.Cada família que faz parte do programa Prato Cheio recebe também a Cesta Verde, com diversas verduras e legumes para garantir a qualidade da alimentação de cada família. Já foram mais de 400 mil famílias atendidas no Prato Cheio desde sua criação.Há, ainda, o Cartão Gás, outro programa social que traz um benefício de R$ 100 em parcelas bimestrais para a compra de botijão de 13 kg de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). Mensalmente, 70 mil famílias recebem o Cartão gás.Como acessarA porta de entrada da assistência social no GDF são os Cras. No DF, há 30 unidades, além de equipes móveis que vão até as áreas rurais de mais difícil acesso, para atender pessoas que nem sabem às vezes como chegar em um Cras.Também é possível agendar o atendimento por meio do telefone 156 ou pelo site da secretaria. Após o cadastro, a situação de cada família é avaliada para ser atendida pelo programa que mais se adequa.Para ter acesso a programas como o Cartão Gás, é necessário ter inscrição no Cadastro Único, renda familiar per capita de até meio salário mínimo, declarar
Carlos Bolsonaro cita “prisão” e diz que Brasil já virou Venezuela

Para o filho do ex-presidente, alguns apoiadores “amam viver a síndrome de Estocolmo”; pede para desconstruir uma “narrativa”. O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) pediu neste sábado (19.ago.2023) para que os apoiadores de seu pai e ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), parassem de comentar sobre uma possível prisão. O ex-chefe do Executivo é alvo de investigações a respeito de presentes que recebeu de delegações no exterior durante o mandato (2018-2022). Ele também foi citado no depoimento do hacker Walter Delgatti Neto à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de Janeiro como se tivesse oferecido um indulto presidencial em troca de supostas provas contra as urnas eletrônicas. “Se quer ajudar, desconstrua a narrativa e não fique correndo atrás de cliques ou lacrações para se sentir importante validando a dor que o adversário sente prazer em fazer você sofrer”, declarou o filho 02 do ex-presidente, sem citar diretamente o pai, em seu canal no Telegram. Para Carlos, é “óbvio” para “qualquer um” que o Brasil vive uma situação semelhante à da Venezuela –regime autocrático e sem garantias de liberdades fundamentais. “Os canalhas estão carecas de saber disso e estão utilizando sua psique para você validar algo que querem!”, declarou. CASO DAS JOIAS Na 5ª feira (17.ago), o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), atendeu ao pedido da PF (Polícia Federal) e autorizou a quebra de sigilo bancário do ex-presidente e da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro. O objetivo da corporação é identificar se Bolsonaro foi beneficiado com o dinheiro da venda, por integrantes de seu governo, de presentes dados por delegações estrangeiras. Um relatório da PF indica que um relógio Rolex, presente saudita, foi entregue para o ex-presidente e depois vendido nos EUA. O ex-advogado de Bolsonaro Frederick Wassef teria recomprado o relógio no país norte-americano para entregá-lo ao TCU (Tribunal de Contas da União) por um valor maior do que o da venda. Além disso, o documento mostra mensagens do tenente-coronel Mauro Cid sobre ter combinado com o pai, o general Lourena Cid, a entrega de US$ 25.000 em dinheiro a Bolsonaro para não fazer “movimentação” na conta do ex-presidente. “Parem com esse negócio de prisão”, disse o vereador; na imagem, Carlos e Bolsonaro em fevereiro de 2022/Foto
Duas creches em período integral vão atender 400 crianças em Ceilândia

Governador Ibaneis Rocha assinou ordens de serviço para as obras, que têm investimento de mais de R$ 10 milhões e ampliam a oferta da educação infantil na região A região de Ceilândia vai ganhar dois Centros de Educação da Primeira Infância (CEPIs) para atender cerca de 400 crianças de até 5 anos e 11 meses em período integral. As unidades serão construídas em endereços na QNO 18 e na QNP 11. O investimento do Governo do Distrito Federal (GDF) é de mais de R$ 10 milhões. A oficialização das obras ocorreu na manhã desta sexta-feira (18) com a assinatura das duas ordens de serviço pelo governador Ibaneis Rocha. Durante a solenidade, o líder do Executivo ressaltou o esforço do governo em levar melhorias para a região administrativa. “Coloquei como determinação que nós vamos fazer de Ceilândia o melhor lugar do mundo para se viver. Para isso, estamos com muitas obras renovando asfalto, cuidando das calçadas e do nosso povo”, afirmou. “Vamos inaugurar uma creche no Sol Nascente e mais essas duas creches importantes serão abertas aqui, porque temos uma preocupação muito especial com a primeira infância”, definiu. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, destacou que os CEPIs chegam para atender a demanda da região, a mais populosa do DF. Hoje, a cidade conta com 11 CEPIs – um deles entregue este ano – e 31 creches conveniadas pagas pelo governo com o Cartão Creche. “Estamos avançando nesta etapa da educação infantil, porque entendemos a necessidade da população”, afirmou. “São duas creches na área da Expansão do Setor O para atender até 210 crianças [em período integral], cada uma. É o Distrito Federal sempre pensando na população que mais necessita, daquela mãe e daquele pai que precisam trabalhar com tranquilidade deixando a criança assistida”, completou a titular da pasta. Os projetos dos dois CEPIs seguem o modelo padrão proposto pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) com dois blocos distintos em área térrea. No primeiro bloco ficarão os setores administrativos – como sala dos professores e almoxarifado –, sanitários, fraldários, refeitório, lavanderia, copa, depósitos e uma sala de atividades para creche I, destinada para crianças de 0 a 11 meses. Já no segundo bloco serão abrigados mais sanitários, playground, pátio coberto, duas salas de atividades de creche II (crianças de 1 ano a 1 ano e 11 meses), duas salas de atividades da creche III (crianças de 2 anos a 3 anos e 11 meses) e quatro salas da pré-escola (crianças de 4 a 5 anos e 11 meses). A creche da QNO 18 será erguida em um terreno de 4.200 m² no Conjunto B Lote 1. Ao todo, serão 1.541,30 m² de área construída, com investimento de R$ 5.298.272,87. A outra unidade será na Área Especial 21 da QNP 11 em um terreno de 4.200 m², onde serão edificados 1.514 m² de centro de educação. O investimento é de R$ 5.153.131,45. A execução dos serviços é da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). O presidente da autarquia, Fernando Leite, reforçou que a entidade tem levado essas construções a várias regiões do DF. “Ousaria dizer que essa é uma engenharia social, porque atinge diretamente o povo. São duas creches para um lugar que tem uma demanda gigantesca. Vamos poder atender as crenças com uma estrutura completa com lavanderia, refeitório e acomodação em 1.500 metros quadrados”, explicou. Unidades semelhantes também serão construídas em Taguatinga, no Paranoá, no Núcleo Bandeirante e na nova região administrativa Água Quente. Desde 2019, o GDF já entregou nove creches em Ceilândia, Lago Norte, Samambaia, Sol Nascente/Pôr do Sol, Planaltina (a primeira na área rural) e Paranoá. Demanda da comunidade A dona de casa Daniela Pereira, 34 anos, não vê a hora de a nova creche ser inaugurada. Com uma filha de 1 ano e 5 meses, a pequena Ester, ela está desempregada para cuidar da menina. “Estou desempregada justamente porque não confio em deixar minha filha em qualquer lugar e também não tenho condições financeiras de pagar uma creche particular”, contou. “Então será uma honra poder ter um lugar para deixar minha filha em segurança. Sabendo que ela vai estar bem acompanhada e eu vou poder sair sem me preocupar”, complementou. A diarista Odália Rodrigues da Silva, 52 anos, é moradora da região e contou que o centro de educação infantil era bastante aguardado pela comunidade, principalmente, para as mães. “Tem muitos anos que estamos cobrando para ter uma creche aqui. Tem muitas mães que precisam trabalhar e não têm com quem deixar seus filhos”, lembrou. Avó, ela criou os netos em unidades similares geridas pelo Poder Público. “Conheço bem porque meus dois netos ficaram em creches do governo e é muito bom, muito seguro”, avaliou. O administrador de Ceilândia, Dilson Almeida, comemorou a extensão do atendimento do ensino infantil na cidade. “Quanto mais creche, melhor. É uma cidade muito carente e as pessoas precisam deixar suas crianças acolhidas. Então, estamos muito satisfeitos”, revelou. Os projetos dos dois CEPIs seguem o modelo padrão proposto pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) com dois blocos distintos em área térrea | Fotos: Renato Alves/ Agência Brasília
Contratos com rede complementar garantem 2.900 cirurgias em um ano

Já foram beneficiados pacientes com procedimentos de herniotomias, remoção de útero e retirada da vesícula biliar, entre outras especialidades A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) fechou 15 contratos com a rede complementar, nos últimos 12 meses, para realização de cirurgias. A força-tarefa realizada pela pasta para reduzir as listas de espera já contemplou 2.900 pacientes. “Isso foi possível porque fizemos um treinamento com as instituições credenciadas e tornamos mais rápidas as autorizações para os procedimentos”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. Os contratos beneficiam pacientes já acompanhados pela rede pública e priorizados de acordo com os critérios do Complexo Regulador do Distrito Federal. Os hospitais contratados têm de oferecer consultas antes e após as cirurgias, atendimento pré-anestésico e dispor de equipamentos, insumos e curativos pós-operatórios, biópsias (para os procedimentos que necessitem), além de internação pós-operatória por 48 horas. O subsecretário de Compras da SES-DF, Victor Ribeiro da Costa, destaca que o processo de contratação tem sido um sucesso. “Fizemos um esforço coletivo para lançar todos os editais de forma rápida, mas sempre garantindo a isonomia entre os participantes. As cirurgias estão em execução em toda a rede complementar”, explica. A Referência Técnica Distrital (RTD) de cirurgia geral, Diego Viegas, afirma que as doenças priorizadas nos editais já lançados são de grande prevalência e a maioria delas causam sintomas que impedem os pacientes de realizarem suas atividades diárias. “Por isso a importância desses pacientes serem operados com maior rapidez”, conta. Já foram beneficiados pacientes com procedimentos de herniotomias, com histerectomias (remoção de útero) e colecistectomias (remoção da vesícula biliar), entre outras especialidades. Nova fase “Isso foi possível porque fizemos um treinamento com as instituições credenciadas e tornamos mais rápidas as autorizações para os procedimentos”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde Uma nova fase de contratações para outras especialidades já está em andamento, de acordo com o subsecretário. “Soltamos seis editais para essa nova fase. Ao todo, em três anos, vamos ter contratado cerca de 10 mil cirurgias”, adianta. Os novos editais de credenciamento vão beneficiar pacientes de otorrinolaringologia, urologia, vascular, coloproctologia e cirurgia de cabeça e pescoço. Nestes casos, a redução na fila de espera é estimada em 90%. RecadastraSUS-DF A melhora na dinâmica de realização das cirurgias também resulta das iniciativas de recadastramento dos usuários, como o RecadastraSUS-DF. Pelo telefone 160, pelo autocadastro online ou pessoalmente em uma UBS é possível atualizar os dados de contato para facilitar o chamamento. Para a atualização, o cidadão deve apresentar comprovante de residência, ou, caso não tenha, uma declaração escrita à mão informando o endereço de moradia; CPF ou cartão do Sistema Único de Saúde (SUS); e documento de identidade (RG) ou certidão de nascimento. Também são coletadas informações sobre os dados pessoais e sociodemográficos, assim como sobre a situação de moradia e de saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) Os contratos beneficiam pacientes já acompanhados pela rede pública e priorizados de acordo com os critérios do Complexo Regulador do Distrito Federal | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília