06/12/2025

Polícia prende último integrante de torcida que atacou ônibus de time adversário, em Goiânia

Os 16 suspeitos envolvidos na emboscada foram presos Foi preso o último integrante de uma torcida organizada envolvido na emboscada de um ônibus que transportava torcedores de um time adversário, nesta quinta-feira (13), em Goiânia. A Polícia Civil descobriu que os 16 indivíduos também se envolveram em outros ataques violentos relacionados a brigas entre torcidas organizadas. Na ocasião, os criminosos depredaram o veículo e atacaram os passageiros, roubaram os aparelhos celulares e camisas de dois torcedores que, durante a emboscada, foram agredidos severamente com chutes, socos e pauladas na região da cabeça. O caso ocorreu em abril deste ano, em Aparecida de Goiânia. Samuel Moura, delegado que coordena o Grupo Especial de Proteção ao Torcedor (Geprot), informou que os suspeitos agrediram o motorista do ônibus e também ameaçaram, com uma arma de fogo, uma socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). judiciais, sendo 16 prisões e 30 de busca e apreensão na Região Metropolitana de Goiânia e no estado de Tocantins. A identidade dos 16 indivíduos não foi revelada e, por isso, o Mais Goiás não localizou a defesa deles. Último integrante de torcida organizada envolvido em emboscada é preso, em Goiânia (Divulgação/Polícia Civil)

GDF desobstrui área de proteção ambiental alvo de grilagem em Taguatinga

Parcelamento irregular chegou a realizar obras a apenas 50 metros do córrego do Setor Primavera A Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) realizou, nesta quinta-feira (13), operação para desconstituir um parcelamento irregular do solo na QSC 19 de Taguatinga. As edificações se encontravam na Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) JK, a apenas 50 metros do córrego do Setor Primavera. A operação da DF Legal, com o apoio da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), da Neoenergia, da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), removeu quatro casas em construção, uma outra edificação em estágio inicial da base, 11 postes com ligação clandestina de luz e um ponto irregular de ligação de água. A pasta ainda apreendeu um portão de ferro, uma betoneira, dois caminhões de areia e brita, um com tijolos, além de ter desconstituído 400 metros de muro. Ao todo, foram retirados seis caminhões de entulho. O local alvo da operação encontra-se fora da Área de Regularização de Interesse Específico (Arine) do Setor Primavera e dentro de uma zona de conservação de vida silvestre. O desmatamento para o parcelamento irregular ocorreu muito próximo ao limite do Parque Saburo Onoyama. Os grileiros avançaram pela mata ciliar do córrego e executaram obras que ficaram a apenas 50 metros do curso d’água. No primeiro semestre deste ano, a DF Legal já realizou 469 operações em todo o Distrito Federal e desobstruiu 6.703.050 m² de área pública. *Com informações da Secretaria DF Legal Entre as construções irregulares na Arie JK, foram removidas quatro casas em construção e uma edificação em estágio inicial da base  | Foto: Divulgação/Secretaria DF Legal

CNI eleva previsão de crescimento do PIB deste ano de 1,2% para 2,1%

Melhora na previsão do PIB do país para 2,1% não está relacionado com a melhora da produção industrial, que continua desacelerando e deve crescer 0,6% neste ano, com queda de 0,9% da indústria da transformação A Confederação Nacional da Indústria (CNI) elevou de 1,2% para 2,1% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. Contudo, essa melhora na conjuntura não está relacionada com a recuperação da produção industrial e sim pelo impulso que o agronegócio deu no PIB do primeiro trimestre do ano, que avançou 1,9%, em relação aos três meses anteriores, acima das expectativas do mercado. De acordo com as projeções da entidade, produção da indústria nacional segue em desaceleração neste ano e deverá crescer 0,6% neste ano, com queda de 0,9% na indústria da transformação. Os dados fazem parte do Informe Conjuntural da CNI – 2º trimestre de 2023 divulgado, nesta quinta-feira (13/7), pela entidade. A instituição define o quadro como “particularmente desafiador para a indústria e para as atividades do varejo mais sensíveis ao crédito”. De acordo com a entidade, é preciso ter cautela ao analisar os novos dados para o PIB Brasileiro, porque a alta de 2,1%, neste ano, reflete a expectativa de aumento de 13,2% do PIB da agropecuária, no entanto, a indústria e o serviços desaceleraram, o que mostra uma economia menos saudável do que a desejada. “A expansão de 2,1% é relevante, mas se isolarmos o resultado da agropecuária, o ritmo de crescimento do Brasil desacelerou. A indústria enfrenta os efeitos dos juros altos, com restrição no crédito bancário, o que vemos penalizar tanto empresários quanto consumidores. Além disso, o setor de serviços, que acumulou avanços expressivos desde 2020, também agora se encontra em movimento de desaceleração”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, em nota da entidade. A CNI prevê, por exemplo, crescimento de 1,5% na indústria da construção neste ano, após os avanços de 6,9%, em 2022, e de 10%, em 2021. “O forte aumento dos custos da construção e o ambiente de juros altos contribuíram para a perda de dinamismo em 2023. As alterações feitas ao programa Minha Casa Minha Vida anunciadas em junho deste ano devem ter efeitos em 2024”, de acordo com a CNI. “O Brasil tem dificuldades de crescimento porque, apesar de termos uma superprodução de produtos agrícolas, falta competitividade à indústria nacional, principalmente pela complexidade do sistema tributário. Os juros são exorbitantes, tornam o crédito mais escasso e prejudicam a indústria e os consumidores”, destacou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, no comunicado. Segundo ele, as expectativas são positivas, com o avanço da reforma tributária no Congresso e a queda da inflação, “que permitirá ao Banco Central iniciar a redução dos juros”. “Além disso, o governo precisa acelerar a implementação de uma política industrial, para que o país tenha uma maior inserção nas cadeias globais de produção, de forma inovadora e sustentável”, acrescentou. Pelas projeções da CNI, o consumo das famílias deverá crescer 1,8%, neste ano, sustentado pelo aumento de 6,8% na massa de rendimento real, “pois a concessão de crédito à pessoa física tem caído desde setembro de 2022, com avanço apenas em março de 2023”. “Estímulos fiscais, como as mudanças no Bolsa Família em janeiro de 2023, também deverão contribuir com o avanço do consumo em segmentos como mercados e farmácias”, acrescentou a entidade, que prevê ainda queda de 3,6% em termos reais no mercado de crédito. A CNI estima uma taxa de desemprego de 8,3% no fim deste ano, decorrente do aumento de 2% no número de pessoas ocupadas no quarto trimestre do ano, na comparação com o mesmo período de 2022. Isso vai representar recuo de 1 ponto percentual na taxa de desocupação média. Apesar de a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ter acumulado alta de 3,16%, no acumulado em 12 meses até junho, a CNI estima aumento do IPCA no encerramento do ano, de 4,9% – acima do teto da meta de 2023, de 4,75%. Assim como o consenso do mercado, a projeção da entidade para a taxa básica da economia (Selic), atualmente em 13,75% anuais, é de recuo até 12% ao ano, em dezembro. A CNI ainda projeta aumento da dívida pública neste ano após dois anos de queda. Pelas estimativas da entidade, o setor público consolidado – que engloba governos federal e regionais (estados e municípios) e as estatais – deve registrar um deficit primário de 1,1% do PIB, contra o saldo positivo de 1,3% do PIB de 2022. Montadoras param produção e instauram férias coletivas após desempenho abaixo do esperado na venda de veículos. Na foto, fábrica da Volkswagen. – (crédito: Volkswagen/Divulgação)

Carlos ataca presidente do Republicanos após fala sobre isolamento de Bolsonaro

Carlos Bolsonaro atacou o presidente do próprio partido após uma fala sobre isolamento político do ex-presidente Na imagem compartilhada pelo vereador, é possível ler o título de uma matéria escrita em cima de uma fala do deputado para o jornal O Globo. “‘Bolsonaro está isolado e é de extrema direita’, diz presidente do Republicanos”, segundo a chamada, que foi respondida por Carlos: “Tudo pela democracia!!! Viva a crença em Deus”. Mas a fala, que também aparece na imagem, não foi suficiente e ele seguiu com os ataques no tuíte. “Essa raça aumentou a bancada e o poder devido às palavras e ações do Presidente Jair Bolsonaro e hoje falam assim. Será por quê? Acho que é porque creem no que pregam”, escreveu para acompanhar a foto. Entenda o contexto da fala sobre Bolsonaro O filho 02 do ex-presidente se revoltou com uma fala de Marcos Pereira após uma reunião sobre a Reforma Tributária, que ocorreu na última quinta-feira (6/7). Na ocasião, Jair Bolsonaro interrompeu o discurso do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), enquanto ele declarava apoio à mudança política. “Os episódios de hoje (quinta-feira) não isolam Bolsonaro, porque ele já se isolou e vem se isolando pelo seu próprio comportamento. Entregou a eleição para o Lula (PT) por causa do comportamento dele. Vem se isolando quando começa a brigar com o Judiciário, quando lá no início do governo briga com o Parlamento, quando ele é contra a vacina”, destacou o presidente do Republicanos, que pontuou ainda que o político é de “extrema-direita”. Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) atacou o presidente do próprio partido, o deputado Marcos Pereira, após uma fala dele sobre o isolamento político de Jair Bolsonaro (PL). Sem mencionar Pereira de forma direta, ele usou o Twitter para criticar o trecho de uma entrevista do político.

Goiás Pesquisas/Mais Goiás: Professor Alcides tem 27,29% na estimulada em Aparecida e Delegado Waldir 14,81%

Em seguida vêm o ex-prefeito Ademir Menezes, com 12,15% das intenções de voto, e o prefeito Vilmar Mariano, com 7,49% Levantamento do Instituto Goiás Pesquisas avaliaram a disputa à prefeitura de Aparecida de Goiânia em 2024, e mostra o deputado federal Professor Alcides em primeiro lugar na estimulada, quando os nomes dos candidatos são apresentados. O parlamentar aparece com 27,29% das intenções de voto. Em segundo lugar aparece o ex-deputado federal Delegado Waldir, com 14,81%. Em seguida vêm o ex-prefeito Ademir Menezes, com 12,15% das intenções de voto, e o atual prefeito Vilmar Mariano, com 7,49%. Completam a pesquisa estimulada para prefeito de Aparecida: o deputado estadual Veter Martins, 6,16%; o deputado federal Glaustin da Fokus, 5,49%; e o presidente da Câmara Municipal, vereador André Fortaleza, 3,66%. Brancos e nulos somaram 15,47%. Entre os entrevistados, 7,49% não souberam opinar. Metodologia O Instituto Goiás Pesquisas ouviu, entre terça-feira (4) e quinta-feira (6), 601 pessoas com 18 anos ou mais. Foram 50,58% de mulheres e 49,42% de homens, sendo pesquisados em domicílios particulares de Aparecida de Goiânia, permanentemente ocupados e sorteados de maneira aleatória simples sem reposição e em pontos de fluxo. A margem de erro máxima prevista para o total da amostra é de 3,9 pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Pesquisas mostram a preferência do Eleitor em Aparecida de Goiás. (Fotos: Câmara dos Deputados

“Goiás deveria ser exemplo para reforma tributária”, diz diretor do Instituto Mauro Borges

Erik Figueiredo argumenta que os defensores da reforma tributária estão alheios aos resultados de Goiás e do Centro-Oeste na redução de igualdades. Para ele, texto aprovado compromete dinâmica econômica de Goiás A avaliação é do diretor-executivo do Instituto Mauro Borges, doutor em Economia, Erik Figueiredo, que aponta a ampliação da participação do estado no Produto Interno Bruto (PIB) do país e na redução das desigualdades regionais. Contra o texto aprovado na Câmara dos Deputados na quinta-feira (6), Erik argumenta que os defensores da medida estão alheios aos resultados colhidos na região em relação ao combate à miséria. Para ele, apesar do objetivo social, o modelo desenvolvimentista de tributação proposto vai agir na preservação das desigualdades regionais e na manutenção de parcelas significativas das populações em situação de pobreza. Para que a colocação seja compreendida, ele, que é ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), propõe uma análise histórica sobre a evolução econômica de Goiás, que reflete, segundo ele, na capacidade do estado em atuar contras desigualdades históricas. Contexto Erik Figueiredo argumenta que em 60 anos — desde a criação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) — aquela região continua estacionada com 14% na participação do PIB. Já, no mesmo período, o o Centro-Oeste viu sua participação evoluir de 2%, em 1959, para 8%. Um crescimento de 400% no período. Segundo ele, essa evolução do PIB possui rebatimentos na área social. Usando o exemplo do estado de Goiás, a taxa de extrema pobreza registrada na década de 1970 era de aproximadamente 9%. Em 2022, ela atingiu 1,7%. Enquanto isso, estados nordestinos como Maranhão e Paraíba continuam convivendo com uma taxa de extrema pobreza de dois dígitos e com mais de 50% da sua população sendo beneficiada pelos programas sociais. O diretor-executivo do Instituto Mauro Borges lembra ainda de estudo recente que avalia a transmissão da pobreza entre as gerações. Constatou-se que no Brasil, o filho de um pai pobre possui uma probabilidade de 47% de permanecer pobre. “Quando avaliada em nível municipal, observou-se que Goiânia possui o oitavo menor índice de persistência da pobreza, com probabilidade próxima a 20%”, diz. Reforma tributária A reforma tributária, possui como um de seus argumentos principais a redução das desigualdades regionais. De uma forma resumida, uma das propostas prevê a unificação dos tributos PIS e Cofins (federais), ICMS (estadual) e ISS (municipal), substituindo-os por um único imposto do tipo IVA, de abrangência nacional. A arrecadação, centralizada no governo federal, seria redistribuída para os estados. “O que se sabe é que essa distribuição prezará por uma estrutura de aprofundamento no critério de redistribuição do volume arrecadado. Logo, o sistema atual, já pautado em uma forte redistribuição dos recursos, seria intensificado. Para se ter uma ideia, o atual pacto federativo permite que a cada R$ 1,00 arrecadado em impostos federais em Goiás, apenas R$ 0,50 retornem para o estado. No Maranhão, a cada R$ 1,00 arrecadado em impostos federais, R$ 2,44 são retornados para o estado”, aponta. “Prejudicial a Goiás” Ele argumenta ainda que Goiás é estado que cresce a taxas acima da média nacional, reduz a pobreza a mínimos históricos e insere a população no mercado formal. No entanto, pode ter sua dinâmica econômica prejudicada em favor de uma política de desenvolvimento regional totalmente ineficaz. “É inegável que o sistema tributário brasileiro necessita de modernização. Essa poderia ser iniciada com os impostos federais. Ou seja, o Governo Federal fazendo o seu dever de casa! O ICMS e o ISS podem e devem ser discutidos nos âmbitos estadual e municipal, respeitando, com isso, as particularidades regionais e o pacto federativo. Talvez assim, possamos identificar as estratégias de desenvolvimento que, de fato, vêm produzindo resultado no Brasil”, argumenta. Goiás e a região Centro-Oeste deveriam ser exemplos para a formulação da reforma tributária. Colheita de soja (Foto: Governo do Estado)

Mercado reage com otimismo à aprovação da reforma tributária

Bolsa de Valores fecha em alta e dólar cai no primeiro dia de operações após a votação da PEC da reforma tributária, na madrugada de quinta-feira O mercado financeiro demonstrou mais otimismo, ontem, ao amanhecer com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Tributária, a PEC 45/2019, aprovada em dois turnos pela Câmara dos Deputados, após mais de 30 anos de discussões em torno do tema no Congresso, com poucos avanços. Após fechar com queda de 1,78%, na véspera — em meio à indecisão se haveria ou não votação e à sinalização do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de que vai retomar a alta de juros nas próximas reuniões —, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) encerrou o pregão de com alta de 1,25%, a 118.897 pontos. O dólar comercial, por sua vez, recuou 1,3% frente ao real e finalizou o dia cotado a R$ 4,866 para a venda. De acordo com analistas, a reação positiva reflete que, apesar dos vários problemas na redação da PEC aprovada pelos deputados, principalmente os jabutis que deixam o texto muito complexo, o atual sistema tributário ainda é muito pior, com excesso de regras e de alíquotas, além de ser cumulativo na cadeia total. Eles destacam que o processo de transição é bastante lento e o impacto ainda é incerto, por conta da indefinição do valor da nova alíquota, mas elogiam o fato de que haverá uma simplificação para os contribuintes com a unificação dos regimes de 27 unidades da Federação. “Acho que é um divisor de águas, se a reforma aprovada ficasse só na unificação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) já teria valido a pena. Imagina ir de carro de São Paulo ao Rio e não ter que ficar calculando a quantidade de gasolina para não precisar encher o tanque no Rio porque lá o ICMS é muito maior do que em São Paulo?”, exemplificou Luis Otávio de Souza Leal, economista-chefe da G5 Partner, empresa especializada em serviços financeiros. “Agora, postos da fronteira vão perder clientes, uma prova de que não é uma reforma que vai agradar a todos em um primeiro momento”, acrescentou. “A reforma tributária, comparada com o que a gente tem hoje, um sistema completamente caótico e irracional, melhora de forma significativa, diminui contenciosos fiscais e tributários, diminui dramaticamente a quantidade de alíquotas, vai acabar essa história de cada produto praticamente ter uma alíquota diferente, provocando uma briga infinita no Judiciário”, avaliou Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados. Muitas isençõesOs analistas demonstraram preocupação com o excesso de isenções tributárias e reduções de alíquota, que ainda não estão definidas e podem ser bem altas. Questionado sobre o assunto, o secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, não deu sinal do valor dessa alíquota. Informou apenas que ela ainda será fixada durante o período de transição, até 2027, para a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), e entre 2029 e 2033, para o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). “Na verdade, o texto deixa a possibilidade de fazer ajustes finos nas alíquotas (para manter a carga tributária) até 2033”, disse. Na avaliação de Leal, da G5, a reforma ainda vai continuar confusa porque ela precisará ser regulamentada por lei complementar, mas ele não tem dúvida de que a alíquota, que ainda não está definida, deverá ficar acima de 25%, por conta do excesso de isenções tributárias incluídas durante a votação. “Como dizia Margaret Thatcher (ex-primeira-ministra britânica), se tem alguém recebendo sem trabalhar é porque alguém está trabalhando sem receber”, citou o gestor. Vale, da MB, também demonstrou preocupação com o excesso de exceções incluídas no texto, principalmente, às vésperas da votação na Câmara. “Os problemas foram aparecendo desde o relatório inicial. Tem exceções demais. Setores demais estão colocados ou em regimes específicos ou com corte significativo de alíquota, que já era alta em 50%, e, agora, um corte de 60% na alíquota. Essas exceções preocupam um pouco, porque não são setores pequenos, são setores que, no final, eventualmente, a gente pode acabar tendo uma alíquota final maior do que se imaginava antes para contemplar esses cortes colocados agora”, alertou. Ele torce para que esses jabutis sejam retirados pelo Senado Federal, onde também será preciso a aprovação de três quintos de parlamentares da Casa, em dois turnos. Mudanças no futuro“O ideal, obviamente, seria que o texto fosse mais parecido com o da PEC 45. A gente não vai conseguir esse nível neste momento, mas é uma reforma inicial, um momento inicial que pode, no futuro, ter ajustes na emenda constitucional que demandem menos recursos políticos do que essa reforma, que é muito mais ampla e muito mais desgastante”, afirmou Vale. “A partir dessa base inicial que a gente tem agora e, eventualmente, reformas adicionais que precisam ser feitas no futuro sejam mais fáceis de acontecer. Isso é bastante positivo de se pensar. Quer dizer, a gente está fazendo essa primeira grande reforma no futuro, eventualmente precisa, vai precisar de ajustes. Mas, pelo menos, a gente está passando por esse grande teste”, acrescentou. Tiago Sbardelotto, economista da XP Investimentos, lembrou que os cinco tributos unificados pela reforma respondem por mais de 40% da arrecadação do setor público e também demonstrou preocupação com as alterações, porque elas reduziram o potencial da reforma. Ele lembrou que a alíquota de referência (padrão), varia entre 15%, em países em desenvolvimento, a 25%, em países mais desenvolvidos. “Do lado negativo, ressaltamos que a ampliação do rol de exceções pode contribuir para uma alíquota mais elevada. Do lado positivo, a redução dos benefícios tributários e o incentivo à formalização da economia pela adoção da não cumulatividade plena podem ajudar a se chegar a uma alíquota menor”, destacou. “Vale ressaltar que, na proposta final, introduziu-se um artigo para assegurar que a carga tributária não será elevada. No entanto, é preciso destacar que isso depende também da referência a ser adotada”, disse ele. Basicamente, a reforma vai unificar cinco tributos em um Imposto sobre Valor

Gil é hostilizado por torcedores do Corinthians: “Você é vagabundo!”

Em vídeo que viralizou nas redes sociais, do zagueiro Gil aparece sendo hostilizado por torcedores do Timão  “Você é ex-jogador! Você está roubando o Corinthians! Você é vagabundo!”, disse o torcedor. Na sequência, o homem também discutiu com um funcionário do hotel. O defensor do Corinthians foi retirado do local pelo lateral-direito Fagner. Atualmente, o Corinthians ocupa a 16ª posição no Campeonato Brasileiro, com 12 pontos em 13 rodadas, um ponto a mais que o Goiás, primeiro time dentro da zona de rebaixamento. Além disso, o Timão vem de uma derrota para o América-MG por 1 x 0, fora de casa, pelas quartas de final da Copa do Brasil. O zagueiro Gil, do Corinthians, foi hostilizado por torcedores em Belo Horizonte, nessa quinta-feira (7/7), na chegada do time em Minas Gerais, para o confronto contra o Atlético-MG. Foto: CBF

Operação contra suspeitos de desviar R$ 1,5 milhão de banco cumpre mandados em Goiás

Polícia Civil do Distrito Federal cumpriu mandados em Santo Antônio do Descoberto e em Anápolis, além de locais que ficam no DF A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu, nesta quinta-feira (6), três mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão contra um gerente de banco e outros dois suspeitos de envolvimento no desvio de R$ 1,5 milhão de uma instituição financeira. Alguns desses mandados foram cumpridos nos municípios goianos de Anápolis e Santo Antônio do Descoberto. Os demais foram no DF (Taguatinga, Águas Claras, Vicente Pires e Brasília). A polícia tomou conhecimento do desvio no fim do ano passado. Ao Correio Braziliense, o delegado Tiago Carvalho disse que esse gerente pegou a matrícula de outro gerente e realizou oito transferências, totalizando R$1,5 milhão de uma pessoa jurídica que mantinha a conta naquela instituição bancária. “Ele pegou essa senha, fez essas transferências e enviou esses valores não só pra ele, mas para outras pessoas jurídicas também”, afirma. O banco em que o desvio aconteceu fica no Núcleo Bandeirante, no DF. O delito ocorreu entre agosto e novembro do ano passado. “Todos esses indivíduos foram alvos dessa operação. Tanto quem subtraiu quanto quem recebeu o dinheiro”, explica o delegado. Os mandados de busca resultaram na apreensão de quatro veículos adquiridos com o dinheiro auferido no desvio, além de 13 mil dólares em espécie e uma máquina de contar cédulas. “A máquina corrobora com a linha investigativa de lavagem de capitais”, comenta Carvalho. Houve também o bloqueio judicial de R$4,6 milhões vinculados a todos os investigados. “É bom que se diga que o prejuízo da investigação é de R$1,5 milhão, mas esse valor do bloqueio supera, considerando que não é possível saber o que nós vamos encontrar em cada conta”, diz o delegado. Alguns desses mandados foram cumpridos nos municípios goianos de Anápolis e Santo Antônio do Descoberto. Os demais foram no DF (Taguatinga, Águas Claras, Vicente Pires e Brasília). Operação da Polícia Civil do DF (Foto: Divulgação)

Vitor Hugo vê ‘grande possibilidade’ de alinhamento do PL com PSD, de Vanderlan

Ex-deputado federal destacou que direita deve se fortalecer de olho em 2026 Distante dos holofotes desde as eleições de outubro do ano passado, o ex-deputado federal Vitor Hugo (PL) mostra que está animado diante das pesquisas de intenção de voto que colocam seu nome em um patamar competitivo tanto em Goiânia, como em Anápolis. Em entrevista nesta quinta-feira (06/07), no entanto, destaca que diálogos e conversas vão balizar sua decisão política para os próximos pleitos. Ao comentar sobre uma eventual candidatura em 2024, prega que é necessário conversar, inclusive com outros partidos posicionados à direita e centro-direita, num fortalecimento da bandeira conservadora. Pontua o Republicanos e mais ainda o PSD, em Goiás. Mais ainda, o PSD. Por que? Ali existe a figura do senador da República, Vanderlan Cardoso, um dos seus principais cabos eleitorais ao Palácio das Esmeraldas nas eleições de 2022. O problema? Os presidentes do PL, Valdemar Costa Neto e Wilder Morais (em Goiás), querem candidatura própria nas principais cidades do Brasil e Goiânia não fugiria à regra. Vanderlan também não abre mão desta candidatura e o mesmo deve encabeça-lá pelo PSD. Logo, a equação a ser resolvida. Como resolver essa matemática política? Vitor Hugo prega diálogo. “Vamos ter que conversar. Os três [Ele, Gustavo Gayer e Vanderlan Cardoso], mais o Wilder, os suplentes do Wilder, além dos deputados federais e estaduais do PL. Caminhar juntos PL e PSD se isso vier a acontecer, eu vejo uma possibilidade de alinhamento maior. A esposa do Vanderlan é suplente do Wilder”, destacou. Para ele, para além do diálogo, é uma questão de articulação que poderá fortalecer a direita goiana. “Quem tem a ganhar é a centro-direita em Goiás. É questão de alinhamento de interesses e estratégias. É bom que os três estejam bem posicionados nas pesquisas porque isso vai nos dar flexibilidade para definir juntos qual o melhor caminho. De maneira que cada um contribua com os interesses do grupo”, salienta. Vitor Hugo destaca participação de Bolsonaro no processo Vitor Hugo, no entanto, descarta que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem é bastante próximo, tome a decisão e bata o martelo com relação a candidatura do partido. “O conheço muito bem. Ele não é de impor decisões”, salienta. Mas claro, ele terá sua influência na escolha.   “Acredito que ele terá um peso grande pela admiração que tem por ele, além de sua influência e prestígio que ele tem em Goiás. Imagino que ele não vá bater o martelo, mas o que ele disser pra gente será considerado”, salienta Vitor Hugo. Formatar base em 2024 de olho em 2026 Vitor Hugo garante que fica feliz em ver seu nome bem cotado em duas cidades de Goiás mas tem “sensação” de que os “desafios” vividos pelo Brasil no contexto atual o “chamam” para um cargo no Congresso Nacional. Como? O próprio explica. “Eu tenho uma sensação que os desafios que o Brasil tem enfrentado, principalmente diante dos desequilíbrios de Poderes me chamam mais para o cenário nacional e pela atuação em prol de Goiás no Congresso Nacional”, destaca. “A eleição do Senado com duas vagas pode modificar o cenário nacional de uma hora para outra. Imagina se a direita e centro-direita tiverem maioria no Senado que pode ser definido em 2026, os poderes se equilibram num passe de mágica. Isso está no radar da direita como um todo e que vai fazer parte da tomada de decisão mais pra frente”, complementa. Vitor Hugo prega diálogo. “Vamos ter que conversar. Os três Foto: Mais Goiàs

Zagueiro do Botafogo polemiza em palestra: “Mais cheio que o estádio”

Philipe Sampaio, do Botafogo, polemizou ao dizer que a igreja estava mais cheia que o estádio. Vídeo não pegou bem entre torcedores O zagueiro começa a palestrando falando “aqui tá mais cheio que o estádio do Botafogo”, o que não acabou pegando bem entre os torcedores do Fogão. Assista ao momento: E, nesta quinta-feira (6/7), Sampaio se manifestou sobre o caso nas redes sociais para abafar a polêmica. “É algo que eu não deveria vir aqui dar satisfação… Eu não quis jamais desmoralizar a torcida do Botafogo… Mas eu entendo as maldades das pessoas, eles não quiseram enfatizar o milagre que foi feito no meu filho”, disse. Viralizou um vídeo do zagueiro Philipe Sampaio, do Botafogo, em palestra na igreja evangélica Ministério Adorar-Te, nessa quarta-feira (5/7). Foto: CBF

Prigozhin está na Rússia, revela presidente de Belarus

Alexander Lukashenko garante que chefe do Grupo Wagner não se encontra em território bielorrusso e cita Moscou como paradeiro. Após motim, mercenário firmou acordo com o Kremlin, que impôs a condição de exílio. Ataque russo a Lviv mata seis civis Yevgeny Prigozhin está em Moscou, apesar de um acordo feito com o Kremlin estabelecer que o líder do Grupo Wagner se exilasse em Belarus, depois do motim fracassado de 23 de junho passado. “Quanto a Prigozhin, ele está em São Petersburgo. Onde ele está esta manhã? Ele pode ter partido para Moscou ou outro lugar, mas não está em território bielorrusso”, disse Alexander Lukashenko, presidente de Belarus, durante entrevista à imprensa estrangeira em Minsk. “Tenho certeza de que ele está livre.” Um dos principais aliados de Vladimir Putin, Lukashenko relatou que falou ao telefone com Prigozhin na última quarta-feira (5/7). O chefe dos mercenários que se rebelaram contra a cúpula militar do Kremlin assegurou que “continuaria trabalhando para a Rússia”, mas não aparece em público desde sua partida da cidade de Rostov-on-Don. Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo, desconversou, ao ser questionado sobre o assunto. “Não estamos acompanhando seus movimentos (de Prigozhin)”, rebateu. Horas antes da declaração de Lukashenko, Lviv — no extremo oeste da Ucrânia — foi atacada com uma série de mísseis russos durante a madrugada, que mataram pelo menos seis pessoas. Durante visita à República Tcheca, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, publicou um vídeo com imagens de drones mostrando a destruição na cidade. “Lviv. Consequências do ataque noturno pelos terroristas russos. Infelizmente, há feridos e mortos. Minhas condolências aos familiares. Definitivamente, haverá uma resposta ao inimigo. Uma resposta forte”, escreveu. O Exército russo assegurou que os bombardeios visaram lugares de “destacamento temporário” de soldados ucranianos. “Todas as instalações designadas foram atingidas”, declarou, por sua vez, o Ministério da Defesa russo. Zelensky se reuniu com o presidente tcheco, Petr Pavel, em Praga, antes de uma importante cúpula da Otan em Vilnius, na Lituânia, prevista para 11 e 12 de julho. O ucraniano aproveitou a ocasião para fazer uma cobrança à aliança militar ocidental. “Exigimos honestidade em nossas relações com a Otan”, disse Zelensky à imprensa. “É hora de demonstrar a coragem e a força dessa aliança.” Sobre a presença de Prigozhin na Rússia, Angelo Segrillo — professor de história da Universidade de São Paulo (USP), explicou ao Correio que o líder do Grupo Wagner tinha uma série de negócios na Rússia que estão sendo vasculhados pelas autoridades de Moscou. “As tevês russas fizeram reportagens negativas sobre ele, algumas mostravam batidas policiais em suas mansões. A campanha na mídia da Rússia tem o aval do Kremlin”, observou. Para o historiador, isso põe por terra a tese de orquestração entre Putin e Prigozhin ou de um motim “arranjado”. “Talvez Prigozhin tenha voltado de Belarus para saber como ficará a sua situação, se ele perderá todo o dinheiro. O retorno à Rússia mostra como a situação é volátil. Se ele tiver costas quentes com o alto escalão do Exército russo, pode tentar reativar alguma parceria do Grupo Wagner com Moscou”, disse Segrillo. Mísseis na madrugada Professor de história da Universidade Católica Ucraniana e morador de Lviv, Yaroslav Hrytsak se assustou com os estrondos no meio da madrugada desta quinta-feira, entre 2h e 3h (entre 20h e 21 de quarta-feira, em Brasília). “Houve três explosões. Na primeira, creio que o míssil foi interceptado, porque era um som ao qual estamos acostumados. No entanto, a última, por volta das 2h40, foi uma explosão muito grande e todos a escutamos. Moro a cerca de 2km do prédio atingido, e o câmpus da universidade em que trabalho fica a 200m. Temos sorte porque o edifício onde fica meu escritório foi construído com nova tecnologia. Ainda assim, tivemos janelas e portas quebradas”, contou ao Correio, por telefone. De acordo com Hrytsak, o prédio residencial destruído é um dos mais icônicos de Lviv. “Ele foi erguido durante o domínio polonês e se tornou um símbolo. Os russos tentaram atingir uma unidade militar próxima, mas a falta de precisão fez com que destruíssem um alvo civil”, disse. O professor descreveu a devastação como “enorme”. “Estive lá pela manhã e vi a destruição. Você não tem a dimensão até ver as fotos tiradas por drones. O que os russos fizeram foi inimaginável. É um ato de barbárie.” A Unesco condenou o bombardeio — “o primeiro que afeta uma área protegida pela Convenção sobre o Patrimônio Mundial desde o início da guerra, em 24 de fevereiro de 2022” — e  o qualificou de uma “violação” deste acordo. A agência especializada da ONU sediada em Paris também apontou um desrespeito à Convenção de Haia de 1954 para a proteção de bens culturais em caso de conflito armado”. Hrytsak destacou que a população de Lviv tem mostrado resiliência e resistência nos últimos meses. Para ele, os ataques de ontem transmitem a ideia de que a cidade é importante para Putin. “Nossa cidade é um significativo centro da resistência. Putin quis afetar o moral das pessoas daqui”, aposta. Ele acredita que o bombardeio foi um recado para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). “Lviv se situa muito perto da fronteira entre Ucrânia e Polônia, membro da Otan”, ressaltou. Chefe da administração militar regional de Lviv, Maksym Kozytskyy relatou ao Correio que os trabalhos de resgate contam com 668 pessoas e 139 maquinários. “São socorristas, médicos, policiais e voluntários. Ainda não conseguimos contato com uma família que morava no prédio destruído”, afirmou. Yevgeny Prigozhin, em gravação de vídeo feita durante o motim, em 24 de junho: figura obscura (crédito: Telegram/AFP)

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