Partido recua e escolhe novo substituto de Villavicencio

Temendo não fazer parte da disputa pela Presidência, o Movimiento Construye mantém Andrea González como candidata a vice e indica Christian Zurita para encabeçar a chapa. O jornalista era amigo pessoal do político assassinado A uma semana das eleições presidenciais e temendo ficar de fora da disputa pela Presidência do Equador, o partido Movimiento Construye, de Fernando Villavicencio, assassinado na última quarta-feira ao deixar um comício, anunciou, ontem, um novo concorrente a chefe de Estado. No sábado, a vice da chapa, Andrea González, foi apresentada como candidata. O partido, porém, recuou, alegando a possibilidade de as normas eleitorais invalidarem a participação da ambientalista. Agora, a aposta é no jornalista Christian Zurita, que era amigo de Villavicencio. O Construye decidiu “que seja o irmão de luta de Fernando Villavicencio, Christian Zurita, que me acompanhe a não deixar que os prazos do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) sejam motivo de desqualificação”, declarou González, durante coletiva de imprensa em Quito. Ela segue como postulante à vice-presidência. Segundo o partido, o CNE foi consultado sobre a viabilidade da candidatura da ambientalista, mas não deu uma resposta. A lei equatoriana permite que os partidos nomeiem um substituto em caso de morte de um candidato, mas também consideram que, uma vez inscritas, as candidaturas são irrenunciáveis. “Diante da falta de respostas claras do CNE e da reação furiosa de alguns setores políticos, não correremos nenhum risco. Christian Zurita será inscrito como nosso candidato presidencial”, publicou o Construye, no Twitter. Zurita e Villavicencio desvendaram o caso de corrupção que resultou na condenação do ex-presidente do Equador Rafael Correa a oito anos de prisão. Ao ser anunciado como o novo candidato, o jornalista disse que não poderia deixar que os planos de governo de seu amigo fossem abandonados. “Não podia permitir que seu projeto político se perdesse ante o Conselho Nacional Eleitoral por conta de uma possível destituição de sua candidatura (…) Vamos tentar imitar suas habilidades e tentar imitar seu nome.” O jornalista disse, ainda, que o projeto de Villavicencio “está intacto” e que não negociará “com nenhuma máfia”. Sua candidatura, porém, ainda precisa ser oficializada. Por esse motivo, Zurita não participou do debate presidencial obrigatório de ontem à noite. O jornalista garantiu que assistiria ao programa e pontuou que a cadeira de Villavicencio deveria ser colocada vazia junto à dos outros políticos. O debate ocorreu nas instalações do Medios Publicos, onde funciona o canal de televisão pública do Equador, em Quito, sob forte esquema de segurança. Os arredores do local foram fortemente vigiados pela Polícia Nacional e pelas Forças Armadas desde sábado, com grupos de soldados e policiais distribuídos ao longo de todo o quarteirão onde funciona a televisão, na zona norte da capital. As entradas principais foram bloqueadas por grades, e o acesso ao prédio só pôde ser feito por quem fazia parte de uma lista aprovada pela CNE e pela polícia. O reforço na segurança será mantido ao longo da semana. Isso porque, na última quinta-feira, um dia depois do assassinato de Villavicencio, o governo equatoriano decretou estado de exceção por um período de 60 dias. “Infinidade de delitos” As investigações do crime seguem em andamento, e o comandante da polícia, general Fausto Salinas, repassou detalhes sobre os suspeitos. Segundo ele, as sete pessoas detidas têm uma longa ficha criminal no Equador e na Colômbia — seis são colombianos. “Foram estabelecidas diferentes coordenações através da Interpol para, dessa forma, conhecer os antecedentes policiais que eles tinham”, disse Salinas. Os relatórios mostram que os suspeitos haviam cometido uma “infinidade de delitos”. Também de acordo com Salinas, alguns deles foram condenados ou estão relacionados, na Colômbia, a casos de tráfico, fabricação e porte de armas, extorsão mediante sequestro, furto e transporte de entorpecentes, entre outros crimes. No Equador, alguns eram procurados por receptação. O ministro equatoriano do Interior, Juan Zapata, indicou que as próximas etapas das investigações vão focar na descoberta de quem foi o mentor do homicídio. “O segundo passo é utilizar toda a informação e as evidências que temos para chegar exatamente a isso: ver que outros autores existem por trás disto”, disse. O presidente Guillermo Lasso responsabilizou o crime organizado pela execução de Villavicencio, sem apontar especificamente para nenhuma das quadrilhas que atuam no Equador. No sábado, o líder do grupo criminoso mais poderoso do país, a quem o candidato assinado havia acusado de tê-lo ameaçado, foi transferido para um presídio de segurança máxima. Durante a madrugada, cerca de 4 mil policiais entraram fortemente armados, e em veículos militares blindados, no Centro de Privação da Liberdade Regional Número 8 de Guayaquil (sudoeste), onde estava preso José Adolfo “Fito” Macías, chefe do temido grupo Los Choneros. A lei equatoriana permite que os partidos nomeiem um substituto em caso de morte de um candidato – (crédito: AFP)
Jogador do São Paulo reclama de pênalti marcado para o Flamengo em empate: ‘Surreal’

Após a partida, o lateral-esquerdo desabafou nas redes sociais e criticou o pênalti marcado a favor do Rubro-Negro, que culminou no gol de empate. O Tricolor vencia por 1 a 0 até os 50 minutos do 2º tempo, quando Luiz Araújo foi derrubado por Michel Araújo dentro da área. Após revisão do VAR, o árbitro marcou pênalti. Pedro converteu e deixou tudo igual para a equipe carioca. ”É cada pênalti que chega a ser surreal. Um jogo antes teve um pênalti claro e não marcaram. Engraçado como eles escolhem os pênaltis que dão. Às vezes eu acho que estou assistindo jogos diferentes. Isso porque temos a tecnologia do VAR… Afinal, nem sei se temos mesmo”, ironizou o jogador em seu perfil do Instagram. Destaque do São Paulo na temporada, principalmente após a chegada de Dorival Júnior ao clube, Caio Paulista se machucou no 2º tempo da vitória sobre o San Lorenzo, na última quinta, no Morumbi, pelas oitavas da CONMEBOL Sul-Americana. O defensor é dúvida para o duelo decisivo contra o Corinthians na próxima quarta-feira (16), às 19h30, pela semifinal da Copa do Brasil. O Tricolor precisa vencer por dois gols de diferença para avançar ou por um para levar a decisão para os pênaltis. Desfalque do São Paulo no empate em 1 a 1 com o Flamengo, neste domingo (13), por causa de um estiramento na coxa direita, Caio Paulista ficou na bronca as decisões do árbitro Rafael Rodrigo Klein. Foto
Hmib é referência em gestações e partos de alto risco

Hospital Materno Infantil de Brasília, que conta com a certificação de Hospital Amigo da Criança, é marcado por histórias de superação A adolescente Lívia Aparecida de Moura, 17 anos, à espera do primeiro filho, precisou ser internada com 29 semanas de gestação, após sentir fortes dores. Ela foi atendida no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), e o bebê nasceu em um parto prematuro, com apenas 33 semanas de gestação. O quadro se intensificou com a descoberta de uma pedra na vesícula durante o período em que esteve na unidade hospitalar. “Ao todo, fiquei um mês internada e, nesse tempo, contei com todo o apoio da equipe médica. Foram quase três dias de trabalho de parto até que meu filho pudesse vir ao mundo. Achei o atendimento no Hmib incrível. Eles têm muito cuidado com as mães e com as crianças”, relata Lívia. Considera-se um parto de baixo risco aquele realizado com a gestação a partir de 37 semanas; inferior a esse número, torna-se prematuro e pode trazer complicações à vida do bebê. “Tive um parto muito cedo. Foi muito complicado e sofrido”, acrescenta a adolescente. Assim como a história de Lívia, o Hmib, que tem a certificação de Hospital Amigo da Criança, coleciona as de muitas outras de mães que tiveram partos prematuros e complicações na gestação. Enquanto Lívia já carrega o bebê nos braços, outras mulheres ainda aguardam a chegada dos filhos durante a internação. É o caso de Marlei Pires. “Fui diagnosticada com diabetes gestacional e com uma infecção. Desde então, estou aqui no Hmib”, explica. A trajetória de Marlei começou em 20 de julho, quando entrou em trabalho de parto prematuro. Ela foi encaminhada a outro hospital, retornando à internação no Hmib em 23 de julho. “Estou sendo atendida por uma equipe muito boa, tanto de profissionais da área médica quanto da enfermagem. Todos, desde o pessoal da limpeza aos nutricionistas, têm sido extremamente cuidadosos comigo. Estou sendo muito bem-assistida”, elogia. E, apesar da internação prolongada, Marlei entende a importância de todos os cuidados. “Sei que esse tempo é necessário para que meu filho venha ao mundo saudável”, finaliza. Importância da amamentação Durante a campanha nacional deste mês, intitulada Agosto Dourado, com ações de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno, o Hmib impulsiona a realização de atividades para as mães que estão internadas no hospital. Elas contaram com oficinas de pintura na barriga, maquiagem e design de sobrancelhas, além de atividades educativas sobre primeiros socorros com os recém-nascidos. Neste ano, a campanha de amamentação tem como foco o pai e a mãe, uma forma de ressaltar a importância de se ter uma rede de apoio, conforme explica a enfermeira do Hmib e idealizadora do evento, Bárbara de Oliveira Carvalho: “Esse suporte dá a chance de manter a amamentação, porque, mais descansada, a mãe consegue oferecer um leite padrão ouro, cheio de benefícios e muito importante para que a criança se desenvolva da melhor maneira possível”. Além disso, o evento permitiu que as pacientes se sensibilizassem sobre todos os tipos de suporte que a rede pública de saúde pode oferecer às gestantes. “Se conseguirmos passar uma mensagem de que estamos aqui para dar apoio às gestantes, que elas podem buscar as unidades básicas de saúde [UBSs] e os bancos de leite, por exemplo, já teremos cumprido muita coisa”, declara Carvalho. Bruna Mendes, 32 anos, mãe de três filhos, participou do encontro e reconheceu a necessidade de aperfeiçoar os conhecimentos sobre o aleitamento materno a cada gestação. “A gente sempre tem muito a aprender todos os dias, e a amamentação é fundamental, é um ato de amor, que traz saúde para nossos filhos”, relata. Doação de leite materno Enquanto algumas mães podem amamentar os seus filhos, outras precisam do apoio. Os bancos e os postos de coleta de leite humano têm a missão de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. Esses locais fazem a coleta, o processamento, a distribuição do alimento e realizam consultas para as mães que apresentam dificuldade em amamentar. Os bancos de leite humano da rede pública de saúde do Distrito Federal têm classificação de Padrão Ouro pelo Programa Internacional Ibero-Americano de Bancos de Leite Humano. As ações e políticas públicas também tornaram a capital do país o local mais próximo, no mundo, a conquistar a autossuficiência em leite materno. As mães que desejarem doar devem ligar para o número 160 (opção 4) ou se cadastrar no site do Amamenta Brasília. Em seguida, são passadas orientações de como coletar e armazenar o leite em casa, sem necessidade de deslocamento aos hospitais. Por último, uma equipe do Corpo de Bombeiros do DF vai à residência da doadora deixar o kit e, posteriormente, buscar os vidros cheios. *Com informações da Secretaria de Saúde Livia de Moura, que teve o filho prematuro, participa de ação sobre amamentação no Hmib no mês de conscientização sobre o aleitamento materno Foto: Tony Winston/Agência Saúde-DF
Polícia Civil investiga explosão de pneu que matou borracheiro em distrito de Formosa

estouro foi tão grande que o barulho foi ouvido em uma fazenda próxima ao local A Polícia Civil do Estado de Goiás investiga a explosão de um pneu de trator que explodiu e levou um trabalhador a óbito. A fatalidade ocorreu na tarde de sexta-feira (11), deixou moradores da região do Distrito de Bezerra, do município de Formosa, na divisa entre Goiás e Minas Gerais. O homem tinha 54 anos e não resistiu ao incidente. O estouro foi tão grande que o barulho foi ouvido em uma fazenda próxima ao local. Foi o segurança dessa propriedade que, assustado, se dirigiu até a borracharia. No local, ele viu a vítima coberta de sangue. Apesar dos primeiros socorros terem sido prestados por uma ambulância, a vítima não sobreviveu. Ela foi levada a Unidade Básica de Saúde (UBS) de Formosa mas o quadro já estava irreversível. Polícia Civil do Estado de Goiás (Foto: Divulgação)
Itália pode recusar envio de vídeo de agressão a Moraes

O envio das imagens segue o trâmite previsto em um acordo entre Brasil e Itália, em vigor desde 1993. Autoridades brasileiras esperam desde o dia 17 de julho a liberação das imagens gravadas por câmeras de segurança do aeroporto Fiumicino, em Roma, que registraram as supostas agressões de três brasileiros ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O processo está parado desde o fim de julho. A reportagem do Estadão esteve no aeroporto, que é cercado por câmeras. O envio das imagens segue o trâmite previsto em um acordo entre Brasil e Itália, em vigor desde 1993. Pelo tratado, as provas só podem ser enviadas depois de uma análise “técnico-jurídica” por parte do Judiciário local, e o país que detém as informações pode recusar o envio se entender que se trata de “crime político”. “A cooperação será recusada (…) se o fato tipificado no processo for considerado, pela Parte requerida, crime político ou crime exclusivamente militar”, diz um trecho do acordo, que passou a valer no Brasil com a edição do decreto nº 862, de 1993. O acordo não estabelece prazos para o envio das provas. O envio das imagens é considerado essencial para a conclusão do inquérito aberto no Brasil sobre o caso. Há divergências entre o relato feito por Moraes, em depoimento, e a versão apresentada pelos supostos agressores. As informações foram pedidas no dia 17 de julho pela Secretaria Nacional de Justiça (SNJ), do Ministério da Justiça brasileiro. Neste momento, o caso está sendo analisado pela Justiça italiana, que aguarda um parecer do ministério público. Segundo o titular da SNJ, o advogado Augusto de Arruda Botelho, o processo segue parado. Desde outubro de 2022 a Itália é governada por uma primeira-ministra de extrema direita: Giorgia Meloni, do partido Fratelli d’Italia. Apesar disso, é improvável que haja qualquer influência do governo na demora para envio das imagens, diz a advogada brasileira Renata Bueno, que é ex-deputada do Parlamento Italiano. Fonte: Agência estado. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Polícia Militar prende dupla responsável por mais de 20 roubos na região sudoeste de Goiânia

Após intensificação da ação policial, dois homens suspeitos de praticar mais de 20 roubos a pedestres são detidos Uma ação realiza pela Polícia Militar (PM) na tarde de quinta-feira (10) resultou na prisão de dois homens suspeitos de praticar mais de 20 roubos na região sudoeste, em Goiânia, em uma operação conjunta realizada pelo Tático do 7º Batalhão e equipes de Rotam. Para combater a escalada de crimes, as equipes policiais aumentaram a presença policial nas áreas dos setores Amin Camargo e Itaipu. No final da tarde, no setor Amin Camargo, os policiais abordaram um indivíduo em uma motocicleta modelo Factor na cor preta, cuja descrição coincidia com a fornecida pelas vítimas. Durante a abordagem, o suspeito admitiu participação em diversos crimes na região. O primeiro abordado forneceu aos policiais informações sobre seu comparsa, o que levou as equipes ao endereço indicado. No local, o segundo indivíduo também foi abordado e confessou envolvimento nos delitos. Na residência do segundo suspeito, os policiais encontraram uma faca que teria sido utilizada nos assaltos, além de quatro aparelhos celulares. Um dos celulares estava registrado como furtado ou roubado. Diante das evidências, ambos os suspeitos foram conduzidos à Central de Flagrantes, onde foram autuados por roubo e receptação. Foto: Reprodução
Homem rouba casal de idosos e tranca vítimas em banheiro de loja, em Goiânia

Suspeito já usava tornozeleira eletrônica Um homem, de 38 anos, foi preso após roubar um casal de idosos e trancá-los no banheiro da loja de conserto de roupas das vítimas, nesta quinta-feira (10), no Setor Central, em Goiânia. A prisão ocorreu minutos depois do crime, após uma testemunha fornecer características sobre o suspeito. A Polícia Militar de Goiás (PMGO) localizou o suspeito na Praça do Trabalhador, ainda com os celulares e dinheiro dos idosos. As vítimas identificaram o assaltante como o mesmo indivíduo que havia entrado no estabelecimento com o pretexto de pedir água. No entanto, o pedido se transformou em ameaças e agressões, e resultou com o casal de idosos trancado no banheiro. Segundo a corporação, o homem foi encaminhado à Central Geral de Flagrantes, onde foi autuado por roubo. Vale destacar que o suspeito possui quatro passagens pelo crime de roubo e por furto. Caso condenado, o indivíduo pode pegar de 4 a 10 anos de reclusão. No momento da prisão, os policiais perceberam que o homem já usava uma tornozeleira eletrônica. O nome do suspeito não foi revelado e, por isso, não foi possível localizar a defesa deles. Homem é preso ainda com os pertence vítimas no Centro de Goiânia (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Rotativo do cartão de crédito vai acabar? Saiba o que o BC planeja

O rotativo do cartão de crédito, modalidade de crédito em que os juros chegam a 437% ao ano, pode ser substituída em breve O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que a autoridade monetária estuda o fim dos juros rotativos do cartão de crédito para reduzir a inadimplência nas operações. A modalidade é a mais cara do mercado, com juros que chegaram a 437,3% ao ano em junho. O crédito rotativo é oferecido ao consumidor quando ele não paga o valor total da fatura do cartão até o vencimento. Segundo Campos Neto, em até 90 dias, o BC apresentará uma “solução para o problema”. Técnicos estudam encaminhar os devedores direto para o parcelamento da dívida, que teria taxas de juros menores, em torno de 9% ao mês — atualmente a média é de 15%. “A solução está se encaminhando para que não tenha mais rotativo, que o crédito vá direto para o parcelamento, com uma taxa ao redor de 9% ao mês. Você extingue o rotativo. Quem não paga o cartão, vai direto para o parcelamento ao redor de 9% ao mês (equivalente a 181% ao ano)”, declarou Campos Neto, que prestou depoimento ontem, em sessão plenária no Senado para prestar contas sobre a atuação da autoridade monetária no primeiro semestre, conforme prevê a lei que conferiu autonomia ao Banco Central. O presidente do BC disse ainda que deve ser criado algum tipo de tarifa para desincentivar o parcelamento de compras em prazos muito longos. “Não é proibir os parcelamentos sem juros, é simplesmente tentar fazer com que eles fiquem um pouco mais disciplinados, numa forma bem faseada, para não afetar o consumo. Lembrando que cartão de crédito é 40% do consumo no Brasil”, afirmou. A taxa de inadimplência no rotativo do cartão está, atualmente, em cerca de 49%. Campos Neto destacou que o Brasil teve um grande aumento no número de cartões nos últimos anos e facilidades de crédito, o que fez crescer a inadimplência na modalidade. “Bancos, novos entrantes e varejistas acabaram usando o cartão de crédito como um instrumento de fidelizar o cliente”, disse. Diálogo Outra solução seria simplesmente limitar os juros de cartão, mas isso, segundo ele, acarretaria a retirada de cartões de circulação e poderia travar o consumo. “Para as pessoas que têm mais risco os bancos não ofereceriam aquele cartão, devido a uma relação de risco e retorno ineficiente. O problema de cortar o número de cartões é que se sabe como começa, mas não se sabe como termina. Isso pode gerar um efeito muito grande na parte de consumo, na parte de varejo”, destacou. A proposta do fim do rotativo está sendo construída em diálogo com o deputado Elmar Nascimento (União-BA), autor do projeto de lei do Desenrola, programa de renegociação de dívidas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia afirmado que o governo estava somando esforços para baixar os juros da modalidade. Segundo Haddad, a maioria dos credores do Desenrola se encontra inadimplente devido ao rotativo. O que dizem os bancos A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) vê a medida com reservas e defende a necessidade de uma “diluição de riscos”, hoje concentrados nos bancos, que suportam um elevado custo da inadimplência. “Defendemos que deve ser mantido o cartão de crédito como relevante instrumento para o consumo. Da mesma forma, deve haver o reequilíbrio da grande distorção que só o Brasil tem, com 75% das compras feitas com parcelado sem juros”, afirma nota da entidade. A federação disse estar trabalhando junto ao Ministério da Fazenda, ao Banco Central e o varejo, para uma “solução construtiva que passe por uma transição sem rupturas, que possa incluir o fim do crédito rotativo e um redesenho das compras parceladas no cartão”. A Associação Brasileira de Bancos (ABBC), que reúne instituições de médio porte, afirmou, também em nota, que impor um teto de juros na modalidade poderia acarretar desdobramentos “extremamente contraproducentes”, tais como “a complexificação de entrada de novos players no mercado, a diminuição do acesso ao crédito e a redução da inclusão financeira”. “Desconsiderando a alternativa de tabelamento dos juros ou quaisquer outras medidas restritivas de acesso do consumidor aos instrumentos de crédito, acreditamos que poderiam ser eficazes, em termos estruturais, ações como o fomento à portabilidade do crédito e o estabelecimento de uma comunicação mais transparente aos usuários sobre o valor dos juros, encargos e riscos envolvidos na utilização do produto”, opinou a entidade. Consumo das famílias Giancarlo Greco, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), que representa as empresas de meios eletrônicos de pagamento, disse esperar que as discussões em torno do projeto que prevê um limite aos juros do rotativo do cartão de crédito ganhem corpo nas próximas semanas. Em coletiva de imprensa para a apresentação do balanço do primeiro semestre, ele ponderou que o tema é complexo e defendeu que o rotativo tenha um custo cada vez menor, de modo a contribuir com o poder de compra dos consumidores. “Nossa preocupação é com o consumo das famílias, que elas tenham um instrumento para caminhar no dia a dia”, disse o executivo. Segundo Campos Neto, que prestou depoimento no plenário do Senado Federal, taxa de inadimplência no crédito rotativo chega a 49% – (crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Trecho da DF-131 será interditado para construção de ponte

A intervenção está prevista para começar às 8h desta sexta-feira (11) e faz parte das obras em execução na rodovia Para dar continuidade aos trabalhos de pavimentação da DF-131, que liga a DF-128 à DF-205, o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER) fará um bloqueio nas proximidades do km 4,4 da via a partir desta sexta-feira (11), com horário de início previsto para as 8h. “Agora iniciaremos os trabalhos de construção da ponte, então será necessário fazer este bloqueio que, inicialmente, pode trazer transtornos aos motoristas, mas que em um futuro próximo vai proporcionar maior fluidez, segurança e conforto para todos”Fauzi Nacfur Junior, presidente do DER-DF A intervenção, que está prevista para durar quatro meses, é necessária para o início dos trabalhos da construção de uma ponte que será erguida sobre o Córrego Monjolo. Os condutores que trafegam pelo trecho já recebem aviso sobre interdição por meio de painéis de mensagem variável posicionados nas imediações de acesso à DF-131. Para quem reside ou trafega nas proximidades de onde a ponte será construída e deseja seguir no sentido Planaltina-DF, Planaltina-GO ou suas circunvizinhanças, basta acessar as rodovias DF-128 e DF-205. “Agora iniciaremos os trabalhos de construção da ponte, então será necessário fazer este bloqueio que, inicialmente, pode trazer transtornos aos motoristas, mas que em um futuro próximo vai proporcionar maior fluidez, segurança e conforto para todos”, explicou o presidente do DER-DF, Fauzi Nacfur Junior. Confira o local do bloqueio e as rotas alternativas: A ponte A obra terá estrutura de concreto e medirá 20 metros de comprimento por 11,25 metros de largura, com passagem compartilhada para pedestres e ciclistas. Com a estiagem do tempo, houve um avanço significativo nos trabalhos, que vão melhorar a vida de toda a comunidade local. Histórico da obra Iniciada em agosto de 2022, a pavimentação da DF-131 está com aproximadamente 4 km dos 6,3 km que abrangem o cronograma do serviço executado. Os trechos que ainda não receberam a capa asfáltica estão em etapa de terraplenagem e drenagem. É de R$ 17 milhões o investimento na obra, que, quando concluída, vai beneficiar cerca de 30 mil pessoas que moram ou trafegam pelo local, abrangendo Núcleo Rural Monjolo, Fercal, Palmeiras, União Vegetal e o Assentamento Márcia Cordeiro Leite. O presidente da Associação do Núcleo Rural Monjolo, Luiz Carlos Castro, 44 anos, não escondeu a satisfação ao comentar ritmo dos trabalhos. “A comunidade está muito contente com esse avanço. Já estamos passando normalmente por onde o asfalto já foi colocado. A obra está nos trilhos”, afirmou. Castro lembrou que os produtores de hortaliças, soja e de gado de corte transportam seus produtos com tranquilidade. A obra contempla uma importante região de escoamento de produção agrícola e é localizada nas proximidades da Estação Ecológica Águas Emendadas (Esecae). Dentro da unidade de conservação ecológica nascem as bacias hidrográficas do Tocantins, ao norte; e, ao sul, a bacia do Paraná-Prata. *Com informações do DER-DF O bloqueio será feito nas proximidades do km 4,4 da DF-131, que liga a DF-128 à DF-205 | Foto: Divulgação/DER-DF
Célio de Barros completa 10 anos fechado; reabertura custaria R$ 35 milhões

Proposta enviada por comissão consultiva está na Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio (Emop-RJ) aguardando viabilização e licitação. Ex-atletas lamentam fechamento do estádio O matagal com lixo acumulado próximo à grade não lembra, nem de longe, os tempos de glamour. Construído em 1974, o Estádio de Atletismo Célio de Barros é hoje um esqueleto em meio ao Complexo do Maracanã. Fechado desde 2013, o equipamento ainda não tem data para reabrir. A obra de recuperação custaria R$ 35 milhões e teria dois anos de duração. Desde o ano passado, setores ligados ao esporte e à política vêm mobilizando-se para reconstruir as pistas e campos que já receberam nomes como Robson Caetano, Maurren Maggi, Michael Johnson, Sergei Bubka e Javier Sotomayor. Desativado há 10 anos, estádio Célio de Barros convive com abandono e incertezas – O Rio de Janeiro tinha o maior e melhor estádio de atletismo do país. Todo mundo queria competir no Célio de Barros. Eles destruíram um espaço que foi concebido quando o Rio era Governo Federal. Como se destrói algo grandioso como esse? Isso não entra na minha cabeça – comentou o ex-atleta Nelson Rocha dos Santos, que competiu nas Olimpíadas de Moscou 1980 e Los Angeles 1984. Nelsinho, como é conhecido desde os tempos de corredor, é o líder da comissão consultiva do Célio de Barros, criada em 2022 por ex-atletas e dirigentes interessados na reabertura do estádio. Desde então, o grupo vem dialogando com setores da política e do esporte na tentativa de viabilizar as obras de reconstrução das pistas e campos. Em 2019, durante o governo Wilson Witzel, o Célio de Barros chegou a ser reaberto após a colocação de uma pista de aquecimento, além das reformas da arquibancadas e auditório. Entretanto, a reabertura durou pouco e o local logo voltou a ficar fechado para a prática esportiva, servindo como hospital de campanha e posto de vacinação no início da pandemia da Covid-19. Em meio ao fechamento do estádio, as salas internas do Célio de Barros passaram a ser ocupadas por algumas federações esportivas, associações de treinadores e programas sociais do Governo do Estado. Uma das entidades com sede no Célio de Barros é a Federação de Atletismo do Estado do Rio (FERAt), cujo presidente, Robson Maia, também está envolvido nas tratativas pela reforma do estádio. – O Célio de Barros tem uma representatividade muito grande, não só para mim, como para todos os atletas do Rio de Janeiro e do Brasil. O poder público do estado, quando fechou a pista, provocou um abalo muito grande no atletismo do Rio. O esporte precisa muito da volta desse equipamento – pontuou o dirigente. Por que o Célio de Barros fechou Localizado dentro do Complexo do Maracanã – mas fora dos poderes da concessionária que administra o estádio de futebol -, o Célio de Barros foi desativado na última grande obra do local, a qual teve o intuito de modernizar todo o entorno para a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016. A ideia inicial era utilizar a área como estacionamento para os jogos de futebol e grandes eventos. No entanto, protestos e pressão da opinião pública fizeram o então governador, Sérgio Cabral, voltar atrás. Após a retirada da pista em 2013, o antigo estádio foi utilizado como almoxarifado das obras do Maracanã. A partir do fim da Copa do Mundo, uma parte descampada do Célio de Barros – hoje concretada, mas com muito mato – passou a ser usada como palco de eventos, festas particulares e até hospital de campanha e posto de vacinação da Covid-19. A promessa de reabrir o estádio de atletismo é antiga. Antigo secretário de Esporte e Lazer do Rio, Marco Antônio Cabral – filho do ex-governador Sérgio Cabral – prometeu entregar o equipamento revitalizado em 2017. As obras sequer foram iniciadas. Em 2022, foi a vez do então secretário de Esporte e Lazer do Rio, Alessandro Carracena receber a comissão consultiva e garantir que a reabertura do estádio aconteceria “em breve”. Carracena foi substituído por Rafael Picciani na virada do ano após o início do governo Cláudio Castro. Reforma custaria R$ 35 milhões Nos últimos meses, a comissão de esportes da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), liderada pelo deputado estadual Carlinhos BNH, comprometeu-se em ajudar a comissão consultiva na reabertura do Célio de Barros. O grupo procurou a Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio (Emop-RJ), que será a responsável pela execução da obra, avaliada inicialmente em R$ 35 milhões e com duração estimada em dois anos. Desde então, todas as frentes vêm dialogando sobre quem arcaria com os custos da reforma. O Governo Federal também foi acionado, e a Emop-RJ já tem um projeto pré-aprovado, restando apenas definir como seria a execução do mesmo. – Estamos visitando deputados estaduais, secretários, estamos nos encontrando com o governo federal e todos estão nos levando a crer que existem grandes possibilidades para a retomada dessas obras. As tratativas estão bem adiantadas, então só nos resta acreditar – comentou Nelsinho. Procurados pelo ge, a Emop-RJ e a Secretaria de Esportes e Lazer do Rio confirmaram a intenção de reformar e reabrir o Célio de Barros Fundado em 25 de outubro de 1974, o Célio de Barros ocupa uma área total de 18.714m² dentro do Complexo do Maracanã e é administrado pela Suderj (Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro). Antes de ser fechado, o estádio possuía 15.501m² de área construída, 756m² para estacionamento e 457m² de jardins. A capacidade era de 9.143 pessoas. Pelo local passaram lendas do atletismo como Sergei Bubka e Michael Johnson, que competiram no Célio de Barros no fim dos anos 90. Palco do Meeting Internacional entre 1996 e 2001, o estádio recebeu outras competições importantes como o Troféu Adhemar Ferreira da Silva e o Troféu Brasil de Atletismo. A resposta da Secretaria de Esportes e Lazer do RJ O Célio de Barros é um equipamento de grande valor esportivo e histórico para a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer.
Exclusivo: em vídeo, homem da mala diz que assessor de Lira criou esquema de lavagem de dinheiro

Novas anotações de supostos pagamentos trazem o nome completo do presidência da Câmara dos Deputados O homem da mala do suposto esquema de corrupção descoberto no Ministério da Educação (MEC) que envolve o presidente da Câmara, Arthur Lira, assumiu que o principal assessor do deputado o procurou para criar um mecanismo de sonegação fiscal e geração de dinheiro vivo. Alguns órgãos de imprensa tiveram acesso, em primeira mão, ao vídeo do depoimento, prestado à Polícia Federal (PF). Pedro Magno Salomão, flagrado pelos investigadores fazendo entregas de dinheiro em Brasília e Alagoas, terra de Lira, prestou depoimento em 1º de junho deste ano, dia em que foi preso na Operação Hefesto. Segundo ele, Luciano Cavalcante, principal assessor do presidente da Câmara há anos, procurou seu escritório de contabilidade trazido por um cliente que já costumava usar o serviço de aluguel de firmas – forma de receber e transferir recursos para terceiros, driblando a cobrança de impostos. De acordo com o relato de Salomão, Cavalcante disse: “Pedro, preciso da sua ajuda. Preciso receber serviços, preciso receber algumas coisas e fica pesado para mim. Você me ajuda?”. O termo “pesado”, explicou o homem da mala aos policiais, era uma referência à carga tributária. “Eu recebia os recursos dos clientes do Luciano, que ele indicava como cliente. Recebia aquele recurso, fazia alguns pagamentos a pedido dele e, quando ele queria valores em espécie, ele me pedia e eu provisionava.” Salomão disse ainda aos policiais que o esquema começou a funcionar em novembro do ano passado e cresceu rapidamente. E que, em razão da grande demanda, o atendimento a Luciano, o novo cliente, passou a tomar 99% de seu tempo. O homem da mala afirmou que o esquema funcionava assim: empresas variadas, ligadas a Luciano, transferiam dinheiro para contas de três firmas que ele controla. Após a cobrança de uma taxa de 5% a 7%, o contador fazia pagamentos e era orientado, sempre por Luciano, a ir até agências bancárias sacar valores em espécie. Posteriormente, por ordem do assessor de Lira, as cédulas eram entregues pessoalmente para o motorista de Luciano, Wanderson Ribeiro. A investigação, que apura desvios de pelo menos R$ 8 milhões em kits de robótica para escolas públicas de Alagoas, já descobriu que, após superfaturar os produtos, fornecedores dos equipamentos enviavam, via sistema bancário, a sobra dos valores dos contratos para empresas ligadas ao homem da mala. Elos em MaceióSegundo Salomão, a certa altura surgiu a necessidade de uma viagem para gerar dinheiro vivo fora de Brasília, em Maceió, em Alagoas — Estado de Luciano Cavalcante e do presidente da Câmara. Luciano teria dito: “Preciso de ajuda lá em Maceió. Tem problema você me entregar isso lá?”. Com a missão dada, Pedro embarcou com a mulher, também investigada pela PF, usou um carro que o assessor disponibilizou e passou a fazer saques e entregas. No depoimento à PF, no entanto, ele alegou que não conseguiria identificar os destinatários dos recursos. Disse que apenas recebia orientações de Luciano para entregar para “fulano”. Por ordem do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), toda a investigação está suspensa, até os magistrados analisarem as alegações da defesa de Lira de que o caso não poderia ter sido conduzido pela PF de Maceió, em primeira instância. Os advogados do presidente da Câmara alegam que os policiais teriam, desde o início, a intenção de investigar o próprio Lira, desrespeitando seu foro privilegiado.Anotações inéditas com nome “Arthur Lira” A PF, ao encontrar indícios da conexão como parlamentar no dia na busca e apreensão, já se preparava para submeter o processo para Brasília. Em 21 de junho, o delegado Thiago Neves apresentou à Justiça Federal de Alagoas um pedido para remeter o caso para Brasília. Nesse documento, ele elencou as provas obtidas até então. Em um caderno encontrado com o motorista Wanderson no dia da prisão, há uma série de anotações suspeitas que indicam pagamentos e repasses de dinheiro. Algumas têm o nome do presidente por inteiro: Arthur Lira. As inscrições, feitas a mão, supostamente registram despesas pagas pelo motorista de Luciano . Reprodução: Anotações em caderno apreendido pela PF registram o nome de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados Há menções ainda a “RO”, que a PF diz ser uma “possível referência à Residência Oficial (da Câmara)”, “Alvaro Lira”, “possivelmente o filho de Arthur Lira” e ao pai do presidente da Câmara, Benedito Lira. Segundo os investigadores, as provas “indicam que ele (o motorista) e Luciano Cavalcante tinham de alguma forma controle sobre o pagamento de despesas pessoais de Arthur Lira e de seus familiares” Segundo a PF, tais gastos eram cobertos exatamente com o dinheiro gerado pelo sistema do homem da mala, criado por Luciano, o principal assessor de Lira. De acordo com o relato de Salomão, Cavalcante disse: “Pedro, preciso da sua ajuda. Fonte/Foto Metrópoles
Sob estado de exceção, Equador mantém data do 1º turno de eleição

Candidato à Presidência do país sul-americano, Fernando Villavicencio foi assassinado na quarta-feira 9 Autoridades do Equador reafirmaram na madrugada desta quintafeira, 10, que o primeiro turno da eleição presidencial será realizado em 20 de agosto, como previsto no calendário eleitoral já aprovado. A data do pleito foi mantida mesmo depois do assassinato na quartafeira 9 do candidato Fernando Villavicencio. Em mensagem à nação veiculada em plataformas de redes sociais, o presidente do Equador, Guillermo Lasso, disse que declarou luto oficial de três dias pela morte do ex-deputado. Lasso também informou que decretou estado de exceção por 60 dias “As Forças Armadas se mobilizam em todo o território nacional para garantir a segurança dos cidadãos, a tranquilidade do país e as eleições livres e democráticas de 20 de agosto”, afirmou Lasso, depois de reunião do gabinete de segurança e de autoridades eleitorais e judiciais. “Não vamos entregar o poder ao crime organizado.” Equador: eleição agendada e investigações sobre a morte do candidato O presidente confirmou que Villavicencio e um dos apontados como responsáveis pelo crime foram mortos. Segundo Lasso, seis pessoas foram presas até agora no caso, e as investigações continuam. “Esse é um crime político, que adquire um caráter terrorista, e não duvidamos que seja uma tentativa de sabotar o processo eleitoral”, afirmou o presidente equatoriano. A autoridade eleitoral confirmou a data do primeiro turno e de todo o calendário já aprovado para as eleições e informou que a segurança será redobrada em todos os recintos eleitorais. Equador: calendário eleitoral mantido mesmo depois de assassinato de presidenciável | Foto: Freepik