23/12/2024

Uma cidadã brasileira é chamada para atuar em Israel em tempos de conflito: “Preparada para enfrentar qualquer desfecho, seja ele viver ou morrer”.

A jovem brasileira Sabrina Cherman, com 22 anos, está entre os mais de 360 mil reservistas convocados pelo exército israelense para se juntar às tropas envolvidas na ofensiva contra a Faixa de Gaza, após o ataque do grupo extremista Hamas em 7 de outubro.
Residente em Israel, Sabrina Cherman, natural de Minas Gerais, dedicou três anos de serviço ao exército israelense e agora foi chamada para participar do confronto contra o Hamas.

Originária de Minas Gerais, Sabrina mudou-se para Israel aos 14 anos de idade para cursar o ensino médio, onde mais tarde serviu às forças armadas israelenses por três anos, e ela não esperava retornar ao serviço militar.

Ela se tornou parte do exército após concluir o ensino médio, permaneceu na instituição por três anos e adquiriu a cidadania israelense. Há um mês, ela deixou as Forças Armadas, mas foi chamada novamente devido ao recente conflito iniciado quando o grupo terrorista Hamas atacou Israel em 7 de outubro. As forças armadas do país convocaram 360 mil reservistas, incluindo Sabrina, para o combate.

Sabrina expressou que não tem medo do combate e planeja se apresentar na base onde serviu durante os últimos três anos nesta quarta-feira, 11 de outubro. Essa base está localizada na área entre o Egito e a Faixa de Gaza. Ela afirma estar disposta a “viver e morrer por Israel.”

No entanto, ela observa que, em Israel, as mulheres são enviadas para a linha de frente apenas em situações excepcionais, mas sua experiência anterior como combatente a preparou para esse papel. Ela se ofereceu para participar em patrulhas perto das aldeias na fronteira, auxiliar no resgate de pessoas feridas em helicópteros e executar outras tarefas necessárias. Sabrina acredita que o conflito pode se prolongar e ser um dos mais duradouros que Israel já enfrentou. Ela comenta: “Essa será a guerra mais longa pela qual Israel já passou.”

Ela menciona que a área onde ela estará é perigosa, e nos últimos anos, três soldados foram mortos em um ataque de um grupo terrorista do Egito. Sabrina expressa preocupação com seus amigos do exército e os desafios emocionais de se despedir deles em um ambiente tão perigoso. Ela declara: “Um amigo meu se apresentou hoje, e tenho medo de dizer adeus como se fosse a última vez. É triste saber que pode ser a última vez.”

Tribuna Livre, com informações da AFP

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