Ao menos dois ministros da 1ª Turma sinalizaram que caso do ex-ministro da Defesa merece especial reflexão. PGR diz que general alertou Bolsonaro sobre gravidade de minuta golpista.
Único réu presente no início do julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, chega à sessão com as maiores chances de redução de pena ou, até mesmo, de uma absolvição.
Nos últimos dias, o blog ouviu de interlocutores de dois ministros da Primeira Turma do STF que a participação de Paulo Sérgio nos crimes examinados exige um olhar “detalhado” e “aprofundado”.
Isso porque, segundo esses interlocutores, na visão dos ministros a denúncia da Procuradoria-Geral da República mostra que o general poderia ter tentado demover o ex-presidente Jair Bolsonaro de intenções golpistas.
A defesa do general, por sua vez, também teve sinalizações nas últimas semanas de que a situação de Paulo Sérgio é diferente da dos demais réus do chamado núcleo crucial.
Pesa contra o general, segundo investigações da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República, sua atuação contra o Tribunal Superior Eleitoral e urnas eletrônicas. E a participação na discussão da minuta golpista após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
O general teria ainda apresentando a minuta em uma reunião com os comandantes das Forças Armadas, uma semana após ela ser mostrada aos comandantes por Bolsonaro.
Por outro lado, nas alegações finais, a PGR diz que Paulo Sérgio alertou a Bolsonaro sobre a gravidade das minutas apresentadas aos chefes das Forças Armadas.
Além disso, a defesa do general alega que a reunião com os chefes das Forças ocorreu com o objetivo de “fechar um consenso contrário a qualquer medida de exceção”.
Tribuna Livre, com informações da defesa do General Paulo Sérgio