Em coletiva, Coronel Chrisóstomo (RO) disse que decisão do STF contra ex-presidente representa “perseguição” e pediu que militares “fiquem ao lado do povo”
Durante coletiva de imprensa convocada pela oposição nesta sexta-feira (18/7), o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO), vice-líder do partido, fez um apelo direto às Forças Armadas após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em tom emotivo e com referências ao regime militar de 1964, o parlamentar classificou a decisão como “perseguição” e afirmou que “o Brasil não aguenta mais”.
“Chega de perseguição. O povo brasileiro não aceita isso. […] Nós não podemos ter um único sujeito, uma única autoridade, perseguindo impiedosamente um ex-presidente que só pensa em fazer coisas boas para o Brasil”, afirmou Chrisóstomo, sob aplausos de colegas da bancada bolsonarista.
O deputado também lembrou sua origem militar e disse sentir “orgulho” da atuação das Forças Armadas no golpe de 1964, que depôs o então presidente João Goulart. “Me orgulhei das Forças Armadas em 64, embora fosse ainda menino, criança”, declarou. Na sequência, fez um apelo: “Hoje eu quero dizer o seguinte: Forças Armadas, estejam ao lado do povo brasileiro. Estejam ao lado da democracia”.
Críticas ao Supremo e ao Congresso
Chrisóstomo aproveitou para criticar decisões recentes do Judiciário, em especial a que derrubou o projeto de decreto legislativo (PDL) que suspendia o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O deputado foi relator da proposta que obteve 383 assinaturas na Câmara. “Eu relatei o IOF com 383 assinaturas e um outro poder derrubou a vontade do povo brasileiro”, reclamou. “Quanta tristeza! Um único cidadão derruba a vontade de 383 deputados e praticamente a aclamação do Senado. Aonde vamos chegar?”, questionou.
Para o parlamentar, o país estaria à beira de uma ruptura. “O comunismo já está à porta”, alertou. Ele pediu que a imprensa “defenda o Brasil” e se posicione, como afirma ter ocorrido no contexto de 1964: “Está na hora da imprensa brasileira agir em favor do povo brasileiro”.
Tribuna Livre, com informações da Agência Câmara.