Líder do PL na Câmara afirma que já tem maioria consolidada para votar o projeto e cobra definição de Hugo Motta
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), reafirmou nesta quinta-feira (4/9) o apoio à votação da anistia para condenados pelos atos de 8 de Janeiro e descartou apoiar um texto alternativo no Senado. Ele disse esperar que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), defina um cronograma já na próxima semana.
Sóstenes contou que participou de um jantar em São Paulo para discutir a segurança do 7 de Setembro e admitiu que a anistia também entrou na pauta. Segundo ele, as articulações envolveram o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), e o senador Ciro Nogueira (PP-PI).
“O compromisso que nós queremos do presidente Alcolumbre é o compromisso que ele assumiu com os líderes Rogério Marinho, Flávio Bolsonaro e Portinho: pautar o que vier da Câmara, sem alterações. Não existe texto alternativo, porque os crimes são comuns a todos os réus. Não dá para separar. Para nós, o que resta ao Congresso é votar a anistia como preconiza a Constituição”, afirmou.
Maioria consolidada
O líder do PL disse, ainda, acreditar que já existe apoio suficiente para aprovar a medida, destacando que, com a adesão do Republicanos, União Brasil e Progressistas, a base favorável ultrapassaria os 300 votos.
Questionado sobre uma possibilidade de intervenção por parte da mesa diretora, o deputado destacou que irá se reunir com o presidente Hugo Motta ainda esta noite para negociar a proposta de anistia que tramita na Câmara.
“Nenhum presidente pode resistir a uma maioria consolidada. No máximo, pode organizar o cronograma de votação, mas cada semana que passa é uma eternidade para aqueles que estão presos há mais de dois anos injustamente”, disse.
Sóstenes também ressaltou que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de concluir julgamentos de novos réus reforça a urgência da votação. Para ele, a tramitação deve avançar rapidamente, com a definição do relator — que pode ser o deputado Valadares Filho (União-SE) — e a apresentação do parecer antes da apreciação em plenário.
“O que a gente espera é que finalmente seja informado aos brasileiros quem será o relator, qual a previsão e qual o cronograma de votação. Esse é o passo necessário para fazermos justiça às pessoas injustiçadas”, completou.
Tribuna Livre, com informações do líder do PL na Câmara











