“Ele pegou no meu pescoço, tentou me enforcar, e aí ele pegou um pau, um cabo de enxada, e acertou na minha testa”
Jonas Alves de Souza, acusado de matar Nádia Gonçalves de Aguiar, de 47 anos, e preso na terça-feira (14), teria agredido uma ex-companheira com cabo de enxada, em 2021. A informação foi revelada nesta quarta-feira (15) pela TV Anhanguera. “Ele pegou no meu pescoço, tentou me enforcar, e aí ele pegou um pau, um cabo de enxada, e acertou na minha testa”, relatou ao veículo de comunicação de forma anônima.
“O meu filho já escutou o barulho, aí ele agrediu o meu filho, eu entrei no meio para defendê-lo, foi quando ele me atingiu com uma paulada no braço, que quebrou. Quando eu acordei, eu já estava no hospital de Bela Vista, aí que eu vi que eu estava com o braço quebrado e eles foram me contar que o meu filho estava em estado grave, estava com o rosto todo machucado e ele quebrou o rosto do meu filho”, continuou.
A violência teria ocorrido em casa, quando pediram que ela buscasse Jonas, que estaria bêbado em um bar de Bela Vista e sem condições de retornar. Quando ela o levou para a residência e fechou o portão, o homem teria entendido que a mulher tentava esconder o celular e começou uma discussão, que seguiu para a violência. A relação, que tinha cerca de 1 ano e meio, acabou naquele momento. O acusado chegou a ficar nove meses preso.
Prisão de Jonas
Preso na noite de segunda-feira (13), mas liberado após depoimento na manhã de terça, Jonas Alves de Souza foi novamente detido durante a tarde. A auxiliar de limpeza Nádia Gonçalves de Aguiar havia sido agredida durante a madrugada de sábado (11) para domingo (12), em Rosalândia, Distrito de Bela Vista de Goiás, e estava internada em estado grave no Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), em Goiânia. Ela não resistiu e faleceu ainda na segunda.
Jonas foi preso na zona rural de Bela Vista de Goiás e apresentado na Central de Flagrantes de Aparecida de Goiânia. Após ser ouvido, ele foi liberado por não estar em situação de flagrante. Contudo, a autoridade policial pediu a prisão preventiva, que foi deferida pela Justiça. Ele foi localizado pela Polícia Civil e levado, inicialmente, à Delegacia do município.
Vale citar que, durante a prisão, ainda na noite de segunda-feira, ele teria confessado a agressão aos policiais militares. Em vídeo divulgado pela TV Anhanguera, ele informou que bebia em um bar com a vítima e, após a mulher estragar o óculos, teria ocorrido uma discussão. O homem diz que ela, então, “avançou” nele, que reagiu à suposta violência. “Deu um tapa na minha cara e eu fiquei cego na hora. Foi e aconteceu o ‘trem’. Eu bati nela e saí correndo.”
O enterro de Nádia aconteceu na quarta-feira, no Cemitério Santana, em Goiânia.
Caso
Segundo familiares, Nádia sofreu traumatismo craniano e apresentava múltiplas lesões graves no rosto. A filha da vítima havia relatado, ainda no domingo, que a mãe estava “irreconhecível” e com poucas chances de sobreviver.
A família ainda informou que os médicos consideravam o caso muito delicado, afirmando que apenas um milagre poderia salvar a vítima. Infelizmente, Nádia não resistiu aos ferimentos. O homem chegou a fugir após o crime, mas foi detido.
Tribuna Livre, com informações da Polícia Civil de Bela Vista (GO)