Ele aguarda a revogação da prisão para retornar e colaborar com a investigação, pois nunca foi convocado para prestar depoimento.
O ex-presidente do DEM, agora União Brasil após a fusão com o PSL, em Anápolis, Carlos César Savastano Toledo, conhecido como Cacai, encontra-se foragido desde a emissão do decreto de prisão em 16 de novembro. Ele foi indiciado na última sexta-feira (24) junto com dez policiais militares pela morte de Fábio Alves Escobar Cavalcante em junho de 2021. A defesa de Cacai afirma que ele se apresentará após a revogação da prisão.
O advogado Pedro Paulo de Medeiros, ao ser questionado sobre a possibilidade de Cacai se entregar, declarou: “[Ele] aguarda a revogação da prisão para retornar e poder contribuir com a investigação, já que nunca foi chamado para prestar depoimento.”
Além da morte de Escobar, outras sete pessoas foram assassinadas. Segundo as investigações, Cacai seria o mandante dos crimes, e oito dos dez policiais militares teriam participado dos homicídios. O relatório final da investigação foi enviado pela Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) à 1ª Vara Criminal da Comarca de Anápolis na última sexta-feira (24).
No momento do decreto de prisão, o advogado de Cacai, Pedro Paulo de Medeiros, alegou em nota que não existiam elementos concretos contra seu cliente e classificou a sentença como “absolutamente ilegal”. Ele afirmou: “Hoje tive acesso à investigação, que foi conduzida com base somente na ilação de um inimigo político. Após estudá-la, concluo que não há nenhum elemento concreto contra Carlos César Savastano Toledo. A sentença é absolutamente ilegal, pois não há nada que o ligue ao crime. Portanto, o pedido de prisão preventiva não é necessário e não se sustenta.”
Em uma nova declaração, a defesa reiterou que, após um longo período de discussões e pedidos de medidas protetivas judiciais contra Fábio Escobar, os dois tinham se reconciliado, como comprovado nas mensagens trocadas entre eles no inquérito. O advogado argumentou que não havia motivo para Carlos querer mal a Fábio. Pedro Paulo de Medeiros afirmou ainda que seu cliente confia na Justiça e na isenção das autoridades responsáveis pela investigação, buscando a revogação da prisão preventiva para responder à acusação em liberdade, devido ao temor por sua integridade e vida no sistema prisional, especialmente após os eventos ocorridos após o falecimento de Fábio.
Tribuna Livre, com informações da Draco