A administração municipal de Goiânia afirma que as conversas com os servidores ainda estão em andamento.
Pelo menos 116 escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) enfrentam interrupções totais ou parciais em seus serviços devido à greve que começou em 26 de setembro e teve início efetivo em 2 de outubro em Goiânia. Algumas unidades operam apenas durante parte do dia.
Esta greve, deflagrada por servidores administrativos, afeta o funcionamento das escolas, mesmo que os professores continuem dando aulas. Serviços essenciais, como limpeza, fornecimento de alimentação e atendimento na secretaria, deixam de ser prestados durante o período de paralisação. No total, cerca de 400 escolas e CMEIs compõem a rede pública municipal.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) destaca que as principais reivindicações dos trabalhadores incluem um aumento no pagamento da data-base, auxílio-locomoção e, principalmente, a reestruturação do plano de carreira para a categoria.
O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) expressou ceticismo quanto à possibilidade de a greve continuar. Ele afirmou: “Acredito que não vai ter greve. O pessoal administrativo conhece sua responsabilidade e o processo tem sido conduzido com todos os servidores da prefeitura.”
Em relação às negociações, a Prefeitura de Goiânia tem divulgado declarações semelhantes desde 27 de setembro, afirmando que as negociações continuam e atribuindo ao Governo Federal a queda nos repasses como a razão pela qual não pode atender às demandas dos servidores.
A gestão municipal está comprometida em garantir o atendimento aos estudantes de Goiânia e mantém um diálogo contínuo com os servidores administrativos. A prioridade é garantir que as famílias não sejam prejudicadas. Quando necessário, o remanejamento legal de servidores operacionais para funções operacionais em escolas e CMEIs contribui para garantir o direito fundamental à educação. Além disso, a paralisação, além de atrasar o ano letivo, pode afetar o processo de ensino-aprendizagem, especialmente quando os estudantes estão se recuperando das perdas de aprendizado causadas pela pandemia. As propostas apresentadas pela categoria estão sendo avaliadas com responsabilidade fiscal, considerando a queda nos repasses federais, que afeta não apenas Goiânia, mas todos os municípios brasileiros.
Tribuna Livre, com informações do CMEIs