O novo método de pesquisa envolve a fusão de três estudos distintos, visando mapear de maneira mais ampla as características da população e da infraestrutura do Distrito Federal e de 12 municípios que compõem a Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno (Ride).
A partir de novembro, equipes de coleta realizarão visitas domiciliares no Distrito Federal e na região do Entorno para coletar informações abrangentes sobre a população e a infraestrutura de 35 regiões administrativas da capital, bem como de 12 municípios goianos que fazem parte da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal (Ride). O período estimado para essa coleta de dados em campo é de quatro a seis meses, com o objetivo de reunir informações para a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios Ampliada (Pdad-A). A meta é visitar 25 mil residências, gerando dados representativos para um universo de 75 mil lares.
A Pdad é uma pesquisa instituída pelo governo por meio de um decreto (nº 39.403/2018) e é realizada a cada dois anos. Seu propósito é oferecer um diagnóstico detalhado da realidade da cidade, comparável ao que o Censo Nacional faz em escala nacional. O questionário abrange diversos tópicos, como renda, habitação, emprego, educação, transporte e saúde, visando fornecer informações essenciais para a formulação de políticas públicas e a tomada de decisões pelos gestores.
Neste ano, a pesquisa está sendo expandida e adotará novos métodos metodológicos e logísticos com o objetivo de obter dados mais abrangentes para apoiar a criação de políticas públicas e decisões governamentais. Uma das principais inovações é a combinação de três outras pesquisas conduzidas pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF): a Pdad, a Pdad Rural e a Pesquisa Metropolitana por Amostra de Domicílios (Pmad).
Além disso, a pesquisa será estendida para incluir as duas regiões administrativas mais recentes do Distrito Federal, Água Quente e Arapoanga, bem como 12 municípios em Goiás que possuem laços próximos com a capital. Novos temas, como identidade de gênero e insegurança alimentar, também serão incorporados ao questionário.
Para garantir a precisão dos dados coletados, todos os questionários serão verificados em parceria com o serviço 156 (Central de Atendimento do Cidadão) do GDF, a fim de fortalecer a confiabilidade das informações. Isso representa uma melhoria em relação ao processo anterior, em que apenas uma amostra dos questionários era verificada.
A preparação para a pesquisa inclui treinamento dos entrevistadores, reuniões com instituições de pesquisa e órgãos do governo, bem como a divulgação e sensibilização da população sobre a importância de sua participação na pesquisa. Cartas explicativas serão enviadas às residências sorteadas, detalhando o objetivo da pesquisa, a garantia de sigilo dos dados e a importância de contribuir com as informações.
Para assegurar a segurança dos entrevistados, os agentes de coleta portarão crachás com nome, foto e um QR Code que permite a verificação da identidade do pesquisador pelos entrevistados.
A pesquisa Pdad-A 2023 é vista como uma etapa fundamental para conhecer a população e sua realidade, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e subsidiando a tomada de decisões informadas pelo governo e pelos gestores públicos.
Tribuna Livre, com informações da Agência Brasília