Ela poderá recorrer em liberdade até o trânsito em julgado do
caso
(Foto: TJGO)
Acusada de matar o filho a facadas, em Anápolis, Maria
Aparecida Lucinda Vieira, de 54 anos, foi condenada a cinco anos, quatro meses
e dez dias de reclusão por júri popular, nesta quarta-feira (22). Ela poderá
recorrer em liberdade até o trânsito em julgado do caso.
“O regime fixado para início do cumprimento da reprimenda
é o inicialmente semiaberto”, escreve o juiz que preside o júri, Fernando
Augusto Chacha de Rezende. Como chegou a ficar presa, o magistrado determinou o
abatimento do tempo. E, ainda, fixou multa (valor mínimo indenizatório) de R$
150 mil em favor da família da vítima.
O crime ocorreu em novembro de 2020, na cidade de
Anápolis. Rafael Freitas Silva, 26 anos, foi morto quando estava deitado na
cama, após uma discussão com a mãe por não aceitar que a genitora colocasse
outro homem para dormir na residência em que moravam.
Conforme consta nos autos, no dia do fato, a mulher
estava embriagada e conversava com um homem não identificado na porta de casa.
O filho interveio e disse que tal indivíduo não poderia dormir no imóvel, o que
despertou a ira da genitora.
Após o ocorrido, a denunciada esperou que o filho, que
também fazia uso frequente de bebidas alcoólicas, fosse se deitar. Quando ele
estava na casa e já não poderia oferecer resistência, a mulher desferiu
diversos golpes de faca contra a vítima.
Após matar Rafael, Maria Aparecida foi presa em
flagrante, ainda com a faca utilizada na prática criminosa. No dia 10 de
novembro de 2020, ela passou por audiência de custódia, ocasião em que alegou
que sofria maus-tratos, agressões, xingamentos e inclusive tentativas de abuso
sexual diariamente dentro da própria casa, cometidos pelo filho. A prisão, no
entanto, foi convertida em preventiva.