Luciane Barbosa Farias, também conhecida como a “dama do tráfico”, emitiu um comunicado após a controvérsia relacionada às reuniões no Ministério da Justiça.
Luciane Barbosa Farias, esposa de Clemilson dos Santos Farias, traficante e líder do Comando Vermelho (CV) no Amazonas, emitiu um comunicado após a controvérsia envolvendo sua participação em reuniões no Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Conhecida como a “dama do tráfico”, Luciane é presidente da Associação Instituto Liberdade do Amazonas. Em sua nota, ela alegou estar sendo “criminalizada” por ser esposa de um detento. Clemilson, apelidado de Tio Patinhas, está preso por associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
Na publicação no Instagram, Luciane afirmou: “Não sou faccionada de nenhuma organização criminosa e venho, como inúmeras outras esposas e familiares, sendo criminalizada pelo fato de ser esposa de um detento.” Ela também informou que está recorrendo da decisão e argumentou que, no Brasil, uma pessoa só pode ser considerada criminosa após o trânsito em julgado, conforme determinado pela instância máxima da Justiça.
Luciane defendeu os encontros, alegando que se tratavam de uma articulação política pelos direitos humanos no sistema carcerário. Ela afirmou: “Não enxergo que pratico crime em pedir as reuniões em interlocução e nem que as autoridades, que estão cumprindo o papel institucional para o qual foram eleitas, nos receberam em diferentes instâncias em Brasília, possam ser criticadas e descredenciadas por isso.”
A “dama do tráfico amazonense” teve reuniões em março e maio com autoridades do Ministério da Justiça, incluindo o secretário Nacional de Assuntos Legislativos Elias Vaz e o titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) Rafael Velasco Brandani. Além disso, participou de encontros no Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania.
Tribuna Livre, com informações da Agência Estado