O tema ganhou destaque nas últimas semanas depois de operações policiais que miraram esquema de lavagem de dinheiro envolvendo bets
O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), autorizou a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar as apostas online, conhecidas como bets. O requerimento para abertura do grupo foi apresentado pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS).Essa CPI, porém, só deve começar a funcionar após o fim das eleições municipais.
A congressista explicou que o colegiado só deve ser instalado depois do segundo turno, no fim deste mês. Ela pretende ser a relatora da CPI, enquanto para presidência e vice-presidência são ventilados os nomes dos senadores Dr. Hiran (PP-RR) e Eduardo Gomes (PL-TO), respectivamente.
“Esta CPI trata de bets ilegais, essas que têm sede fora do Brasil e agora já está tendo dentro, mas não está permitido ainda. Vamos analisar evasão de divisas, lavagem de dinheiro, envolvimento do crime organizado, envolvimento de celebridades e influencers num contexto de possível estelionato”, explica a senadora.
“Tem muita gente apostando e se envolvendo com agiotas, sendo ameaçado de morte, pessoas atentando contra a própria vida”, cita a senadora. “Tem gente internada em clínica, a coisa tá muito séria”, completa Soraya.
Com o anúncio em plenário feito por Pacheco, cabe aos líderes partidários indicarem os senadores que vão compor a CPI. O grupo terá onze membros titulares e sete suplentes e funcionará por 130 dias, com limite de despesas de R$ 110 mil para exercer as atividades.
O bloco composto por PSB, PT e PSD terá quatro cadeiras titulares e duas de suplência. Já MDB e União dividem três titulares e dois suplentes. PL e Novo podem indicar dois titulares e um suplente. Os blocos Independência (PDT, PSDB e Podemos) e Aliança (PP e Republicanos) poderão indicar um titular e um suplente cada.
O objetivo da CPI é descrito como “investigar a crescente influência dos jogos virtuais de apostas on-line no orçamento das famílias brasileiras, além da possível associação com organizações criminosas envolvidas em práticas de lavagem de dinheiro, bem como o uso de influenciadores digitais na promoção e divulgação dessas atividades”.
Tribuna Livre, com informações da Agência Senado