Mais de 500 pessoas
se reuniram no Parque da Cidade na manhã deste domingo (4/12) em prol do
combate à violência de gênero, na 5ª Caminhada pelo fim da violência contra
mulheres e meninas
(crédito: Carlos Vieira/CB/D.A.Press)
O início do domingo (4/12) dos brasilienses foi marcado
pela luta feminista. Nesta manhã, mais de 500 pessoas se reuniram no
estacionamento 13 do Parque da Cidade Sarah Kubitschek para a 5ª edição da
Caminhada pelo fim da violência contra mulheres e meninas, organizada pelo
grupo Mulheres do Brasil. O ato, que foi realizado em mais de 50 cidades do
país e também no exterior, faz parte dos 16 dias de ativismo pelo fim da
violência contra as mulheres, uma campanha internacional da Organização das
Nações Unidas (ONU).
Para Joana Melo, uma das líderes do comitê de combate à
violência contra mulheres e meninas do grupo Mulheres do Brasil, a participação
da população em atos como esse é essencial. “A violência contra a mulher é um
assunto que o Estado sozinho não consegue enfrentar”, avalia. “Essa questão
precisa ser tratada com a cidade civil, a exemplo da Lei Maria da Penha, em que
a sociedade civil trabalhou na elaboração junto com a população”, relembra. “Eu
acho que o Brasil tem chances promissoras de, um dia, ser exemplo no combate à
violência contra mulheres”, torce.
Segundo a ONU, cerca de 70% das mulheres sofrem algum
tipo de violência de gênero — considerada pela organização como uma pandemia
global — ao longo da vida. No ranking mundial de violência contra a mulher, o
Brasil encontra-se em 5° lugar.
A senadora Leia Barros (PDT) foi uma das participantes da
caminhada. “Nós somos um país culturalmente patriarcal, machista, e nós só
vamos mudar isso com educação. Eu acredito que devemos trabalhar as futuras
gerações na escola, isso deveria ser uma pauta educacional”, opina.