Documentação enviada destaca motivos pelos quais Brasília
está pronta para receber evento esportivo, que reúne anualmente mais de 4.500
atletas
O Ginásio Nilson Nelson é um dos espaços esportivos
indicados para os Jogos da Juventude | Foto: Arquivo/Agência Brasília
Cidade que respira e transpira esporte, Brasília está
mais do que preparada para receber grandes eventos. Por meio da Secretaria de
Esporte e Lazer (SEL), o Governo do Distrito Federal (GDF) formalizou a
candidatura da capital para sediar os Jogos da Juventude 2025. A documentação
lista os atributos estruturais e turísticos que fazem da capital federal o
lugar ideal para a promoção do torneio.
“Brasília já demonstrou que tem a estrutura necessária,
com o fácil acesso aos locais de jogos e equipamentos públicos e facilidade em
relação aos hotéis, por serem próximos da área central, além da questão da
gastronomia”, ressalta o secretário de Esporte e Lazer, Júlio César Ribeiro.
“Até mesmo a vinda dos atletas para cá é facilitada, porque em outras cidades,
geralmente, eles precisam fazer muitas escalas e para cá não, temos voos para
todos os estados.”
Tombada como patrimônio cultural da humanidade, Brasília
oferece boas rotas turísticas e um museu a céu aberto, além de ser composta por
uma vasta rede hoteleira e dispor do maior parque urbano do país – o Parque da
Cidade – e da segunda maior malha cicloviária entre as unidades da Federação:
633,496 km, atrás apenas de São Paulo.
Entre os eventos que consagraram a capital brasileira
como capital do esporte estão as edições de 2021 e 2022 dos Jogos
Universitários. “Quase 5 mil atletas participaram, e a capital os recebeu de
forma maravilhosa”, pontua o titular da SEL. Outros torneios já estão marcados
no calendário, como a Regional II das Paralimpíadas Escolares, em agosto deste
ano.
Disputa
Os Jogos da Juventude são organizados pelo Comitê
Olímpico do Brasil (COCB). Anualmente, mais de 4,5 mil atletas de até 17 anos –
estudantes de escolas públicas ou privadas – se reúnem para competir em 18
modalidades esportivas: águas abertas, atletismo, badminton, basquete,
ciclismo, esgrima, ginástica rítmica, ginástica artística, handebol, judô,
natação, taekwondo, tênis de mesa, tiro com arco, triatlo, voleibol, vôlei de
praia e wrestling.
Além de Brasília, as cidades de Uberlândia (MG) e Aracaju
(SE) também concorrem ao posto de sede em 2025. O anúncio da vencedora será
feito em 1º de setembro, durante a cerimônia de abertura da edição 2023 dos
jogos, em Ribeirão Preto (SP). Em 2024, o evento será realizado em Blumenau
(SC).
Cerca de 15 equipamentos esportivos da capital foram
indicados como potenciais palcos dos jogos, como os ginásios Nilson Nelson e do
Cruzeiro. “Serão feitas visitas técnicas aos espaços para certificar que tudo o
que falamos confere e se, aos olhos deles, correspondem à necessidade dos
jogos”, explica o secretário.
Torcida
Bicampeã dos Jogos da Juventude e eleita a melhor atleta
da edição de 2022, a judoca Bianca Reis, 17 anos, celebra a candidatura de
Brasília. “É uma grande oportunidade para Brasília e para os atletas daqui.
Temos organização e capacidade para receber muita gente, e é um lugar muito
bonito. E também será uma motivação muito grande para aqueles que não vão
competir, que poderão assistir ao evento”.
O assessor técnico do gabinete da SEL, Marcelo Ottoline,
reforça a importância da torcida para os atletas brasilienses. “A presença do
público, amigos e famílias, para acompanhar os atletas daqui, é um grande
incentivo, além de que o evento movimenta a economia da cidade, os hotéis,
restaurantes, e os atletas de fora podem conhecer a capital e levar a
experiência para casa, para depois voltarem com a família e fazer turismo de
fato”, avalia.
Bianca Reis participou do vídeo institucional da
candidatura que será apresentado ao COBC. Multicampeã em torneios
sul-americanos e pelo Brasil, há sete anos ela é beneficiada pelo Bolsa Atleta
– programa oferecido pelo GDF a competidores de alto rendimento.
Capital do esporte
Em agosto, a cidade receberá a Regional II das
Paralimpíadas Escolares, durante a qual 600 estudantes com deficiência vão
competir nas modalidades de bocha, natação e atletismo. A etapa antecede os
jogos nacionais que ocorrerão em São Paulo, em novembro.











