Os dispositivos capazes de prevenir e elucidar defeitos encontram-se com seu sistema desatualizado e não estão conectados à rede de energia.
A Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP/GO), atualmente em Goiânia, conta com 264 câmeras de monitoramento de vídeo já instaladas, com potencial para auxiliar na prevenção e resolução de diversos crimes. No entanto, esses dispositivos encontram-se inoperantes devido a problemas de desatualização do sistema de informação e falta de ligação com a rede elétrica. A ineficácia dessas câmeras, segundo a SSP, não afeta as dimensões do combate à criminalidade, uma afirmação contestada por profissionais do setor.
Informações e imagens recebidas pela equipe de reportagem mostram que todas as 264 câmeras, equipadas com tecnologia speed-drone e visão de 360 graus, estão desligadas. Se passaram em funcionamento, as imagens capturadas por essas câmeras 24 horas por dia foram transmitidas em tempo real para o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), localizado em um prédio adjacente a SSP/GO.
Existem discordâncias sobre quando exatamente as câmeras pararam de funcionar, mas é sabido que as imagens não chegam mais ao CICC desde o início de 2021. Apesar das críticas de profissionais envolvidos na luta contra a criminalidade, a SSP afirma que a ausência das câmeras não tem impactado no aumento dos crimes, muito menos na redução da criminalidade na capital. Em uma declaração, a SSP menciona que está explorando opções para reativar os equipamentos e que atualmente conta com imagens fornecidas pela Prefeitura de Goiânia, que possui 442 câmeras distribuídas pela cidade.
Um delegado da Polícia Civil e um oficial da Polícia Militar, ouvidos pela reportagem do Mais Goiás, criticaram fortemente a inoperância das câmeras de segurança. Eles argumentaram que esses dispositivos poderiam estar prevenindo e solucionando crimes.
“Saber que imagens de câmeras de segurança estão sendo usadas como evidências em julgamentos de diferentes delitos mostra claramente que a ausência de um único equipamento faz falta, imagine 264. Isso sem mencionar a quantidade de crimes ainda sem solução que poderiam ter sido resolvidos se tivéssemos acesso a essas imagens”, enfatizou o delegado.
O oficial da PM apresentou com o colega, afirmando que os equipamentos seriam úteis na prevenção e na resolução de crimes.
“É muito mais do que isso; as câmeras são semelhantes a uma viatura: quando o cidadão vê uma, ele tem a certeza de que será atacado por infrações naquele local. O criminoso, ao saber que o equipamento está funcionando, sabe que será “Facilmente identificado se cometer um crime ali. Se somarmos isso à resolução de crimes, é utópico dizer que as câmeras não fazem falta”, disse o oficial da PM.
A SSP emitiu uma nota oficial declarando que está elaborando um termo de referência para reativar as câmeras pertencentes à SSP, instaladas em Goiânia. Para a licitação, estão conduzindo um estudo técnico para avaliar a necessidade de atualização tecnológica dos equipamentos.
Em um comunicado da SSP, foi mencionado: “Estamos atualmente trabalhando na elaboração do termo de referência para reativar as câmeras pertencentes à SSP e instaladas em Goiânia. Para o processo de licitação, estamos conduzindo uma análise técnica para determinar a necessidade de atualização tecnológica dos Além disso, em colaboração técnica com a Prefeitura de Goiânia, utilizamos dados de 442 câmeras, e prevemos a coleta de imagens de outras 167 câmeras nos próximos 30 dias.”
Tribuna Livre, com informações da SSP/GO