Dentre um contingente de três mil detentos liberados temporariamente dos presídios, 118 não haviam retornado às instalações.
Em menos de 24 horas após o início da Operação Escudo, conduzida pela Polícia Militar, 25 dos 73 detentos beneficiados com a saída temporária de prisões para passarem as festas de fim de ano com suas famílias foram recapturados. A informação foi fornecida pelo tenente-coronel Flávio Godinho, diretor de operações da Polícia Militar, que expressa a expectativa de capturar os 48 restantes que ainda estão foragidos até o final desta semana.
Conforme relato do militar, em 2 de janeiro, constatou-se que 118 dos três mil beneficiados pela chamada “saidinha” não haviam retornado. Imediatamente, a Polícia Militar recapturou 45 desses detentos. Os 48 restantes, que continuam em fuga, são responsáveis por 130 crimes diversos, e as buscas estão em andamento não apenas em Belo Horizonte, mas também em outras cidades, como Contagem, Governador Valadares, Muriaé, Poços de Caldas, Uberaba, Betim e Teófilo Otoni. O tenente-coronel destaca que esses foragidos provêm de prisões nessas localidades.
Cinco dos criminosos em fuga são considerados de alta periculosidade, com condenações por crimes como tráfico de drogas, tráfico internacional de drogas, explosão de caixas eletrônicos, roubo e porte de arma. Uma força-tarefa foi formada, envolvendo não apenas a Polícia Militar, mas também a Polícia Civil, o sistema penal, Polícia Rodoviária Federal, Tribunal de Justiça e Ministério Público, todos colaborando na operação.
O tenente-coronel Flávio Coutinho esclarece que a operação não foi deflagrada apenas em resposta à morte do sargento Roger Dias da Cunha, mas sim como parte de uma campanha permanente, intensificada durante o final e início de ano para acompanhar casos de detentos que não retornam às prisões após benefícios temporários. A operação e o monitoramento permanecem contínuos, sem prazo determinado, com o objetivo de capturar os 48 detentos restantes que estão foragidos.
O militar compartilha detalhes sobre a ficha criminal de Webert Souza Fernandes, o assassino do sargento Roger, destacando que possui 18 crimes em sua ficha, incluindo dois homicídios, diversos indiciamentos por tráfico de drogas e roubos.
Tribuna Livre, com informações da PMMG