O presidente da empresa disse que a Equatorial encontrou em Goiás uma estrutura “extremamente degradada”
Os deputados goianos voltaram a criticar a distribuição de energia elétrica em Goiás nesta quarta-feira, 28 de setembro. O tema foi trazido de volta à discussão no plenário da Assembleia Legislativa após um pronunciamento matinal feito pelo presidente da Equatorial, Lener Jayme. Durante seu discurso, Jayme destacou que a empresa não está preparada para lidar com o período chuvoso e atribuiu as frequentes quedas de energia à crescente demanda, resultado do calor, em contraste com uma rede de distribuição que ele descreveu como “totalmente degradada”.
Na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), o assunto foi inicialmente levantado pelo deputado Cairo Salim, do PSD e membro da base do governador Ronaldo Caiado. Ele expressou seu “descontentamento” com os serviços prestados pela empresa em Goiás, devido às “constantes quedas de energia”.
Cairo Salim também relembrou o passado, quando atuou como relator da Comissão Parlamentar de Inquérito que buscou a retirada da Enel de Goiás. Agora, ele vê a mesma situação se repetindo com a Equatorial e faz um apelo para que a empresa invista bilhões de reais e busque a excelência no serviço.
Amauri Ribeiro, também da base do governador Ronaldo Caiado, classificou o trabalho da operadora como um “desserviço” e apontou a falta de manutenção em toda a região, especialmente na zona rural. Ele apareceu um vídeo de um morador de Bom Jardim de Goiás expressando suas preocupações.
Ribeiro pediu aos deputados que convocassem a Equatorial para prestar esclarecimentos perante a Comissão de Direitos do Consumidor. Ele acredita que a empresa não conseguirá manter a estabilidade durante o período chuvoso, especialmente nas áreas rurais, e acredita que a Assembleia Legislativa tem a responsabilidade de exigir o representante da diretoria da empresa.
O presidente da Assembleia, Bruno Peixoto, também se juntou ao coro de críticos solicitando melhorias nos serviços prestados pela entrega. Ele destacou a necessidade de discutir a instalação de umidade subterrânea como uma solução para evitar problemas como as frequentes de energia.
Por outro lado, o deputado Talles Barreto defendeu a Equatorial, destacando que 28% da rede elétrica já está comprometido, o que é significativamente maior do que a média nacional de 17%. Ele pediu paciência, afirmando que a empresa está fazendo esforços para atender e respeitar os consumidores, mas a substituição da rede degradada não é algo que possa ser realizado rapidamente.
A reportagem destacou que as constantes quedas de energia em Goiás são resultado de décadas de falta de investimentos no setor elétrico do estado. A própria Equatorial, que é a supervisão responsável pela distribuição de energia, atendeu essa deficiência. Especialistas consultados também confiam nessa opinião, destacando a urgência de melhorias na infraestrutura elétrica da região.
Lener Jayme, presidente da Equatorial, explicou que desde que a empresa começou a operar em Goiás, encontrou uma infraestrutura “extremamente degradada” devido à falta de investimentos. Ele também causou um aumento de quase 7% na demanda de energia em todo o país devido ao calor intenso, e em algumas áreas de Goiás, esse aumento chegou a 16%, o que ele considerou fora do padrão. Com uma rede já degradada, essa sobrecarga resulta nas frequentes quedas de energia, conhecidas como “desarmes”.
Tribuna Livre, com informações Ascom/ALEGO