O indicador foi impactado por eventos positivos, como a desaceleração da inflação
De acordo com os dados, divulgados nesta sexta-feira (30/6), esta é a primeira vez desde o fim de 2019 que o indicador fecha abaixo dos 110 pontos.
Em junho, o componente de Mídia caiu 5,6 pontos, para 104,5 pontos, menor nível desde novembro de 2019 (103,6 pts.), contribuindo negativamente com 4,9 pontos para a evolução do índice agregado. Esta foi a terceira queda consecutiva.
“A redução relativa da ocorrência de termos relacionados à incerteza na mídia foi motivada por eventos positivos como a desaceleração da inflação, a resiliência da atividade econômica e a melhora da percepção em relação às atuais situações políticas e de risco fiscal”, avaliou a economista do FGV IBRE, Anna Carolina Gouveia.
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O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, subiu pela quarta vez seguida, agora em 2,8 pontos, para 116,8 pontos, contribuindo positivamente com 0,7 ponto. Desde março deste ano, este indicador acumula alta de 14,5 pontos e é o maior nível desde dezembro do ano passado (117,9 pts.).
Segundo ela, as altas também têm sido “curiosamente motivadas” por um aspecto favorável. “É que a melhora do quadro inflacionário vem aumentando a dispersão das projeções de IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação) e juros para os próximos 12 meses”, disse.
“Por consistir em uma novidade na medição, será preciso aguardar os próximos meses para saber se o indicador continuará girando em patamares confortáveis e sinalizando uma diminuição consistente da incerteza econômica”, acrescentou Gouveia.
O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), medido pela Fundação Getúlio Vargas, registrou queda de 4,2 pontos em junho, para 107,6 pontos — menor nível desde novembro de 2019.
(crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)