O mundo do basquete perdeu uma de suas figuras mais emblemáticas. Leonard Randolph Wilkens, conhecido mundialmente como Lenny Wilkens, faleceu aos 88 anos em Washington, no último domingo. A lenda da NBA, imortalizada no Hall da Fama tanto como jogador (1989) quanto como treinador (1998), deixa um legado marcante no esporte.
Wilkens, um dos poucos a alcançar a marca de 1000 vitórias como técnico, é o terceiro na história em número de jogos comandados. Sua trajetória na NBA é pontuada por passagens memoráveis por equipes como Hawks, Seattle Supersonics, Cleveland Cavaliers e Portland Trail Blazers.
Apesar de não ter conquistado um título da NBA, o impacto de Wilkens no basquete é inegável. Reconhecido como um dos maiores armadores da década de 60, ele participou de nove All-Stars, demonstrando sua excelência e consistência ao longo dos anos. A notícia de seu falecimento foi divulgada pela família, que informou que ele estava cercado por seus entes queridos. A causa da morte não foi revelada.
“Sempre me disseram que devemos deixar um lugar melhor do que encontramos. Então, esse se tornou um lema para a minha vida”, essa frase resume a filosofia de Wilkens, que sempre buscou a excelência e o impacto positivo. Sua calma e perspicácia como jogador se traduziram em um estilo de liderança elogiado e diferenciado na beira da quadra.
Adam Silver, comissário da NBA, lamentou a perda, destacando que “Lenny Wilkens representou o que havia de melhor na NBA, como jogador do Hall da Fama, técnico do Hall da Fama e um dos embaixadores mais respeitados do esporte”. Silver também mencionou o reconhecimento único que Wilkens recebeu ao ser nomeado um dos 75 maiores jogadores e 15 maiores técnicos de todos os tempos da liga.
Eleito o melhor técnico da NBA em 1994, quando comandava o Atlanta Hawks, Wilkens se aposentou com um recorde de 1332 vitórias na NBA, uma marca que posteriormente foi superada por Don Nelson e Greg Popovich. Como jogador, ele brilhou por 15 anos, sendo All-Star cinco vezes pelo St. Louis Hawks, três pelo Supersonics e uma pelo Cleveland Cavaliers.
Steve Kerr, treinador do Golden State Warriors e ex-jogador de Wilkens, o homenageou, descrevendo-o como “um ser humano tão digno e um grande líder, com uma confiança serena”. Kerr enfatizou a resiliência de Wilkens diante dos desafios que enfrentou ao longo de sua vida, tanto em sua infância quanto como um homem negro nos Estados Unidos.
Clubes por onde Wilkens passou também expressaram seu pesar e gratidão. O Seattle Supersonics, onde ele atuou como jogador e dirigente, ressaltou que “Seattle não perdeu apenas um ícone do basquete. Perdemos um homem que acreditava nas pessoas, tanto na quadra quanto na comunidade”. O Atlanta Hawks, por sua vez, o exaltou como “um inovador, um pioneiro, um vencedor e um líder não apenas em Atlanta, mas em todas as comunidades onde jogou e treinou”.
O Cleveland Cavaliers também prestou homenagem a Wilkens, destacando sua ligação com a franquia como jogador e técnico. A equipe ressaltou que ele liderou os Cavaliers aos playoffs em cinco de suas sete temporadas como técnico, estabelecendo o recorde de maior número de vitórias na temporada regular como treinador, uma marca que permanece até hoje.
Fonte: jovempan.com.br











