Informação
já havia sido apurada pela TV Globo no sábado (15). Presidente brasileiro
também disse que empresário tem que pagar pelos crimes cometidos. Brennand é
acusado de estupro e agressão.
Thiago Brennand — Foto: Reprodução
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou
neste domingo (16) que autoridades dos Emirados Árabes Unidos aprovaram o
pedido de extradição do empresário Thiago Brennand, suspeito de agressão e
estupro, para o Brasil.
A informação já havia sido apurada pela TV Globo e
publicada pelo g1 no sábado (15).
Em coletiva de imprensa durante a manhã (madrugada no
Brasil), em Abu Dhabi, Lula disse não ter tratado do assunto no encontro com
Mohammed bin Zayed Al Nahyan, presidente do país árabe, e ter tomado
conhecimento da decisão somente após ser questionado sobre o tema pela
jornalista Bianca Rothier.
“Quando ela vai acontecer é uma questão da Justiça,
da polícia. A única coisa que eu sei é que, se no mundo existir um milhão de
cidadãos como esse, todos merecem ser punidos, porque não é humanamente
aceitável que um brutamontes desse seja um agressor de mulheres”, disse o
presidente brasileiro. “Eu acho que ele tem que pagar”, concluiu.
Por nota, a Secretaria Nacional de Justiça também
confirmou que a extradição do empresário foi autorizada, mas informou que ainda
não há previsão de quando ele chegará ao país.
Há cinco mandados de prisão preventiva no Brasil contra
Brennand, por acusações de agredir uma modelo, sequestrar e tatuar uma segunda
mulher e estuprar uma jovem e uma miss.
Em dezembro de 2022, depois de apresentar a documentação
complementar requerida pela Chancelaria emirática, a Embaixada brasileira em
Abu Dhabi foi informada em março deste ano que o pedido de extradição de
Brennand seguia em análise pelas autoridades competentes.
O pedido foi realizado com base em promessa de
reciprocidade em casos análogos, já que não há acordo bilateral sobre a matéria
em vigor entre Brasil e os Emirados Árabes Unidos (EAU). O Acordo de Extradição
entre Brasil e Emirados Árabes foi assinado em 15/03/2019 e ratificado pelos
EAU em 04/10/2021.