O presidente optou por não se ausentar de suas atividades enquanto se recupera das cirurgias no quadril e nas pálpebras, que foram realizadas em 29 de setembro.
Durante o período de recuperação, o chefe do Executivo federal está no Palácio da Alvorada e não está recebendo visitas.
A reunião oficial foi divulgada pelo Planalto por meio de videoconferência e abordou as seguintes pautas: a situação decorrente das intensas chuvas em Santa Catarina, o conflito no Oriente Médio e o andamento das propostas do Executivo no Congresso Nacional.
Participaram da reunião ministros, o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, e o chefe do gabinete pessoal do presidente, Marco Aurélio Marcola.
Segue a lista dos participantes: • Ministro da Defesa, José Múcio • Ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo • Ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha • Ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta • Assessor-Chefe da Assessoria Especial do Presidente da República, Celso Amorim, e Chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República, Marco Aurélio Marcola
De acordo com a recomendação da equipe médica, o presidente não pode realizar reuniões presenciais com o alto escalão do governo durante as duas semanas seguintes à cirurgia, que foi realizada em um hospital particular de Brasília em 29 de setembro. No entanto, Lula pode continuar a trabalhar remotamente e se comunicar com sua equipe, caso se sinta confortável.
O presidente está atualmente em um período de recuperação após as cirurgias para a colocação de uma prótese no quadril e a remoção do excesso de pele das pálpebras. Ele recebeu alta dois dias antes do previsto, no domingo (1º/10). Lula ainda está passando por sessões de fisioterapia para recuperar seu equilíbrio e força muscular, especialmente com a prótese que substituiu a articulação lesionada.
Na primeira semana de recuperação, o presidente priorizou assuntos menos controversos no governo e adiou compromissos políticos mais desafiadores. Entre eles estão os possíveis vetos ao projeto de lei do marco temporal, que foi aprovado no Senado, apesar de uma decisão contrária no Supremo Tribunal Federal (STF), bem como as nomeações para a vaga no STF e na Procuradoria-Geral da República (PGR). Também estão pendentes as negociações com o Centrão em relação à Funasa e à presidência da Caixa Econômica Federal.
Apesar disso, Lula comentou sobre a crise de segurança pública no Rio de Janeiro e condenou o ataque do grupo extremista islâmico Hamas ao território israelense no último sábado (7/10). Em colaboração com o Ministério da Defesa, o Itamaraty enviou aeronaves da Força Aérea Brasileira para repatriar 1,7 mil brasileiros localizados na zona de conflito.
Lula passará pelo menos as próximas três semanas se recuperando no Palácio da Alvorada. No entanto, ele pretende voltar a trabalhar, receber ministros e aliados ainda na residência oficial, como demonstrou na semana anterior quando deu seus primeiros passos após as cirurgias.
Tribuna Livre, com informações da Secom/PR