Segundo o sindicato, aproximadamente, 40 profissionais
foram demitidos e não receberam os pagamentos dos direitos trabalhistas devidos
Vigilantes contratados pela empresa Visan, para a
proteção de órgãos públicos brasilienses e do governo federal, denunciam um
atraso generalizado de pagamentos por parte dos empregadores. O trabalhadores
protestaram nesta segunda-feira (26/12). Em alguns casos, os atrasos chegam há
1 ano.
Veja o protesto:
Segundo o Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal,
mais de mil profissionais são afetados. De acordo com a instituição, há atrasos
de direitos trabalhistas referente a demissões, salários, férias, cobertura de
férias e benefícios.
Aproximadamente 40 vigilantes demitidos não receberam os
pagamentos devidos. Pelas contas do sindicato, mais de 300 profissionais
escalados para a Secretaria de Saúde do DF estão entre os prejudicados.
Há casos de três meses de atraso de tícket alimentação e
férias, desde outubro. Para o sindicato, há um problema crônico na cobertura do
descanso anual remunerado, com atrasos de mais de um ano.
“Nós calculamos uma dívida de aproximadamente R$ 2
milhões somando todos os vigilantes. Tem vigilante esperando o pagamento de R$
30 mil por cobertura de férias”, contou o diretor do sindicato Gilmar
Rodrigues.
MPT
Segundo o sindicato, o Ministério Público do Trabalho
(MPT) identificou a contratação irregular de vigilantes do quadro efetivo para
a cobertura de férias. Por isso, em agosto, a Visan teria escalado um quadro de
160 profissionais para a cobertura.
Por enquanto, os vigilantes escolheram apenas protestar e
denunciar as supostas irregularidades, mas não descartam futuramente convocar
uma assembleia e deflagrar uma greve.
A diretoria da Visan, disse que a empresa está empenhada em resolver a questão
das rescisões rapidamente. Os primeiros pagamentos estão previstos para esta
segunda-feira (26/12).
Segundo o advogado Luiz Egidio, representante da Visan,
as demais denúncias do sindicato não procedem. “A empresa, de fato, tem
encontrado algumas dificuldades, contudo, os problemas se restringem a alguns
funcionários”, afirmam.
De acordo com o defensor da empresa, os atrasos
mencionados decorrem, quase em sua totalidade, ao atraso no repasses das verbas
pelos tomadores de serviço. “E também, em decorrência de problemas ocasionados
pela pandemia, em especial, por força da necessidade imprevisível de
coberturas”, completou.
Na versão da empresa, as coberturas não foram repassadas
pelos tomadores, o que teria gerado um desequilíbrio de caixa. A Visan alegou
que o problema está sendo solucionado.
Segundo a Secretaria de Saúde, os pagamentos com a Visan
estão em dia. A pasta vai apurar se há eventual atraso de repasse de salários e
benefícios aos funcionários.
“Caso seja constatada alguma irregularidade, a SES vai
aplicar penalidades previstas em contrato”, disse a pasta, em nota enviada a
imprensa.