Ministro do STF atendeu a um pedido da defesa do ex-ministro Anderson Torres. Advogados alegaram que é possível encontrar o documento com cunho golpista em uma busca na internet
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o Google informe, em até 48 horas, os dados de usuários que inseriram a chamada “minuta do golpe” na internet. A decisão, desta terça-feira (17/6), consta no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado nas eleições de 2022.
Moraes atendeu a uma solicitação da defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, réu na ação penal. Os advogados alegaram que, “em uma simples busca no site Google com a expressão ‘conjur/dl’, é possível encontrar, até o dia de hoje, uma minuta de conteúdo idêntico àquela encontrada na residência de Torres”.
O magistrado também ordenou que a defesa de Torres apresente uma prova pericial para “demonstrar que o conteúdo da ‘minuta do Google’ encontrada na casa do ex-ministro não tem qualquer semelhança com os demais documentos supostamente antidemocráticos mencionados durante a instrução”.
Em interrogatório no STF, o réu Anderson Torres, então secretário de Segurança do Distrito Federal, alegou que no dia dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, que culminaram na depredação dos prédios dos Três Poderes, estava nos Estados Unidos com a família e, por isso, não poderia ter participação nos ataques.
Sobre a minuta do golpe encontrada em sua casa, ele disse que “não lembrava” e que pretendia jogar fora. “Esse documento foi entregue no meu gabinete no Ministério da Justiça e eu coloquei em uma pasta. Eu nem lembrava dessa minuta”, respondeu.
Tribuna Livre, com informações do Supremo Tribunal Federal (STF)