18/05/2025

Motorista de ônibus no Japão perde aposentadoria de R$ 487 mil após furtar R$ 40

Motorista demitido trabalhava no transporte público de Kyoto, no Japão/ Divulgação/Prefeitura de Kyoto

Câmeras de segurança flagraram momento em que homem guardou no bolso uma nota de mil ienes em 2022

Um motorista de ônibus japonês com quase três décadas de serviço perdeu sua aposentadoria de aproximadamente US$ 84 mil (cerca de R$ 487 mil) após ser flagrado furtando o equivalente a US$ 7 (cerca de R$ 40) das passagens pagas por usuários. O caso ocorreu em Kyoto, onde o homem de 58 anos, cujo nome não foi divulgado, foi demitido depois que câmeras de segurança registraram o pequeno furto em 2022.

Na ocasião, cinco passageiros embarcaram no ônibus e pagaram um total de 1.150 ienes (cerca de R$ 42). O motorista, no entanto, colocou uma nota de 1.000 ienes (cerca de R$ 40) no bolso em vez de depositá-la na máquina de processamento de tarifas, conforme determina o protocolo. O incidente foi descoberto pela equipe de transporte municipal ao revisar as filmagens da câmera de bordo.

Mesmo confrontado com as imagens, o motorista inicialmente tentou negar o furto durante uma reunião com seu superior. Segundo o tribunal, ele já havia sido advertido anteriormente por outros comportamentos inadequados, incluindo o uso de cigarro eletrônico enquanto dirigia, ainda que sem passageiros no veículo.

Após sua demissão, o motorista entrou com um processo contra a cidade de Kyoto, alegando que a punição era excessiva. Em um primeiro momento, o tribunal concordou com ele e anulou a decisão, alegando que a penalidade era desproporcional ao valor do furto.

No entanto, a Suprema Corte do Japão reverteu essa decisão nesta quinta-feira (18), restaurando a penalidade original e afirmando que a conduta do motorista poderia abalar a confiança pública no sistema de transporte e comprometer a integridade da operação.

As autoridades de Kyoto defenderam a decisão, destacando que motoristas lidam individualmente com dinheiro público e, portanto, devem manter padrões rigorosos de conduta. Segundo Shinichi Hirai, representante do departamento de transportes, medidas brandas poderiam levar a um ambiente de negligência institucional.

O caso ganhou destaque na mídia japonesa por demonstrar o rigor com que o sistema japonês trata infrações cometidas por servidores públicos, mesmo quando envolvem quantias pequenas. Ele também gerou debate sobre proporcionalidade de punições e confiança pública.

Tribuna Livre, com informações da Agence France Presse

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