11/11/2025

Mutirão de cirurgia na rede privada atende mil pessoas e incluirá crianças

 Contratos
da Secretaria de Saúde devem beneficiar 3.233 pessoas em até quatro meses. Sete
hospitais participam da ação


A parceria entre a SES e os hospitais particulares
prevê atender 3.233 pacientes ao longo de 120 dias | Foto: Tony Winston/Agência
Saúde

A partir deste domingo (13), crianças até treze
anos que aguardam cirurgias de hérnia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) terão
seus procedimentos realizados em hospitais particulares do Distrito Federal. A
novidade faz parte dos contratos assinados pela Secretaria de Saúde (SES) para
atender 3.233 pacientes ao longo de 120 dias, uma iniciativa que já beneficiou
mais de mil pessoas. O investimento total é de R$ 19,7 milhões.

 “É um
projeto fantástico. Nós estamos com uma demanda reprimida grande, e isso pode
causar limitações para a criança e riscos a sua integridade”, opina a
cirurgiã-pediátrica Edione Magda Neri, responsável pela organização dos
procedimentos a serem realizados no Hospital São Francisco. A médica esclarece
que o público infantil também será atendido no Hospital Brasília Água Claras.

Até quinta-feira (10), foram 1.032 pacientes atendidos.
“Estamos acompanhando diariamente junto ao complexo regulador e as contratadas
o ritmo das cirurgias. A partir deste sábado (12), os serviços serão estendidos
também aos procedimentos pediátricos”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene
Florêncio.

O mutirão foi iniciado em 22 de setembro e envolve
procedimentos de hernioplastia (hérnia), colecistectomia (retirada da vesícula
biliar) e histerectomia (remoção do útero). As cirurgias têm ocorrido
diariamente, inclusive nos fins de semana, nos hospitais Águas Claras (16
procedimentos realizados), Anchieta (97), Daher (211), Hospital das Clínicas
(211), HOME (168), São Francisco (199) e São Mateus (130).

Cada atendimento na rede privada inclui a
intervenção cirúrgica, internação e consultas pré e pós-operatórias. Os
hospitais recebem de acordo com o número de procedimentos realizados.

Fila organizada

O secretário-adjunto de Assistência à Saúde,
Luciano Agrizzi, destaca o rápido atendimento aos pacientes e que a medida tem
consequências positivas também para a rede pública. “São mil pacientes a menos
com patologias, mil pacientes a menos buscando unidades de saúde. Isso otimiza
recursos para o atendimento de outros cidadãos”, friza.

Todos os pacientes beneficiados iniciaram seus
atendimentos na rede pública, onde fizeram exames, receberam o diagnóstico e
foram encaminhados para a fila de cirurgia. De acordo com a diretora de
Regulação da Atenção Ambulatorial e Hospitalar da Secretaria de Saúde, Maria
Aurilene Pedroza, o fluxo rápido de atendimento já permitiu reduzir o tempo de
espera. “Todos os pacientes que estavam aptos já foram encaminhados para as
cirurgias”, informa.

 

Enquanto isso, as unidades da rede pública atuam
para atender novos pacientes e já encaminhá-los para a lista de espera. “Os
hospitais estão fazendo uma força-tarefa de consultas, então temos recebido
novos nomes e enviado diariamente às unidades que farão as cirurgias”, conta a
servidora.

Após a assinatura dos contratos, a Secretaria de
Saúde fez um treinamento com os funcionários dos hospitais contratados sobre a
utilização dos sistemas digitais de fluxo de pacientes. Isso permite o acesso
ao histórico médico e aos exames realizados na rede pública. A pasta também faz
o controle de tudo o que foi realizado, conforme estabelecido no edital.

Atendimento

De acordo com o planejamento da Secretaria de
Saúde, enquanto os hospitais privados atendem a esses três tipos de cirurgias,
os 11 hospitais da rede pública mantêm o ritmo de aproximadamente mil cirurgias
mensais, entre as de emergência, judicializadas, as de maior complexidade e os
casos de câncer. O objetivo é reduzir a fila de espera formada durante o
período mais grave da covid-19, quando as cirurgias eletivas foram suspensas.

Enquanto isso, iniciativas como o novo contrato
regular de manutenção vai permitir a melhoria das condições de atendimento,
como no caso da UTI do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), que já iniciou o
processo de reforma. O foco é ampliar a produção cirúrgica da própria rede
pública.

*Com informações da Secretaria de Saúde

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