Magistrado divergiu parcialmente do relator do processo no Supremo, o ministro Alexandre de Moraes, que entendeu por uma condenação maior
O ministro Kássio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou, nesta quarta-feira (13/9), para que o primeiro réu julgado pelos atentados de 8 de janeiro cumpra dois anos e seis meses de prisão. Aécio Lúcio Lopes Costa Pereira aparece em imagens do dia dos ataques dentro do plenário do Senado Federal e na área externa da Suprema Corte.
Durante o julgamento, o ministro Kássio afirmou que ficou evidenciado nos autos os danos ao patrimônio gerado pelo réu que invadiu prédios públicos em Brasília. O magistrado entendeu que houve concurso de pessoas, já que o acusado não agiu sozinho durante os atentados e outras pessoas colaboraram com os ataques às sedes dos Três Poderes.
Aécio Lúcio Lopes Costa Pereira invadiu, com outras pessoas, o prédio do Congresso e apareceu em imagens dentro do plenário do Senado. Na área externa, na Praça dos Três Poderes, ele gravou um vídeo, ainda durante os atentados, contando o que estava acontecendo.
O réu foi empregado por mais de 20 anos da Companhia de Saneamento Ambiental de São Paulo (Sabesp). Durante a invasão, ele teria enviado imagens pelas redes sociais, citando a Sabesp, incitando que as pessoas saíssem às ruas para forçar a decretação de uma GLO (Garantia da lei e da Ordem), supostamente para permitir uma intervenção militar.
Apesar de votar pela condenação, Nunes Marques se posicionou parcialmente divergente ao relator, Alexandre de Moraes, que decidiu pela condenação a 17 anos, dos quais 15 anos e seis meses de prisão em regime fechado. O julgamento foi suspenso em razão do horário e será retomado nesta quinta-feira (14/9), com o voto do ministro Cristiano Zanin.
Ministro Nunes Marques – (crédito: Nelson Jr./SCO/STF)