O FMI prevê uma retração de 2,8% no Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina para este ano. O país enfrenta uma crescente onda inflacionária e implementação de reformas fiscais.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) concedeu aprovação, em 31 de janeiro, para um empréstimo no valor de US$ 4,7 bilhões à Argentina.
A entidade elogiou as medidas econômicas implementadas pelo governo do presidente Javier Milei desde sua eleição em novembro de 2023. O presidente argentino iniciou um processo de reformulação na política fiscal, retirando benefícios, reduzindo a força de trabalho no setor público e eliminando subsídios, buscando corrigir os altos índices de inflação no país.
Segundo o comunicado do FMI, essas ações visam à estabilização fiscal do país. Kristalina Georgieva, diretora-geral e presidente do FMI, afirmou no comunicado: “No meio desta difícil herança – inflação elevada e crescente, reservas esgotadas e elevados níveis de pobreza – a nova administração está tomando medidas ousadas para restaurar a estabilidade macroeconômica e começar a resolver os obstáculos de longa data ao crescimento”.
O FMI destacou a importância de tornar a atual política fiscal de Milei duradoura, não descartando a possibilidade de acordos futuros para assegurar a estabilidade econômica do país.
Em relação às projeções econômicas, o FMI prevê uma recessão de 2,8% na Argentina para 2024, revertendo expectativas anteriores que projetavam um crescimento de 2,8%. Essa mudança é atribuída à política fiscal adotada por Milei, que, segundo a entidade, visa estabilizar a inflação no país. A projeção foi divulgada no relatório World Economic Outlook do FMI, em 30 de janeiro.
Tribuna Livre, com informações da Agence France Presse.