Apesar da diminuição de 2,44%, um total de 1.158 mulheres foram vítimas de feminicídio nos primeiros 10 meses de 2023, conforme indicado em relatório.
Nos primeiros 10 meses de 2023, o Brasil apresentou uma redução nos índices de homicídios, feminicídios, latrocínios, lesão corporal seguida de morte, e outros indicadores de violência, conforme apontado pela consolidação de dados realizada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Mesmo com essa diminuição, 166.603 brasileiros perderam a vida de forma violenta entre janeiro e outubro, refletindo uma queda de 2,11% em comparação ao mesmo período de 2022.
As estatísticas foram divulgadas no lançamento de um portal do MJSP que reúne 28 indicadores de segurança pública de todos os estados e do Distrito Federal.
Dentre os destaques, observa-se a significativa redução no número de vítimas de latrocínio, com uma queda de 20,73%, e no número de vítimas de lesão corporal seguida de morte, que diminuiu em 43,68%. Apesar de os homicídios ainda vitimarem 102 brasileiros por dia, houve uma queda de 3,26% em relação a 2022. Quanto aos feminicídios, embora tenham registrado uma redução de 2,44%, ainda vitimaram 1.158 mulheres nos 10 primeiros meses deste ano.
No entanto, alguns indicadores apresentaram resultados desfavoráveis. Mais de 19 mil pessoas morreram em decorrência de acidentes de trânsito, representando um aumento de cerca de 0,5%. Com 44 mortes ao dia, o número de vítimas de suicídio também aumentou em 1,04%. Os suicídios entre os profissionais de segurança pública, como policiais, tiveram um crescimento alarmante de 22,22%, e o total de mortes violentas nesse grupo avançou 1,28%.
Destaca-se ainda o aumento do encarceramento, com mais de 216 mil mandados de prisão cumpridos, refletindo um acréscimo de 12,38% no número de pessoas presas em comparação com o ano anterior.
O ex-ministro da pasta, Flávio Dino, expressou satisfação com os resultados dos primeiros 10 meses do governo Lula, ressaltando a retomada do combate efetivo à criminalidade. Dino também destacou a importância do Estado no enfrentamento do crime e enfatizou a atuação contra organizações criminosas, a estruturação do Sistema Único de Segurança Pública, e a garantia da segurança na Amazônia e nas fronteiras, entre outras ações.
Apesar da expectativa inicial de uma queda de 6% nos crimes violentos letais intencionais (CVLI), a redução foi mais modesta (2,11%), ainda superando os 0,2% registrados no ano anterior sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na semana anterior, o MJSP já havia divulgado um balanço indicando uma redução de 79% nos registros de armas de fogo no país durante o ano de 2023, com 28,3 mil novos registros até novembro, comparado a mais de 135 mil em 2022. O balanço também evidenciou um aumento de 16% nas apreensões de armas ilegais nas ações das forças federais neste ano, totalizando 9,8 mil armas apreendidas.
Tribuna Livre, com informações do MJSP











