A ameaça de uma epidemia e a urgência de medidas mais rápidas e decisivas para lidar com a doença foram fatores determinantes para a publicação do decreto nesta quinta-feira (25).
A medida, publicada em decreto no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quinta-feira (25), concede ao governo autoridade para tomar medidas administrativas necessárias, como a aquisição de insumos, materiais e a contratação de serviços, visando conter a propagação da doença.
O decreto permanecerá em vigor até que a situação sanitária relacionada à dengue esteja estabilizada. Ele delimita que a emergência pública em saúde abrange apenas as ações, equipes, equipamentos e processos necessários para enfrentar a situação específica. Além disso, prevê a possibilidade de remanejamento de servidores para reforçar as iniciativas já em curso.
A coordenação de todas as ações e serviços públicos de saúde relacionados ao combate à dengue será conduzida pela Secretaria de Saúde. Dada a urgência da situação, o governo também está autorizado a contratar profissionais temporários para intensificar os esforços contra a dengue.
A Secretaria de Comunicação está empenhada em reforçar a conscientização sobre o combate à doença, desenvolvendo campanhas publicitárias com a mensagem “não deixe a água parada para a dengue não parar você”. Essas campanhas destacam práticas preventivas, como evitar o acúmulo de água em sacos de lixo, garrafas, pneus e entulhos.
O último boletim epidemiológico revela um aumento alarmante nos casos prováveis de dengue no Distrito Federal, com um aumento de 646,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. A região administrativa mais afetada é Ceilândia, seguida por Sol Nascente/Pôr do Sol, Brazlândia e Samambaia. Três óbitos por dengue já foram confirmados este ano.
Tendas de acolhimento foram implantadas em áreas com alta incidência da doença para oferecer serviços como testes rápidos, acolhimento de pessoas com sintomas e hidratação dos pacientes. Em apenas três dias, as tendas e unidades básicas de saúde realizaram mais de 7.500 atendimentos, evidenciando a urgência da situação.
A população é orientada a procurar atendimento em unidades básicas de saúde ou nas tendas de acolhimento em caso de sintomas leves de dengue. Para sintomas mais graves, recomenda-se buscar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou um hospital regional.
Tribuna Livre, com informações da Agência Brasilia.